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Greve nos Correios dura apenas um dia

Deflagrada na noite de quarta-feira, para ter início ontem, a greve nos Correios em Santa Catarina durou apenas um dia. Devido à baixa adesão ao movimento a nível nacional, os trabalhadores decidiram voltar ao serviço. Conforme a coordenação regional, na região de Criciúma cerca de 90% dos carteiros paralisaram as atividades, o que comprometeu a entrega de correspondências. Já na agência de Içara, o atendimento ao público funcionou normalmente.

"O movimento começou forte na região, com grande adesão em Criciúma, e a expectativa de ampliar para as cidades ao redor, como Içara. Mas dependíamos dessa avaliação a nível nacional. Como muitos sindicatos não aderiram, a greve acabou prejudicada", lamenta o coordenador regional do movimento, Samuel de Mattos.

Conforme o Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos e Similares de Santa Catarina (Sintect/SC), a proposta da empresa era 6% de reajuste agora é 3% em fevereiro de 2017, o que acabou rejeitado pela categoria no Estado, assim como a cobrança de mensalidade no plano de saúde.

"Santa Catarina e mais dez outros sindicatos rejeitaram a proposta da empresa e apenas quatro desses deflagraram greve. Nós optamos pela greve. Hoje (ontem) muitas unidades pelo Estado fecharam as portas, mas dado o número reduzido de adesão em todo o país, decidimos por retornar ao trabalho", diz a nota divulgada pela entidade.


Reivindicações

Após a assembleia realizada na noite de quarta-feira, em São José, o sindicato que representa a categoria no Estado se manifestou sobre as alterações no plano de saúde e no próprio Correio. "A organização administrativa foi fatiada, abrindo caminho para a privatização do serviço público. No dia a dia, a falta de condições de trabalho se apresenta representa o descaso das Direções Regionais da estatal em cuidar da segurança dos funcionários, vítimas de assaltos dentro das Agências dos Correios. Em 2015, foram registrados mais de 30 assaltos nas unidades dos Correios no Estado", afirmou em comunicado oficial.

Entre as principais reivindicações dos trabalhadores estão 15% de reajuste salarial e dos benefícios, garantia de não privatização dos Correios; instalação de sistema de segurança nas agências para evitar assaltos; realização de concurso público; reajuste do valor da quebra de caixa e equiparação da jornada de trabalho dos atendentes no Banco Postal.

Fonte: Rádio Videira AM