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Bolsonaro promete 'tirar peso do governo sobre quem trabalha e produz' e 'restabelecer a ordem' no país

Em discurso no parlatório para público concentrado na Praça dos Três Poderes, foi chamado de 'mito', acenou com bandeira do Brasil e disse que o país começa a 'se libertar do socialismo'.


O novo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e o novo vice-presidente, general Hamilton Mourão, erguem as mãos após discurso no parlatório do Palácio do Planalto — Foto: Evaristo Sá/AFP

O presidente Jair Bolsonaro prometeu nesta terça-feira (1º), ao discursar no parlatório do Palácio do Planalto após receber a faixa presidencial do agora ex-presidente Michel Temer, "tirar o peso do governo sobre quem trabalha e produz" e "restabelecer a ordem" no país (leia a íntegra do pronunciamento ao final desta reportagem).

Depois de garantir que o governo dele implementará as reformas necessárias para o Brasil avançar, Bolsonaro afirmou que agora tem o desafio de "enfrentar os efeitos da crise econômica", o "desemprego recorde", a "ideologização" das crianças, o "desvirtuamento dos direitos humanos" e a "desconstrução da família".


"Vamos propor e implementar as reformas necessárias. Vamos ampliar infraestrutura, desburocratizar, simplificar, tirar a desconfiança e o peso do governo sobre quem trabalha e quem produz", discursou o novo presidente aos apoiadores que lotavam a Praça dos Três Poderes para acompanhar o pronunciamento.

Ao longo do discurso de oito minutos, Bolsonaro também afirmou que, com a posse dele, o Brasil "começou a se livrar do socialismo" e disse que é "urgente acabar com a ideologia que defende bandidos e criminaliza policiais".

"É com humildade e honra que me dirijo a todos vocês como presidente do Brasil. E me coloco diante de toda a nação, neste dia, como o dia em que o povo começou a se libertar do socialismo, da inversão de valores, do gigantismo estatal e do politicamente correto (Jair Bolsonaro)
Ao final do discurso, ele abriu, com o auxílio do vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, uma bandeira do Brasil e citou um dos cânticos que marcaram protestos contra o governo Dilma Rousseff.

"Essa é a nossa bandeira [a do Brasil, verde e amarela], que jamais será vermelha", enfatizou, sob aplausos de apoiadores que estavam na Praça dos Três Poderes.

Em outro trecho do discurso, Bolsonaro voltou a agradecer a Deus por ter sobrevivido ao atentado à faca durante a campanha eleitoral e aos eleitores que o elegeram presidente da República.

Ele ressaltou, mais uma vez, que a eleição presidencial deu "voz" a quem não era ouvido e que o desejo expresso nas ruas e nas urnas foi de "mudança".

O novo chefe do Executivo destacou que foi eleito "com a campanha mais barata da história" e disse que vai combater o que classificou de "ideologias nefastas" que tentam "dividir os brasileiros".

"Não podemos deixar que ideologias nefastas venham a dividir os brasileiros, ideologias que destroem nossos valores e tradições, que destroem as nossas famílias, alicerce da nossa sociedade", declarou.

O presidente ressaltou que o governo dele pretende priorizar a educação básica, que ele classificou como uma das formas de reduzir a desigualdade social, e voltou a dizer que a relação do Brasil com outros países não se guiará pelo viés ideológico.


No período de transição, Bolsonaro pediu ao Itamaraty para desconvidar os representantes de Cuba e da Venezuela para a cerimônia de posse.


Leia a íntegra do discurso de posse 
de Bolsonaro no Congresso:


"Senhoras e Senhores

Com humildade, volto a esta Casa onde por 28 anos servi à Nação Brasileira. Volto a esta Casa não mais como deputado, mas como presidente da República Federativa do Brasil, mandato a mim confiado pela vontade soberana do povo brasileiro. Hoje, aqui estou, fortalecido, emocionado e profundamente agradecido, a Deus pela minha vida e aos brasileiros, por confiarem a mim a honrosa missão de governar o Brasil, neste período de grandes desafios e, ao mesmo tempo, de enorme esperança. 

