Solenidade de posse do novo governador está marcada para a tarde desta terça-feira na Alesc
"Agradeço a Deus por mais uma etapa vencida e pelo crescimento que a vida, com seus embates, me tem proporcionado". A frase escrita por Carlos Moisés da Silva poderia estar no discurso da posse do agora governador de Santa Catarina, não fosse um detalhe: ela foi redigida há 11 anos em uma da monografia. Na época, já formado bacharel e titulado mestre em Direito, a política parlamentar estava longe da realidade vivida por Moisés.
Coronel e comandante do Corpo de Bombeiros de Tubarão, Moisés trabalhou por duas décadas e meia até receber a mais alta patente e ocupar o mais importante posto da carreira na corporação. Já o tempo para a ascensão política foi inversamente proporcional.
Em menos de três meses alçou de militar aposentado para governador eleito, deixando de lado o título de comandante que estampou milhares de urnas. A alteração, no entanto, não mudou em nada a missão de Moisés: comandar, dessa vez todo um Estado. Essa tarefa, especulam os colegas de farda que conviveram com o militar nos últimos anos, o pesselista deve desempenhar com maestria.
— O coronel Moisés sempre foi um pessoa muito polida e agora representa a esperança de melhoria. Nesse momento ele está fazendo um trabalho importante e logo os bons frutos deverão estar sendo colhidos — projeta o tenente coronel Aldrin de Souza, que atuou no 4º Batalhão de Bombeiro Militar de Criciúma e hoje é gerente de operações da Defesa Civil do Estado.
Aspirante da turma de 1990 do curso de oficiais da Polícia Militar, Carlos Moisés tinha em casa o exemplo da vida na academia militar. Filho de um subtenente da PM, hoje aposentado, o jovem optou por servir no Corpo de Bombeiros.
César Assumpção Nunes, coronel dos bombeiros em Santa Catarina formado na turma de oficiais anterior a de Moisés, conhece o governador eleito há 30 anos. Na memória, as lembranças do colega parecem ter sido recém-vivenciadas.
— Antigamente os primeiros de turma podiam escolher. Estávamos na PM e as vagas nos bombeiros eram muito disputadas. Nessa época só dois aspirantes vieram para os bombeiros e o Moisés foi um deles. Ele tinha aptidão, um lado humanitário, uma afinidade muito grande com o trabalho que nos foi posto na academia — conta Nunes.
Moisés nasceu em Florianópolis, mas foi no Sul do Estado que criou raízes. A motivação veio não apenas das atividades profissionais na corporação, mas do coração. Foi no ano em que se formou, 1990, que começou o namoro com a esposa Késia Martins da Silva, mãe das duas filhas do casal. Ela, natural de Imbituba, mudou-se ainda criança para Tubarão, cidade em que o marido se aposentou comandante do batalhão dos bombeiros quase três décadas mais tarde.
Com os pais na Capital, era comum o deslocamento entre uma casa e outra. Foi numa dessas viagens, já comandante, que os conhecimentos de Moisés foram colocados à prova, conta o colega coronel Nunes:
— Eu vinha do Sul do Estado e ele de uma viagem de Florianópolis para Tubarão. Lembro que em um trecho entre Capivari de Baixo e Tubarão tinha uma ocorrência muito grande envolvendo diversos veículos com múltiplas vítimas. Ele presenciou tudo ainda no calor e imediatamente ajudou. Resolveu tudo com propriedade pois ele era comandante na região. Fiquei admirado. Ele atuou com distinção — relembra.
O instinto de liderança do governador eleito também é percebido por outros militares que acompanharam o crescimento de Moisés. Márcio Cabral, coronel e ex-comandante do 9º Batalhão da PM de Criciúma, teve contato com o agora governador quando ele ainda era tenente. Apesar de não serem da mesma turma, puderam conviver em Tubarão.
