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Joaçaba: Tratamento alternativo para queimaduras de segundo grau é alvo de pesquisa na Unoesc

Na Unoesc Joaçaba, os pesquisadores, Marcelina Mezzomo Debiasi, Geisson Marcos Nardi, Osmar Damaceno Ribeiro, Fernanda Maurer D’Agostini, Aline Pertile Remor e Diego de Carvalho, analisaram o efeito da modulação da resposta inflamatória em queimaduras profundas. O projeto busca um tratamento para a população que seja efetivo no reparo tecidual, reduza o tempo de recuperação e, consequentemente, diminua os danos físicos dos indivíduos que sofreram queimaduras.

A professora Marcelina Mezzomo Debiasi explica que no experimento foram utilizados 72 ratos subdivididos em quatro grupos experimentais. No primeiro grupo estavam os animais que, após as queimaduras, não receberam tratamento. No segundo, aqueles tratados com dexametasona tópica. No terceiro, os que foram tratados com diclofenaco dietilamonio tópico. E, no último, os tratados com dexametasona e diclofenaco dietilamonio tópicos, em associação. Vale ressaltar que em todos os casos houve a utilização de analgesia.

Para análise histológica, os fragmentos de pele foram fixados, corados, montados em lâmina e analisados em microscópio óptico. O estudo identificou que o antiinflamatório utilizado no grupo três teve reações positivas.

— Conclui-se que os antiinflamatórios não esteroidais, representados pelo diclofenaco tópico apresentaram influência positiva na evolução das lesões, reduziram a inflamação e aceleram o processo de reepitelização (cicatrização). Enquanto que a dexametasona tópica retardou a cicatrização — analisou a pesquisadora Marcelina.

Para realizar os testes, a pesquisa “Análise da evolução morfológica e do processo inflamatório em lesões de queimaduras de segundo grau em ratos Wistar submetidos ao tratamento tópico com corticoesteróides” recebeu recursos financeiros do Fundo de Apoio à Pesquisa (Fape) da Unoesc. Por meio dessa contribuição, foi possível realizar os procedimentos necessários para a realização do estudo.

— Por meio do Fape, adquirimos o banho histológico, o dispensador de parafina, a placa aquecida, o micrótomo, a capela de exaustão e o suporte de cassete — comentou.

Para a pesquisadora, além do tratamento oferecido à população, serão beneficiados pela pesquisa todos os pesquisadores que trabalham com lâminas histológicas e os alunos, que terão acesso a técnicas que não eram oferecidas anteriormente, pois dependiam dos equipamentos que foram adquiridos.



Fonte: Dhébora Santiago/Assessoria de Imprensa