Temos, diante de nós, uma oportunidade única de reconstruir nosso país e de resgatar a esperança dos nossos compatriotas. Estou certo de que enfrentaremos enormes desafios, mas, se tivermos a sabedoria de ouvir a voz do povo, alcançaremos êxito em nossos objetivos, e, pelo exemplo e pelo trabalho, levaremos as futuras gerações a nos seguir nesta tarefa gloriosa. 

Pretendo partilhar o poder, de forma progressiva, responsável e consciente, de Brasília para o Brasil; do Poder Central para Estados e municípios.

Minha campanha eleitoral atendeu ao chamado das ruas e forjou o compromisso de colocar o Brasil acima de tudo, e Deus acima de todos. Por isso, quando os inimigos da pátria, da ordem e da liberdade tentaram pôr fim à minha vida, milhões de brasileiros foram às ruas. Uma campanha eleitoral transformou-se em um movimento cívico, cobriu-se de verde e amarelo, tornou-se espontâneo, forte e indestrutível, e nos trouxe até aqui. Nada aconteceria sem o esforço e o engajamento de cada um dos brasileiros que tomaram as ruas para preservar nossa liberdade e democracia. 

Reafirmo meu compromisso de construir uma sociedade sem discriminação ou divisão. Daqui em diante, nos pautaremos pela vontade soberana daqueles brasileiros: que querem boas escolas, capazes de preparar seus filhos para o mercado de trabalho e não para a militância política; que sonham com a liberdade de ir e vir, sem serem vitimados pelo crime; que desejam conquistar, pelo mérito, bons empregos e sustentar com dignidade suas famílias; que exigem saúde, educação, infraestrutura e saneamento básico, em respeito aos direitos e garantias fundamentais da nossa Constituição. 

O Pavilhão Nacional nos remete à 'ORDEM E AO PROGRESSO'. Nenhuma sociedade se desenvolve sem respeitar esses preceitos. 

O cidadão de bem merece dispor de meios para se defender, respeitando o referendo de 2005, quando optou, nas urnas, pelo direito à legítima defesa. 

Vamos honrar e valorizar aqueles que sacrificam suas vidas em nome de nossa segurança e da segurança dos nossos familiares. Eles merecem e devem ser respeitados! 

Nossas Forças Armadas terão as condições necessárias para cumprir sua missão constitucional de defesa da soberania, do território nacional e das instituições democráticas, mantendo suas capacidades dissuasórias para resguardar nossa soberania e proteger nossas fronteiras. 

Montamos nossa equipe de forma técnica, sem o tradicional viés político que tornou nosso estado ineficiente e corrupto. Vamos valorizar o Parlamento, resgatando a legitimidade e a credibilidade do Congresso Nacional. Aproveito este momento solene e convoco, cada um dos Congressistas, para me ajudarem na missão de restaurar e de reerguer nossa Pátria, libertando-a, definitivamente, do jugo da corrupção, da criminalidade, da irresponsabilidade econômica e da submissão ideológica. 

Vamos unir o povo, valorizar a família, respeitar as religiões e nossa tradição judaico-cristã, combater a ideologia de gênero, conservando nossos valores. O Brasil voltará a ser um país livre de amarras ideológicas. 

Contamos com o apoio do Congresso Nacional para dar o respaldo jurídico aos policiais para realizarem seu trabalho. Na economia traremos a marca da confiança, do interesse nacional, do livre mercado e da eficiência. Confiança no compromisso de que o governo não gastará mais do que arrecada e na garantia de que as regras, os contratos e as propriedades serão respeitados. 

Realizaremos reformas estruturantes, que serão essenciais para a saúde financeira e sustentabilidade das contas públicas, transformando o cenário econômico e abrindo novas oportunidades. 

Precisamos criar um ciclo virtuoso para a economia que traga a confiança necessária para permitir abrir nossos mercados para o comércio internacional, estimulando a competição, a produtividade e a eficácia, sem o viés ideológico. 