— Fizemos um curso de mergulho juntos. Ele era um sujeito educado no trato e muito organizado, tu percebias isso pelas ações dele. Além de efetuar o curso, ele ajudava na coordenação. Era muito companheiro, ajudava as pessoas. Vejo nele muitas qualidades para liderar. Ele é um líder nato — narra o ex-comandante e coronel Cabral.
A mesma expressão é usada pelo tenente-coronel Aldrin de Souza, que conheceu Moisés em Tubarão, quando a cidade integrava a companhia de Criciúma e não era batalhão.
— O coronel Moisés sempre foi uma pessoa que a gente se espelhava, um líder nato. Ele era uma referência no Corpo de Bombeiros não só em termos de comando, mas na parte de direito também. Prestava apoio na parte jurídica e no direito administrativo — relata Aldrin.
Apesar do destaque na corporação, a discrição também é marca registrada do novo governador. Característica essa que carrega até hoje. O jeito Moisés não passou despercebido pelos catarinenses. Direto, evitou entrar em provocações ao longo da campanha pelo governo. Mesmo vitorioso, preferiu discursos curtos e redes sociais a longas entrevistas coletivas. A posse também não deve ter pompa. Fugindo do esperado, a cerimônia dessa vez será à tarde. O pedido de Moisés é para algo simples e rápido. Atitudes que refletem a rígida vivência militar.
— Ele sempre foi reservado, não era uma pessoa de grandes contatos, apesar de transitar muito bem em todos os ambientes, até nos políticos. É conhecido pelo equilíbrio, conhecimento técnico e científico e pela própria liderança. Essa postura é algo próprio dele e acaba sendo também uma característica militar — descreve o coronel Nunes.
A entrada na política
Aposentado desde 2016 do Corpo de Bombeiros, Carlos Moisés da Silva precisou adaptar a rotina antes mesmo de sair vencedor da eleição. Até então usava o tempo livre para aproveitar o convívio familiar e também viajar. No ano passado chegou a morar nos Estados Unidos por três meses com a esposa e a filha mais nova, Sarah. O trio também havia se mudado recentemente de Tubarão, onde tem casa, para a Capital. O apartamento alugado no bairro Itacorubi acomoda a família que acompanha a caçula enquanto a jovem estuda para o vestibular.
No começo do ano Moisés também comemorou 25 anos de matrimônio com a esposa Késia. O aniversário da união seria celebrado com uma viagem para a Itália. Os planos precisaram ser adiados já que ainda no primeiro semestre a candidatura de Moisés ao governo de Santa Catarina começou a tomar forma. Eram os primeiros contatos do coronel da reserva com a política partidária.
César Assumpção Nunes, também coronel dos bombeiros no Estado que conviveu por 30 anos com Moisés, conta que apesar dos oficiais precisarem transitar no ambiente político, a prática partidária surgiu mais tarde para Moisés.
— Não é que a candidatura de Moisés tenha sido uma surpresa, ela foi um processo. O sucesso da eleição se deve a uma série de fatores — pondera Nunes.
A filiação de Moisés ao PSL se concretizou em março de 2018, e ele chegou a atuar como tesoureiro do partido. Antes de ingressar na legenda, já tinha proximidade com o agora secretário Lucas Esmeraldino, vereador em Tubarão até esse ano. A convivência veio por meio da família da esposa. André, irmão caçula de Késia, também é militar. Sargento dos Bombeiros, é amigo de infância de Esmeraldino, presidente estadual do PSL.
Em 1990, quando frequentava o último ano do curso de formação de oficiais, Carlos Moisés, seguindo a tradição da academia, apadrinhou um novato. Na cerimônia, era preciso dar uma espécie de medalha, uma insígnia, ao novo aluno. Luiz Eduardo Ardigó da Silva, hoje tenente coronel e comandante do Batalhão de Aviação da Polícia Militar em Santa Catarina, guarda a foto do dia como recordação até hoje. O contato com Moisés foi curto e não se prolongou vida afora, mas o orgulho em ver o padrinho se tornar governador certamente ficará na memória.
— Na época ele era muito focado e introspectivo, mas já era conhecido pela capacidade e seriedade. Tudo o que demonstra ser hoje, ele já era antes — analisa o tenente-coronel.
