Luzerna: IFC encerra Semana de Ciência e Tecnologia oportunizando aprendizagem para alunos e comunidade externa
A cada ano, a Semana de Ciência e Tecnologia (Secitec), do Instituto Federal Catarinense (IFC) Campus Luzerna, parece acompanhar a trajetória da própria instituição: maiores são o número de atividades, maior o público e maior a diversidade de áreas contempladas na programação. Assim foi a quinta edição do evento, que ocorreu entre os dias 14 e 17 de setembro e reuniu não só alunos e servidores do IFC, mas diversos membros da comunidade externa.
Na noite de abertura, o auditório da Escola de Educação Básica Padre Nóbrega recebeu cerca de 150 pessoas para as duas palestras programadas. Primeiro, o professor Kariel Giarolo abordou o tema ética e ciência. Em seguida, após uma apresentação de alunos do Projeto Mistura Cultura, foi a vez do administrador Severino De Déa apresentar sua trajetória na criação da empresa Eco Têxtil.
Nos três dias seguintes, a Secitec serviu de palco para diversos trabalhos de ensino, pesquisa e extensão. Minicursos, seminários, palestras e oficinas, todos gratuitos, também contribuíam para o conhecimento e aprendizagem dos participantes.
Os trabalhos foram apresentados em banca, na forma de resumo expandido, e também em pôster. Muitas das ideias, desenvolvidas pelos próprios alunos e servidores do campus. O acadêmico de engenharia Artur Kvieczinski, por exemplo, apresentou um projeto de embarcação autônoma que está sendo pensado junto com o Corpo de Bombeiros. A ideia é desenvolver, nos próximos anos, um equipamento de varredura que possa ser utilizado em situações de busca por corpos nos casos de afogamentos. Um robô de publicidade para fins tecnológicos e comerciais; um protótipo de aspirador de pó autônomo; e uma placa solar inteligente foram outras ideias apresentadas.
Enquanto isso, nos outros espaços da instituição, seguiam as oficinas e minicursos. De novo, um belo exemplo da variedade de temas: o uso da Língua Brasileira de Sinais em situações de emergências, como primeiros socorros; oratória e criação de apresentações; preparação para o Enem; ensaio metalográfico; prática de simulação de solda; ventilação industrial; e assim por diante. Uma programação que foi muito além das três áreas técnicas com as quais o IFC Luzerna trabalha (automação, mecânica e segurança do trabalho). Sessão de cinema sobre gênero e sexualidade? Teve também. E que tal aprender sobre cultura japonesa? A Secitec oportunizou isto.
Aluna da 6ª fase de Engenharia de Controle e Automação, Luana Holetz era só elogios para o evento. “Estou achando muito interessante. Estou vendo várias formas de aplicação, na indústria, do que nós aprendemos em sala de aula. Isso enriquece muito o nosso conhecimento.”
Intercâmbio com a comunidade
Se o aprendizado foi importante para os estudantes do IFC, o mesmo pode-se dizer sobre os participantes da comunidade externa. Profissional da construção civil, o pintor Élcio Luiz da Silva fez o minicurso sobre a Norma Regulamentadora nº 35, que trata do trabalho em altura. A atividade foi ministrada pela professora Juscélia Padilha e pela técnica em segurança do trabalho Rosilene Pires. “A empresa em que atuo está atenta aos casos de acidentes que ocorrem, e nós também, como profissionais da área, queremos aprender e ficar por dentro de todos os detalhes sobre segurança do trabalho”, destacou Élcio. “Trabalhamos diariamente em altura, então esse curso só vem agregar ainda mais para o nosso conhecimento”. Dentro desta atividade, foi inaugurada nas dependências do campus uma parede de escalada.
Profissionais de diversas indústrias também ministraram oficinas. Da WEG, o coordenador de vendas Charles Fernando Scheffelmeier fez um bate-papo com os alunos, focando a parte da automação. “Esse intercâmbio de informações sempre é válido. Estamos aqui para trocar experiências. A instituição traz a parte técnica, os alunos vão a campo, e nós, como indústria, conseguimos fazer esse link entre o mercado e a realidade educacional”, disse.
Mesmo raciocínio do gerente de vendas Sérgio Pereira, da Samrello Instrumentação Industrial, de Blumenau. “Para nós é importante divulgar o nosso produto e também dividir o nosso conhecimento. Quando o aluno tem a oportunidade de conhecer um produto, de visualizá-lo, verificar como ele funciona, assim como sua ação na indústria, isso tudo resulta em acréscimo no aprendizado.”
Do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) Campus Chapecó, a professora e engenheira mecânica Marli Baú realizou uma oficina sobre perícia em acidentes de trânsito. “Esse intercâmbio entre os dois institutos é maravilhoso. Gostaria de ficar mais tempo para acompanhar as bancas dos trabalhos que estão sendo apresentados. É muito interessante essa oportunidade de trazer professores da outra instituição, e levar os daqui para lá também. É possível se pensar desta forma, acredito que é algo muito rico”.
Ciência que vai além
No sábado, último dia do evento, o IFC recebeu a visita de membros do Interact Club de Catanduvas. O grupo teve uma aula do projeto Bombeiro Mirim, do Corpo de Bombeiros, na parede de escalada do IFC. Depois, os jovens conheceram a estrutura de laboratórios da instituição e tiveram uma explanação sobre o ingresso nos cursos do Ensino Médio Integrado.
Durante a manhã, um seminário sobre empoderamento feminino e combate à violência contra a mulher, ministrado pelas professoras Letícia Tramontini e Isabel Cristina Hentz, trouxe à tona assuntos que precisam ser tratados e abordados cada vez mais, seja com adultos ou jovens. A atividade resumiu o conceito da Secitec: o debate sobre ciência e tecnológica, em escala regional ou nacional, precisa ir além. O IFC Luzerna, assim, cumpre a sua parte para uma formação de fato cidadã – esta sempre urgente e necessária.