Nesse processo de recuperação do crescimento, o setor agropecuário seguirá desempenhando um papel decisivo, em perfeita harmonia com a preservação do meio ambiente. Da mesma forma, todo setor produtivo terá um aumento da eficiência, com menos regulamentação e burocracia. 

Esses desafios só serão resolvidos mediante um verdadeiro pacto nacional entre a sociedade e os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, na busca de novos caminhos para um novo Brasil. 

Uma de minhas prioridades é proteger e revigorar a democracia brasileira, trabalhando arduamente para que ela deixe de ser apenas uma promessa formal e distante e passe a ser um componente substancial e tangível da vida política brasileira, com o respeito ao Estado Democrático. 

A construção de uma nação mais justa e desenvolvida requer a ruptura com práticas que se mostraram nefastas para todos nós, maculando a classe política e atrasando o progresso. A irresponsabilidade nos conduziu à maior crise ética, moral e econômica de nossa história. 

Hoje começamos um trabalho árduo para que o Brasil inicie um novo capítulo de sua história. Um capítulo no qual o Brasil será visto como um país forte, pujante, confiante e ousado. 

A política externa retomará seu papel na defesa da soberania, na construção da grandeza e no fomento ao desenvolvimento do Brasil. 

Senhoras e Senhores Congressistas,

Deixo esta casa, rumo ao Palácio do Planalto, com a missão de representar o povo brasileiro. 

Com a benção de Deus, o apoio da minha família e a força do povo brasileiro, trabalharei incansavelmente para que o Brasil se encontre com o seu destino e se torne a grande nação que todos queremos. 

Muito obrigado a todos vocês. 


BRASIL ACIMA DE TUDO!"


Solenidade de posse


Jair Bolsonaro, e sua esposa, Michelle Bolsonaro — Foto: Ricardo Moraes/Reuters

A cerimônia de posse teve início em frente à Catedral de Brasília às 14h46. O novo presidente desfilou pela Esplanada dos Ministérios no Rolls-Royce conversível da Presidência ao lado da mulher, Michelle, e do filho Carlos Bolsonaro, vereador do Rio (PSL).

Ao chegar ao parlamento, foi recebido na rampa do Legislativo pelos presidentes do Congresso, senador Eunício Oliveira (MDB-CE), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).


Seguidos pelo vice-presidente Hamilton Mourão, os chefes do Executivo e do Legislativo caminharam pelo tapete vermelho estendido pelas dependências do parlamento até o plenário da Câmara, onde Bolsonaro jurou obedecer a Constituição e assinou o termo de posse. Na sequência, ele fez o primeiro discurso como presidente da República.


Bolsonaro assina o livro com o termo de posse dos presidentes da República
Foto: Nelson Almeida/AFP



Ao final da solenidade no plenário da Câmara, Jair Bolsonaro foi até o gabinete do presidente do Senado para se reunir com os chefes das duas casas legislativas. Eles ficaram cerca de 50 minutos no gabinete em uma conversa reservada.

Encerrada a conversa com Eunício e Maia, o novo presidente da República – que é o comandante supremo das Forças Armadas – passou em revista as tropas do batalhão da guarda presidencial nos gramados do Congresso sob uma salva de 21 tiros de canhão enquanto era reproduzido, mais uma vez, o Hino Nacional.

Dos gramados do parlamento, Jair Bolsonaro seguiu para o Palácio do Planalto em carro aberto ao lado da primeira-dama para receber a faixa presidencial de Temer. O agora ex-presidente da República aguardava o sucessor na companhia da mulher, Marcela Temer, na porta da entrada principal do salão nobre do Planalto.

Bolsonaro subiu a rampa do palácio acompanhado da primeira-dama, do vice-presidente e da mulher de Mourão, Paula. Na porta do Planalto, os quatro foram cumprimentados por Temer e Marcela.

Em seguida, Bolsonaro e o agora ex-presidente se dirigiram ao parlatório, onde, às 17h, Temer passou a faixa presidencial para o novo presidente sob os olhares de milhares de cidadãos que ocupavam a Praça dos Três Poderes, localizada em frente ao Palácio do Planalto.