Agora, 28 anos depois, os papeis se invertem e Moisés será apadrinhado por Santa Catarina.
Destaque no mergulho
Antes de ter o nome lançado na disputa ao governo, Moisés era tesoureiro do PSL. Experiência na função o governador já tinha. Ocupou o mesmo cargo na associação de moradores da Praia de Ipuã, em Laguna, também no Sul do Estado. A família Silva ainda mantém casa na região, que é o destino preferido do militar.
— Ele vinha quase sempre aqui para dar uma volta e também para pescar. Mas agora ele não pode mais vir tanto. Até não é mais tesoureiro, acabou me complicando a vida — brinca o presidente da associação e empresário Luiz Carlos Pelegrin.
Pelegrin lamenta que nunca deu certo de os dois pescarem juntos, até porque a pesca que Moisés pratica é um pouco diferente da tradicional. Experiente em mergulho, a pesca subaquática é tida como o esporte predileto do militar aposentado.
— Ele possui habilidades e conhecimento náutico, do mar em geral, uma afinidade com mergulho em profundidade. Nenhum de nós consegue ter uma apneia como a dele. Isso o torna também bastante calmo e equilibrado. Ele até é detentor de alguns títulos na área — conta o coronel dos bombeiros em Santa Catarina César Assumpção Nunes.
Nunes comenta ainda que Moisés tem fôlego para ficar até sete minutos embaixo d'água sem respirar. De acordo com a Associação Internacional para o Desenvolvimento da Apneia (Aida), Moisés é detentor de um dos recordes estaduais em mergulho de profundidade: 91 metros. O feito foi conquistado em abril de 2005.
Por Larissa Neumann
Fonte: NSC
Moisés durante a diplomação dos eleitos(Foto: Diorgenes Pandini / DC) |
"Agradeço a Deus por mais uma etapa vencida e pelo crescimento que a vida, com seus embates, me tem proporcionado". A frase escrita por Carlos Moisés da Silva poderia estar no discurso da posse do agora governador de Santa Catarina, não fosse um detalhe: ela foi redigida há 11 anos em uma da monografia. Na época, já formado bacharel e titulado mestre em Direito, a política parlamentar estava longe da realidade vivida por Moisés.
Coronel e comandante do Corpo de Bombeiros de Tubarão, Moisés trabalhou por duas décadas e meia até receber a mais alta patente e ocupar o mais importante posto da carreira na corporação. Já o tempo para a ascensão política foi inversamente proporcional.
Em menos de três meses alçou de militar aposentado para governador eleito, deixando de lado o título de comandante que estampou milhares de urnas. A alteração, no entanto, não mudou em nada a missão de Moisés: comandar, dessa vez todo um Estado. Essa tarefa, especulam os colegas de farda que conviveram com o militar nos últimos anos, o pesselista deve desempenhar com maestria.
— O coronel Moisés sempre foi um pessoa muito polida e agora representa a esperança de melhoria. Nesse momento ele está fazendo um trabalho importante e logo os bons frutos deverão estar sendo colhidos — projeta o tenente coronel Aldrin de Souza, que atuou no 4º Batalhão de Bombeiro Militar de Criciúma e hoje é gerente de operações da Defesa Civil do Estado.
Aspirante da turma de 1990 do curso de oficiais da Polícia Militar, Carlos Moisés tinha em casa o exemplo da vida na academia militar. Filho de um subtenente da PM, hoje aposentado, o jovem optou por servir no Corpo de Bombeiros.
Moisés tinha afinidade com o trabalho nos bombeiros(Foto: Arquivo pessoal) |
César Assumpção Nunes, coronel dos bombeiros em Santa Catarina formado na turma de oficiais anterior a de Moisés, conhece o governador eleito há 30 anos. Na memória, as lembranças do colega parecem ter sido recém-vivenciadas.
