Sem direito a acessibilidade. Os problema na área central de Joaçaba. (Fotos: Portal Éder Luiz) |
Quem nos acompanhou foi a universitária Nadia Palavicini, que usa a cadeira de rodas para se movimentar. A cadeira que Nadia usou no dia da reportagem é motorizada, o que facilita sua locomoção, porém, não faz com que as barreiras sejam vencidas. Em poucos metros, nos deparamos com situações como placas caídas que formam buracos onde as cadeiras não passam e meio fios completamente irregulares, sem a inclinação necessária para que se possa acessar a calçada. Em alguns locais existe a inclinação em um lado da rua e no outro não.
Nadia mostra o local onde uma placa caída dificulta a passagem. |
Ponto na Felipe Schmidt onde a inclinação não permite a passagem da cadeira. |
Quando não há acesso para a calçada os cadeirantes são obrigados a andar pela rua, disputando espaços com carros, até encontrar um local com a calçada rebaixada, o que na maioria das vezes são entradas de garagens. “Se torna perigoso pra gente e tem muita gente que não entende por que andamos pela rua, mas não temos outra opção”.
Mas calçadas também existem problemas, principalmente nos espaços de entradas de garagens. Em um destes locais, Nadia precisa pedir ajuda para quem está próximo, já que a diferença entre a calçada e a pista de entrada é alta. “Felizmente muita gente ajuda, mas tenho amigos que ficam extremamente inibidos e não pedem auxílio por achar que vão importunar as outras pessoas”.
O prédio da prefeitura não oferece acesso aos cadeirantes. |
Quando realizamos esta reportagem, flagramos que falta de acessibilidade está de onde deveria vir o maior exemplo, a prefeitura. No prédio, existe uma grande rampa lateral, porém ela dá em uma porta que está obstruída por armários. “Não temos acesso na prefeitura a não ser quando carregados”. Comenta Nadia.
A situação será um desafio para a próxima administração de Joaçaba, que terá a missão de garantir um direto básico que foi sonegado nos últimos anos.
Fonte: Portal Éder Luiz