Eles acompanharam a execução do Hino Nacional pela banda do Primeiro Regimento de Guardas e, na sequência, Temer e Marcela se despediram dos novos ocupantes do Planalto, retornando à área interna do palácio.

Antes de Bolsonaro discursar no parlatório, a primeira-dama Michelle transmitiu uma mensagem por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras) à população. A mulher de Bolsonaro é intérprete de Libras e atua em atividades sociais com pessoas com deficiência.


No discurso em Libras, a primeira-dama agradeceu o carinho dos brasileiros desde o início da campanha e a solidariedade nos "momentos difíceis", destacando os 23 dias em que o marido dela ficou internado em hospital para se recuperar do atentado à faca.


Leia a íntegra do discurso de Bolsonaro 
no parlatório do Palácio do Planalto:

Amigas e amigos de todo o Brasil,

É com humildade e honra que me dirijo a todos vocês como Presidente do Brasil.

E me coloco diante de toda a nação, neste dia, como o dia em que o povo começou a se libertar do socialismo, da inversão de valores, do gigantismo estatal e do politicamente correto.

As eleições deram voz a quem não era ouvido.

E a voz das ruas e das urnas foi muito clara.

E eu estou aqui para responder e, mais uma vez, me comprometer com esse desejo de mudança.

Também estou aqui para renovar nossas esperanças e lembrar que, se trabalharmos juntos, essa mudança será possível.

Respeitando os princípios do estado democrático de direito, guiados por nossa Constituição e com Deus no coração, a partir de hoje, vamos colocar em prática o projeto que a maioria do povo brasileiro democraticamente escolheu, vamos promover as transformações de que o país precisa.

Temos recursos minerais abundantes, terras férteis abençoadas por Deus e um povo maravilhoso.

Temos uma grande nação para reconstruir e isso faremos juntos.

Os primeiros passos já foram dados.


Graças a vocês, eu fui eleito com a campanha mais barata da história.

Graças a vocês, conseguimos montar um governo sem conchavos ou acertos políticos, formamos um time de ministros técnicos e capazes para transformar nosso Brasil. Mas ainda há muitos desafios pela frente.

Não podemos deixar que ideologias nefastas venham a dividir os brasileiros. Ideologias que destroem nossos valores e tradições, destroem nossas famílias, alicerce da nossa sociedade.

E convido a todos para iniciarmos um movimento nesse sentido. Podemos, eu, você e as nossas famílias, todos juntos, reestabelecer padrões éticos e morais que transformarão nosso Brasil.

A corrupção, os privilégios e as vantagens precisam acabar. Os favores politizados, partidarizados devem ficar no passado, para que o Governo e a economia sirvam de verdade a toda Nação.

Tudo o que propusemos e tudo o que faremos a partir de agora tem um propósito comum e inegociável: os interesses dos brasileiros em primeiro lugar.

O brasileiro pode e deve sonhar. Sonhar com uma vida melhor, com melhores condições para usufruir do fruto do seu trabalho pela meritocracia. E ao governo cabe ser honesto e eficiente.

Apoiando e pavimentando o caminho que nos levará a um futuro melhor, ao invés de criar pedágios e barreiras.

Com este propósito iniciamos nossa caminhada. E com este espírito e determinação que toda equipe de governo assume no dia de hoje.

Temos o grande desafio de enfrentar os efeitos da crise econômica, do desemprego recorde, da ideologização de nossas crianças, do desvirtuamento dos direitos humanos, e da desconstrução da família.

Vamos propor e implementar as reformas necessárias. Vamos ampliar infraestruturas, desburocratizar, simplificar, tirar a desconfiança e o peso do Governo sobre quem trabalha e quem produz.


Também é urgente acabar com a ideologia que defende bandidos e criminaliza policiais, que levou o Brasil a viver o aumento dos índices de violência e do poder do crime organizado, que tira vidas de inocentes, destrói famílias e leva a insegurança a todos os lugares.