— Antigamente os primeiros de turma podiam escolher. Estávamos na PM e as vagas nos bombeiros eram muito disputadas. Nessa época só dois aspirantes vieram para os bombeiros e o Moisés foi um deles. Ele tinha aptidão, um lado humanitário, uma afinidade muito grande com o trabalho que nos foi posto na academia — conta Nunes.
Moisés nasceu em Florianópolis, mas foi no Sul do Estado que criou raízes. A motivação veio não apenas das atividades profissionais na corporação, mas do coração. Foi no ano em que se formou, 1990, que começou o namoro com a esposa Késia Martins da Silva, mãe das duas filhas do casal. Ela, natural de Imbituba, mudou-se ainda criança para Tubarão, cidade em que o marido se aposentou comandante do batalhão dos bombeiros quase três décadas mais tarde.
Moisés quando criança(Foto: Arquivo pessoal) |
Com os pais na Capital, era comum o deslocamento entre uma casa e outra. Foi numa dessas viagens, já comandante, que os conhecimentos de Moisés foram colocados à prova, conta o colega coronel Nunes:
— Eu vinha do Sul do Estado e ele de uma viagem de Florianópolis para Tubarão. Lembro que em um trecho entre Capivari de Baixo e Tubarão tinha uma ocorrência muito grande envolvendo diversos veículos com múltiplas vítimas. Ele presenciou tudo ainda no calor e imediatamente ajudou. Resolveu tudo com propriedade pois ele era comandante na região. Fiquei admirado. Ele atuou com distinção — relembra.
O instinto de liderança do governador eleito também é percebido por outros militares que acompanharam o crescimento de Moisés. Márcio Cabral, coronel e ex-comandante do 9º Batalhão da PM de Criciúma, teve contato com o agora governador quando ele ainda era tenente. Apesar de não serem da mesma turma, puderam conviver em Tubarão.
— Fizemos um curso de mergulho juntos. Ele era um sujeito educado no trato e muito organizado, tu percebias isso pelas ações dele. Além de efetuar o curso, ele ajudava na coordenação. Era muito companheiro, ajudava as pessoas. Vejo nele muitas qualidades para liderar. Ele é um líder nato — narra o ex-comandante e coronel Cabral.
A mesma expressão é usada pelo tenente-coronel Aldrin de Souza, que conheceu Moisés em Tubarão, quando a cidade integrava a companhia de Criciúma e não era batalhão.
— O coronel Moisés sempre foi uma pessoa que a gente se espelhava, um líder nato. Ele era uma referência no Corpo de Bombeiros não só em termos de comando, mas na parte de direito também. Prestava apoio na parte jurídica e no direito administrativo — relata Aldrin.
Moisés se formou oficial em 1990(Foto: Arquivo pessoal) |
Apesar do destaque na corporação, a discrição também é marca registrada do novo governador. Característica essa que carrega até hoje. O jeito Moisés não passou despercebido pelos catarinenses. Direto, evitou entrar em provocações ao longo da campanha pelo governo. Mesmo vitorioso, preferiu discursos curtos e redes sociais a longas entrevistas coletivas. A posse também não deve ter pompa. Fugindo do esperado, a cerimônia dessa vez será à tarde. O pedido de Moisés é para algo simples e rápido. Atitudes que refletem a rígida vivência militar.
— Ele sempre foi reservado, não era uma pessoa de grandes contatos, apesar de transitar muito bem em todos os ambientes, até nos políticos. É conhecido pelo equilíbrio, conhecimento técnico e científico e pela própria liderança. Essa postura é algo próprio dele e acaba sendo também uma característica militar — descreve o coronel Nunes.
A entrada na política
Aposentado desde 2016 do Corpo de Bombeiros, Carlos Moisés da Silva precisou adaptar a rotina antes mesmo de sair vencedor da eleição. Até então usava o tempo livre para aproveitar o convívio familiar e também viajar. No ano passado chegou a morar nos Estados Unidos por três meses com a esposa e a filha mais nova, Sarah. O trio também havia se mudado recentemente de Tubarão, onde tem casa, para a Capital. O apartamento alugado no bairro Itacorubi acomoda a família que acompanha a caçula enquanto a jovem estuda para o vestibular.
