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Como será a última 'chuva' de estrelas cadentes de 2018

É a última chuva de "estrelas cadentes" do ano e será visível em praticamente todo o globo.


As geminídeas, uma das principais chuvas de meteoros do calendário anual, poderão ser observadas a olho nu tanto no hemisfério norte quanto sul do planeta.

Embora conhecido como chuva de "estrelas", o fenômeno se refere a meteoros que entram em combustão em contato com a atmosfera terrestre.

O espetáculo anual pode ser observado sempre em dezembro. Neste ano, começou no dia 4 e vai até 17 deste mês, atingindo seu pico no dia 14.

As geminídeas recebem este nome porque se concentram na constelação de Gêmeos – e são especialmente brilhantes e rápidas, caracterizadas por uma coloração amarelada.

A Nasa, agência espacial americana, considera uma das mais impressionantes ​​chuvas de meteoros visíveis da Terra.


Céu iluminado durante chuva de meteoros da constelação de Gêmeos (Gemínideas)
em Zagorie, na Bielorrússia, em 2017. — Foto: Sergei Grits/ AP


Mas, até um tempo atrás, não eram assim.

"As geminídeas começaram a aparecer em meados do século 19. No entanto, as primeiras chuvas não eram tão significativas, com apenas 10 a 20 meteoros visíveis por hora", explica a Nasa.

"Desde então, as geminídeas aumentaram e se tornaram uma das chuvas (de meteoros) mais importantes do ano. Durante seu pico, podem ser observados 120 meteoros por hora em condições perfeitas (para visibilidade)", acrescenta.

Como observar as geminídeas?

Os lugares mais afastados das cidades são os melhores para observar o espetáculo – e qualquer chuva de estrelas.

No caso das geminídeas, no dia 14 de dezembro, quando o fenômeno atinge seu ápice, a Nasa recomenda esperar a Lua se por – uma vez que a luz do satélite pode ofuscar os meteoros menores, que são os mais numerosos.

"Encontre o lugar mais escuro possível e aguarde cerca de 30 minutos até que seus olhos se adaptem à escuridão. Evite olhar para o celular, já que isso vai prejudicar sua visão noturna."
A recomendação é escolher um lugar confortável para deitar e olhar para o céu com atenção e paciência.

De acordo com a Nasa, o fenômeno será visível em todo o mundo, mas tende a favorecer o hemisfério norte. O pico está previsto para as 10h30 da manhã (horário de Brasília) de 14 de dezembro e deve durar 24 horas.


No auge, a previsão é que haja até 100 meteoros por hora.


O cometa 46P/ Wirtanen também poderá ser observado na constelação
de Touro, se as condições do céu permitirem — Foto: Nasa


Na prática, quem estiver na escuridão do campo ou da zona rural vai conseguir observar mais de 1 por minuto.

"As pessoas na periferia das cidades vão observar menos, de 30 a 40 por hora, dependendo das condições de iluminação", acrescenta a Nasa.

Já aqueles que estão em grandes centros urbanos não vão conseguir ver praticamente nada.

"Céu limpo e escuro é o ingrediente mais importante para contemplar as chuvas de meteoros", diz a agência espacial.

Neste ano, haverá um bônus. Será possível observar o cometa 46P/ Wirtanen, que se aproxima da Terra - uma pequena luz verde "fantasmagórica" ​​na constelação de Touro.

A origem

Todos os anos a Terra passa pela órbita de "um objeto estranho e rochoso" conhecido como 3200 Phaeton, repleta de fragmentos lançados pelo próprio corpo celeste.

Esse rastro de poeira entra em combustão em contato com a atmosfera da Terra, gerando o que visualmente se traduz em uma enxurrada de "estrelas cadentes".

A origem de Phaethon, no entanto, não é clara para os cientistas.


Ele é classificado como um asteroide próximo à Terra ou como um cometa extinto.



O asteroide 3200 Phaeton foi descoberto em meados de 1983 — Foto: Nasa




"Há outro objeto, um asteroide do tipo Apollo chamado 2005 UD, que está em uma órbita dinamicamente semelhante ao Phaethon, o que gera especulações de que os dois faziam parte de um corpo celeste maior que se separou ou colidiu com outro asteroide", explica a Nasa em seu site.


De acordo com a agência espacial americana, as geminídeas podem ser os destroços deste episódio de colisão que ocorreu há muito tempo.

Fonte: G1