Nossa preocupação será com a segurança das pessoas de bem e a garantia do direito de propriedade e da legítima defesa, e o nosso compromisso é valorizar e dar respaldo ao trabalho de todas as forças de segurança.

Pela primeira vez, o Brasil irá priorizar a educação básica, que é a que realmente transforma o presente e o futuro de nossos filhos e netos, diminuindo a desigualdade social.

Temos que nos espelhar em nações que são exemplos para o mundo e que por meio da educação encontraram o caminho da prosperidade.

Vamos retirar o viés ideológico de nossas relações internacionais.

Vamos em busca de um novo tempo para o Brasil e os brasileiros!

Por muito tempo, o país foi governado atendendo a interesses partidários que não o dos brasileiros. Vamos restabelecer a ordem neste país.

Sabemos do tamanho da nossa responsabilidade e dos desafios que vamos enfrentar. Mas sabemos aonde queremos chegar e do potencial que o nosso Brasil tem. Por isso vamos dia e noite perseguir o objetivo de tornar o nosso país um lugar próspero e seguro para os nossos cidadãos e uma das maiores nações do planeta.

Podem contar com toda a minha dedicação para construir o Brasil dos nossos sonhos.

Agradeço a Deus por estar vivo e a vocês que oraram por mim e por minha saúde nos momentos mais difíceis.

Peço ao bom Deus que nos dê sabedoria para conduzir a nação.

Que Deus abençoe esta grande nação.


Brasil acima de tudo, Deus acima de todos.


Reveja a cerimônia na íntegra, 
em transmissão da TV Brasil:

 

Governo Bolsonaro: quem são os 22 ministros confirmados 


O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) concluiu no dia 9 de dezembro a indicação dos nomes para compor a Esplanada dos Ministérios do futuro governo. O advogado Ricardo de Aquino Salles foi confirmado para a pasta do Meio Ambiente e completou a lista de 22 nomes selecionados.


No total, a conta fechou com sete ministérios a mais do que os 15 previstos inicialmente por Bolsonaro na campanha. Atualmente, o governo Temer tem 29 pastas.


Confira a lista de confirmados por Bolsonaro

Casa Civil

Onyx Lorenzoni - deputado federal eleito para o quinto mandato, Onyx recebeu mais de 183 mil votos neste ano, o segundo mais votado do Rio Grande do Sul. Aos 64 anos, é médico veterinário e sócio de um hospital veterinário em Porto Alegre. Apesar de o DEM não pertencer à aliança de Bolsonaro, Onyx apoiou o capitão desde o início da campanha e foi escolhido como ministro extraordinário da transição.

Economia

Paulo Guedes - coordenador do plano econômico, é chamado de Posto Ipiranga pelo presidente eleito, em referência a um comercial de TV que aponta o estabelecimento como resposta para todas as demandas. Ficará à frente de um superministério que vai agrupar à Economia a Fazenda, o Planejamento e o Programa de Parceria de Investimentos. Guedes tem 69 anos e um dos fundadores do Banco Pactual e do grupo BR Investimentos, hoje parte da Bozano Investimentos.

Justiça e Segurança Pública

Sérgio Moro - natural de Maringá (PR), além de magistrado, é escritor e professor universitário. Graduado em Direito, tem mestrado e doutorado e é juiz federal desde 1996. Moro ficou famoso por liderar os julgamentos da Lava-Jato e condenar em primeira instância o ex-presidente Lula. No futuro governo, liderará um dos superministérios, responsável por duas das mais importantes pastas.

Ciência e Tecnologia

Marcos Pontes - Primeiro sul-americano a ir para o espaço, Pontes, 55 anos, será um dos militares que integrarão o primeiro escalão de Bolsonaro. Ex-piloto de caça, é mestre em engenharia de sistemas. Em 2014, se candidatou a deputado estadual em São Paulo, mas não se elegeu. Filiado ao PSL, Pontes chegou a ser sondado como vice na chapa do capitão reformado.