No começo do ano Moisés também comemorou 25 anos de matrimônio com a esposa Késia. O aniversário da união seria celebrado com uma viagem para a Itália. Os planos precisaram ser adiados já que ainda no primeiro semestre a candidatura de Moisés ao governo de Santa Catarina começou a tomar forma. Eram os primeiros contatos do coronel da reserva com a política partidária.
Moisés e a esposa Késia(Foto: Arquivo pessoal) |
César Assumpção Nunes, também coronel dos bombeiros no Estado que conviveu por 30 anos com Moisés, conta que apesar dos oficiais precisarem transitar no ambiente político, a prática partidária surgiu mais tarde para Moisés.
— Não é que a candidatura de Moisés tenha sido uma surpresa, ela foi um processo. O sucesso da eleição se deve a uma série de fatores — pondera Nunes.
A filiação de Moisés ao PSL se concretizou em março de 2018, e ele chegou a atuar como tesoureiro do partido. Antes de ingressar na legenda, já tinha proximidade com o agora secretário Lucas Esmeraldino, vereador em Tubarão até esse ano. A convivência veio por meio da família da esposa. André, irmão caçula de Késia, também é militar. Sargento dos Bombeiros, é amigo de infância de Esmeraldino, presidente estadual do PSL.
Em 1990, quando frequentava o último ano do curso de formação de oficiais, Carlos Moisés, seguindo a tradição da academia, apadrinhou um novato. Na cerimônia, era preciso dar uma espécie de medalha, uma insígnia, ao novo aluno. Luiz Eduardo Ardigó da Silva, hoje tenente coronel e comandante do Batalhão de Aviação da Polícia Militar em Santa Catarina, guarda a foto do dia como recordação até hoje. O contato com Moisés foi curto e não se prolongou vida afora, mas o orgulho em ver o padrinho se tornar governador certamente ficará na memória.
— Na época ele era muito focado e introspectivo, mas já era conhecido pela capacidade e seriedade. Tudo o que demonstra ser hoje, ele já era antes — analisa o tenente-coronel.
Agora, 28 anos depois, os papeis se invertem e Moisés será apadrinhado por Santa Catarina.
Moisés com as filhas Raíssa e Sarah, e com a esposa(Foto: Arquivo pessoal) |
Destaque no mergulho
Antes de ter o nome lançado na disputa ao governo, Moisés era tesoureiro do PSL. Experiência na função o governador já tinha. Ocupou o mesmo cargo na associação de moradores da Praia de Ipuã, em Laguna, também no Sul do Estado. A família Silva ainda mantém casa na região, que é o destino preferido do militar.
— Ele vinha quase sempre aqui para dar uma volta e também para pescar. Mas agora ele não pode mais vir tanto. Até não é mais tesoureiro, acabou me complicando a vida — brinca o presidente da associação e empresário Luiz Carlos Pelegrin.
Pelegrin lamenta que nunca deu certo de os dois pescarem juntos, até porque a pesca que Moisés pratica é um pouco diferente da tradicional. Experiente em mergulho, a pesca subaquática é tida como o esporte predileto do militar aposentado.
— Ele possui habilidades e conhecimento náutico, do mar em geral, uma afinidade com mergulho em profundidade. Nenhum de nós consegue ter uma apneia como a dele. Isso o torna também bastante calmo e equilibrado. Ele até é detentor de alguns títulos na área — conta o coronel dos bombeiros em Santa Catarina César Assumpção Nunes.
Nunes comenta ainda que Moisés tem fôlego para ficar até sete minutos embaixo d'água sem respirar. De acordo com a Associação Internacional para o Desenvolvimento da Apneia (Aida), Moisés é detentor de um dos recordes estaduais em mergulho de profundidade: 91 metros. O feito foi conquistado em abril de 2005.
Por Larissa Neumann
Moisés se aposentou em 2016(Foto: Arquivo pessoal) |
Fonte: NSC