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Estudo desenvolvido na Unoesc pode detectar novo diagnóstico para fibromialgia

A fibromialgia é uma doença crônica em que a pessoa sente dores por todo o corpo durante longos períodos, com sensibilidade nas articulações, nos músculos, tendões e em outros tecidos. O diagnóstico dessa patologia é baseado na presença de sensibilidade dolorosa, não havendo exames que permitam a sua confirmação.

Pensando nisso, a Unoesc Joaçaba desenvolveu uma pesquisa com o intuito de descobrir possíveis biomarcadores para a fibromialgia. O projeto foi custeado pelo Fundo de Apoio à Pesquisa (Fape) da universidade e desenvolvido por Valéria Zardo, Angela Maria Brol, Adarly Kroth, Geisson Marcos Nardi e Glauber Wagner, do curso de Ciências Biológicas.

O estudo foi realizado por meio da análise da saliva de pacientes portadores da doença, comparados a indivíduos saudáveis que foram submetidos a sessões de balneoterapia por 10 dias. A partir das amostras desses pacientes, foram avaliadas as expressões das proteínas fosfoglicerato mutase I (PGAM I) e α-zinco-glicoproteína I (AZGP I) como possíveis biomarcadores de prognóstico no tratamento da fibromialgia.

Conforme explicou a professora Adarly Kroth, uma das idealizadoras do projeto, o trabalho tem relevância social e clínica, por se tratar de uma nova forma de diagnóstico para a fibromialgia.

— Embora exista um consenso para o diagnóstico, que na maioria das vezes pode ser falho, a determinação de biomarcadores presente nesta condição torna mais rápido e confiável o diagnóstico e, consequentemente, acelera o início do tratamento — disse a professora.

Sobre a sua experiência como pesquisadora, Valéria Zardo, bolsista do projeto, relatou que se tratou de uma oportunidade única, em que pôde atuar nas mais diversas áreas do conhecimento. Ela também enfatizou que desenvolver essa pesquisa foi fundamental para a definição de qual área da Biologia irá seguir futuramente.

— Relacionamos bioquímica, biologia molecular, imunologia, entre outras áreas. A pesquisa, na realidade, é uma transformação do conhecimento. É quando pude colocar em prática o que tive na teoria — relata.

Valéria também comentou que ao desenvolver a pesquisa se sente mais preparada para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), bem como para as adversidades do dia a dia profissional.

Fonte: Jessica Dayane Novello De Marco