Gabinete de Segurança Institucional

General Heleno - General quatro estrelas, a mais alta graduação do Exército, Augusto Heleno Ribeiro Pereira tem 70 anos e está na reserva depois de atuar por 44 anos nas Forças Armadas. Filiado ao PRP, chegou a ser cogitado para ser vice na chapa do capitão da reserva, possibilidade rechaçada por seu partido, o que fez o militar pedir a desfiliação da sigla. Foi chefe do Comando Militar da Amazônia, de 2007 e 2009.

Agricultura

Tereza Cristina - Primeira mulher escolhida para o primeiro escalão, Tereza Cristina, 64 anos, é engenheira agrônoma e produtora de soja em Mato Grosso do Sul. Foi secretária estadual e, neste ano, reelegeu-se deputada federal pelo MS. Se consolidou como das lideranças da bancada ruralista no Congresso, onde assumiu a presidência da Frente Parlamentar da Agropecuária.

Defesa


General Fernando Azevedo e Silva - Ex-chefe do Estado Maior do Exército, Azevedo foi indicado pelo comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, em setembro, como assessor do presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, de quem recebeu elogios. O primeiro nome cotado para o Ministério era o do general Augusto Heleno, que acabou sendo indicado por Bolsonaro para o Gabinete de Segurança Institucional (GSI).


Relações Exteriores

Ernesto Araújo - Ernesto Henrique Fraga Araújo ocupava o cargo de diretor do Departamento dos Estados Unidos, Canadá e Assuntos Interamericanos na gestão do chanceler Aloysio Nunes Ferreira. Durante a campanha, causou polêmica por manter um blog no qual fazia campanha para Bolsonaro, então candidato, chamando o PT de "Partido Terrorista".

Controladoria-Geral da União

Wagner Rosário - Wagner de Campos Rosário continuará à frente da CGU no futuro governo. Natural de Juiz de Fora (MG), tem 42 anos e é auditor Federal de Finanças e Controle desde 2009. Tornou-se o primeiro servidor de carreira da CGU a assumir o cargo de secretário-executivo e ministro da pasta, em junho do ano passado. Antes de ingressar no órgão, ele integrou o Exército, chegando ao posto de capitão.

Saúde

Luiz Henrique Mandetta - Médico e ex-secretário da Saúde de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, Luiz Henrique Mandetta (DEM) está no segundo mandato de deputado federal e não disputou as eleições deste ano. É investigado por suposta fraude em licitação, tráfico de influência e caixa 2 no período no qual foi secretário da capital do MS.

Educação

Ricardo Vélez Rodríguez - Nascido em Bogotá, na Colômbia, em 1943, Vélez Rodríguez é professor emérito da Escola de Comando e Estado Maior do Exército. Tem formação em Filosofia pela Universidade Pontifícia Javeriana (1964), com ênfase em História da Filosofia, atuando principalmente nos seguintes temas: pensamento brasileiro, filosofia brasileira, filosofias nacionais, liberalismo e moral social.

Advocacia-Geral da União

André Luiz de Almeida Mendonça - Com pós-graduação em Governança Global, André Luiz de Almeida Mendonça é advogado da União desde 2000 e foi procurador seccional da União em Londrina, no Paraná. Ele atuou em áreas de transparência e combate à corrupção em parceria com a Controladoria-Geral da União e também coordenou a área disciplinar da Corregedoria da AGU.

Secretaria-Geral da Presidência

Gustavo Bebianno - Presidente do PSL durante a campanha eleitoral, tendo deixado o cargo logo após o segundo turno, Bebianno se tornou braço direito de Jair Bolsonaro. O advogado não tinha experiência política até 2017, quando foi apresentado ao presidente eleito, após mandar e-mails para o gabinete do deputado, em Brasília, oferecendo ajuda jurídica grátis.

Secretaria de Governo

Carlos Alberto dos Santos Cruz - Natural de Rio Grande (RS), o general-de-divisão Carlos Alberto dos Santos Cruz foi anunciado no dia 26 de novembro como novo secretário de Governo - cargo que tem status de ministério e é responsável, entre outras atribuições, pela relação com o Congresso. O militar ocupou a Secretaria de Segurança Pública no governo Temer, entre 2017 e 2018, e comandou as tropas da ONU no Haiti e no Congo.