Fonte: Wagner Lenhardt/Cecom IFC
Na noite de abertura, o auditório da Escola de Educação Básica Padre Nóbrega recebeu cerca de 150 pessoas para as duas palestras programadas. Primeiro, o professor Kariel Giarolo abordou o tema ética e ciência. Em seguida, após uma apresentação de alunos do Projeto Mistura Cultura, foi a vez do administrador Severino De Déa apresentar sua trajetória na criação da empresa Eco Têxtil.
Nos três dias seguintes, a Secitec serviu de palco para diversos trabalhos de ensino, pesquisa e extensão. Minicursos, seminários, palestras e oficinas, todos gratuitos, também contribuíam para o conhecimento e aprendizagem dos participantes.
Os trabalhos foram apresentados em banca, na forma de resumo expandido, e também em pôster. Muitas das ideias, desenvolvidas pelos próprios alunos e servidores do campus. O acadêmico de engenharia Artur Kvieczinski, por exemplo, apresentou um projeto de embarcação autônoma que está sendo pensado junto com o Corpo de Bombeiros. A ideia é desenvolver, nos próximos anos, um equipamento de varredura que possa ser utilizado em situações de busca por corpos nos casos de afogamentos. Um robô de publicidade para fins tecnológicos e comerciais; um protótipo de aspirador de pó autônomo; e uma placa solar inteligente foram outras ideias apresentadas.
Enquanto isso, nos outros espaços da instituição, seguiam as oficinas e minicursos. De novo, um belo exemplo da variedade de temas: o uso da Língua Brasileira de Sinais em situações de emergências, como primeiros socorros; oratória e criação de apresentações; preparação para o Enem; ensaio metalográfico; prática de simulação de solda; ventilação industrial; e assim por diante. Uma programação que foi muito além das três áreas técnicas com as quais o IFC Luzerna trabalha (automação, mecânica e segurança do trabalho). Sessão de cinema sobre gênero e sexualidade? Teve também. E que tal aprender sobre cultura japonesa? A Secitec oportunizou isto.
Aluna da 6ª fase de Engenharia de Controle e Automação, Luana Holetz era só elogios para o evento. “Estou achando muito interessante. Estou vendo várias formas de aplicação, na indústria, do que nós aprendemos em sala de aula. Isso enriquece muito o nosso conhecimento.”
Intercâmbio com a comunidade
Se o aprendizado foi importante para os estudantes do IFC, o mesmo pode-se dizer sobre os participantes da comunidade externa. Profissional da construção civil, o pintor Élcio Luiz da Silva fez o minicurso sobre a Norma Regulamentadora nº 35, que trata do trabalho em altura. A atividade foi ministrada pela professora Juscélia Padilha e pela técnica em segurança do trabalho Rosilene Pires. “A empresa em que atuo está atenta aos casos de acidentes que ocorrem, e nós também, como profissionais da área, queremos aprender e ficar por dentro de todos os detalhes sobre segurança do trabalho”, destacou Élcio. “Trabalhamos diariamente em altura, então esse curso só vem agregar ainda mais para o nosso conhecimento”. Dentro desta atividade, foi inaugurada nas dependências do campus uma parede de escalada.
Profissionais de diversas indústrias também ministraram oficinas. Da WEG, o coordenador de vendas Charles Fernando Scheffelmeier fez um bate-papo com os alunos, focando a parte da automação. “Esse intercâmbio de informações sempre é válido. Estamos aqui para trocar experiências. A instituição traz a parte técnica, os alunos vão a campo, e nós, como indústria, conseguimos fazer esse link entre o mercado e a realidade educacional”, disse.
Mesmo raciocínio do gerente de vendas Sérgio Pereira, da Samrello Instrumentação Industrial, de Blumenau. “Para nós é importante divulgar o nosso produto e também dividir o nosso conhecimento. Quando o aluno tem a oportunidade de conhecer um produto, de visualizá-lo, verificar como ele funciona, assim como sua ação na indústria, isso tudo resulta em acréscimo no aprendizado.”
Do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) Campus Chapecó, a professora e engenheira mecânica Marli Baú realizou uma oficina sobre perícia em acidentes de trânsito. “Esse intercâmbio entre os dois institutos é maravilhoso. Gostaria de ficar mais tempo para acompanhar as bancas dos trabalhos que estão sendo apresentados. É muito interessante essa oportunidade de trazer professores da outra instituição, e levar os daqui para lá também. É possível se pensar desta forma, acredito que é algo muito rico”.
Ciência que vai além
No sábado, último dia do evento, o IFC recebeu a visita de membros do Interact Club de Catanduvas. O grupo teve uma aula do projeto Bombeiro Mirim, do Corpo de Bombeiros, na parede de escalada do IFC. Depois, os jovens conheceram a estrutura de laboratórios da instituição e tiveram uma explanação sobre o ingresso nos cursos do Ensino Médio Integrado.
Durante a manhã, um seminário sobre empoderamento feminino e combate à violência contra a mulher, ministrado pelas professoras Letícia Tramontini e Isabel Cristina Hentz, trouxe à tona assuntos que precisam ser tratados e abordados cada vez mais, seja com adultos ou jovens. A atividade resumiu o conceito da Secitec: o debate sobre ciência e tecnológica, em escala regional ou nacional, precisa ir além. O IFC Luzerna, assim, cumpre a sua parte para uma formação de fato cidadã – esta sempre urgente e necessária.
Fonte: Wagner Lenhardt/Cecom IFC