Infraestrutura

Tarcísio Gomes de Freitas - Ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Tarcísio Gomes de Freitas foi anunciado como futuro ministro da Infraestrutura em 27 de novembro. O futuro ocupante da pasta é formado pelo Instituto Militar de Engenharia e atualmente consultor legislativo da Câmara dos Deputados.

Desenvolvimento Regional

Gustavo Canuto - Canuto é servidor efetivo do Ministério do Planejamento e foi anunciado como futuro comandante da pasta, que foi criada por Bolsonaro, em 28 de novembro. Conforme o site do Ministério da Integração Nacional, ele não tem filiação partidária. De acordo com Bolsonaro, Canuto foi escolhido por sua "ampla experiência".

Turismo


Marcelo Álvaro Antônio - Marcelo Antônio foi eleito deputado federal pelo PSL em outubro, com a maior votação de Minas Gerais — 230.008 votos. Ele também é presidente do partido de Bolsonaro no Estado. Filho de Álvaro Antônio Dias, que foi parlamentar pelo PMDB e pelo PDT, Marcelo se elegeu vereador de Belo Horizonte pelo PRP em 2012. Em 2014, pelo PR, conseguiu pela primeira vez uma vaga na Câmara.

Cidadania

Osmar Terra - Médico e deputado federal do MDB gaúcho, Osmar Terra será o ministro da Cidadania no governo de Bolsonaro. O anúncio foi feito na tarde de 28 de novembro. A indicação foi da Frente Parlamentar da Assistência Social. Em sua primeira manifestação, Terra afirmou que o foco na área social será qualificar o programa Bolsa Família e mencionou o pedido de Jair Bolsonaro para a instituição de um 13º salário para o benefício.

Minas e Energia

Albuquerque Junior - O almirante é o sexto militar entre os ministros anunciados para o próximo governo, mas o primeiro nome da Marinha no alto escalão do governo Bolsonaro, que já conta com integrantes do Exército e da Aeronáutica.

Mulher, Família e Direitos Humanos

Damares Alves - A advogada e assessora do senador Magno Malta (PR-ES) Damares Alves foi confirmada nesta quinta-feira (6) como ministra da pasta de Mulher, Família e Direitos Humanos, que será criada no governo de Jair Bolsonaro. A pasta também abrigará a Fundação Nacional do Índio (Funai). Damares é assessora jurídica da Frente Parlamentar de Apoio à Vida.

Meio Ambiente

Ricardo de Aquino Salles - O advogado foi o último nome confirmado por Bolsonaro, completando a lista de 22 ministros. Concorreu a deputado federal de São Paulo pelo partido Novo e ficou na suplência. Foi secretário particular do então governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) entre 2013 e 2014, e em julho de 2016, assumiu como secretário estadual do Meio Ambiente, cargo no qual permaneceu até agosto de 2017. É réu por improbidade administrativa em ação civil pública, acusado pelo Ministério Público de São Paulo de envolvimento em alterações irregulares no plano de manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) da Várzea do Tietê, supostamente para beneficiar interesses da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Tanto Salles quanto a Fiesp negam.

Outros nomes

Roberto Campos Neto (Banco Central) - Atual responsável pela tesouraria do Santander, Campos irá substituir Ilan Goldfajn na presidência do Banco Central — que não terá mais status de ministério no próximo governo. Para assumir o posto, ele terá que responder à sabatina da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado e ter seu nome referendado pelo plenário da Casa.

Roberto Castello Branco (Petrobras) - Visto como homem de confiança de Paulo Guedes, Roberto Castello Branco tem pós-doutorado pela Universidade de Chicago e extensa experiência nos setores público e privado, tendo ocupado cargos de direção no Banco Central e na mineradora Vale. Também fez parte do Conselho de Administração da Petrobras.

Joaquim Levy (BNDES) - Engenheiro naval de formação, Levy possui doutorado em economia na Universidade de Chicago. Foi secretário do Tesouro Nacional entre 2003 e 2006, durante o primeiro mandato de Lula (PT), e ministro da Fazenda no governo de Dilma Rousseff (PT). De 2010 e 2014, Levy foi diretor do banco Bradesco. Para assumir a presidência do BNDES, Levy deixará a diretoria financeira do Banco Mundial, cargo que ocupa atualmente.

Maurício Valeixo (Polícia Federal) - Atual superintendente da PF no Paraná, Maurício Valeixo participou diretamente das investigações da Lava-Jato, na qual estreitou seus laços com o titular da pasta à qual será subordinado, Sergio Moro. Antes de ingressar na PF, foi delegado da Polícia Civil paranaense e é tido como um especialista em combate ao crime organizado.

Érika Marena (Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional) - Delegada da Polícia Federal, Érika Marena trabalhou em investigações famosas, como a do Banestado e a Lava-Jato. Recentemente, foi criticada na investigação de desvios de dinheiro na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O então reitor da UFSC, Luiz Carlos Cancellier, cometeu suicídio em um shopping após ser preso temporariamente.

Mansueto Facundo de Almeida Júnior (Tesouro Nacional) - O economista cearense Mansueto Facundo de Almeida Júnior foi indicado para permanecer no cargo que ocupa desde abril de 2018. Especialista em Finanças Públicas, chegou ao Governo Federal com o afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e a nomeação de Henrique Meirelles (MDB) como ministro da Fazenda. Tem 51 anos.

Rubem Novaes (Banco do Brasil) - Novaes é amigo de Guedes desde os tempos em que estudaram na Universidade de Chicago (EUA), berço do liberalismo econômico. É professor da Fundação Getúlio Vargas e foi diretor do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Chegou a ser cotado para presidir o banco porque não queria deixar o Rio de Janeiro, onde mora.

Pedro Duarte Guimarães (Caixa Econômica Federal) - Sócio do banco de investimento Brasil Plural, Guimarães possui mais de 20 anos de atuação no mercado financeiro na gestão de ativos e reestruturação de empresas. Doutor em Economia pela Universidade de Rochester (EUA), especializou-se em privatizações.

Carlos Von Doellinger (Ipea) - Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), integra a equipe de transição de governo. Foi secretário do Tesouro Nacional durante o regime militar.

Edson Leal Pujol (Exército) - Gaúcho de Dom Pedrito, Edson Leal Pujol, 63 anos, está prestes a completar 12 anos como general, tempo máximo permitido. Chefiou o Comando Militar do Sul de 2016 a 2018 e as forças da paz da ONU no Haiti. Era considerado substituto natural do atual comandante, o general Eduardo Villas Bôas.

Ilques Barbosa Junior (Marinha do Brasil) - O Almirante de Esquadra Ilques Barbosa Junior é o chefe do Estado-Maior da Armada desde 2017. Entre suas atribuições, está o de assessorar o comandante da Marinha. Ele irá substituir Eduardo Bacellar Leal Ferreira, que está no cargo desde janeiro de 2015, quando foi nomeado pela então presidente Dilma Rousseff.

Antônio Carlos Moretti Bermudez (Força Aérea Brasileira) - Tenente-brigadeiro do ar, Antônio Carlos Moretti Bermudez já esteve à frente do Sexto Comando Aéreo Regional e foi chefe do Estado-Maior do Comando-Geral de Operações Aéreas. Atualmente, é o comandante-geral de Pessoal da FAB.


Trump elogia Jair Bolsonaro e diz: 
‘Os EUA estão com vocês’

Presidente americano enviou o secretário de Estado Mike Pompeo como seu representante

O primeiro discurso de Jair Bolsonaro como presidente do Brasil foi elogiado por Donald Trump. Em seu Twitter, o republicano parabenizou o novo presidente.

– Parabéns ao presidente Jair Bolsonaro, que acabou de fazer um grande discurso. Os Estados Unidos estão com vocês – garantiu Trump.

Fonte: G1/NSC/Agência Brasil/ https://pleno.news/