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Curso de informática é implantado no CASEP de Joaçaba

Os menores internos provisóriamente no Centro de Atendimento Socioeducativo de Joaçaba (CASEP) estão tendo a oportunidade de aprender informática através de um curso oferecido na própria unidade.  A iniciativa busca apresentar aos jovens à infomática e incentivá-los a buscar novas oportunidades quando forem reinseridos na sociedade.

A aula inaugural do curso aconteceu nesta quinta-feira (22), e hoje sexta-feira (23), foi dada continuidade às atividades. O curso terá duração total de 16 horas. “Era um sonho antigo nosso, e após a primeira aula percebemos que foi uma experiência fantástica para eles. Alguns nunca tinham mauseado um computador, outros que já tinham tido contato ajudaram os demais e no fim, todos ficaram exaltados em felicidade com a oportunidade. Isso é importante porque eles se sentem iguais a outros em situação financeira melhor,”. Comentou Juiz Alexandre Dittrich Buhr, responsável pela Vara da Infância e da Adolescência de Joaçaba.

A intenção agora é efetivar a medida oferecendo o curso mensalmente, já que o Casep de Joaçaba, por ser um centro que abriga os menores por até no máximo 45 dias,  tem alta rotatividade de internos.

Casep de Joaçaba realiza trabalho diferenciado

Com um método de trabalho diferenciado, voltado para a prática do respeito  e no qual há a busca pelo aprendizado e ressocialização dos internos, o Casep de Joaçaba se destaca em Santa Catarina. Tanto que houve uma redução considerável no numero de fugas da unidade.

“Nosso lema é respeitar a dignidade da pessoa humana. Então os adolescentes são respeitados integralmente e em contrapartida respeitam  o ambiente e as regras. Os últimos que fugiram tinham vindo de unidades onde o sistema é diferente. Mas a medida que estão aqui, os adolescentes percebem como funciona o trabalho e se adaptam” comentou o Juiz.

A unidade, que tem capacidade para 12 internos e abriga hoje sete adolescentes é administrada por uma ONG de Joaçaba e tem em seu quadro de 14 profissionais. Além dos que desempenham as funções de cuidado do ambiente e monitoramente dos menores, há uma psicóloga, uma pedagoga e uma assistente social trabalhando no local.

Paralelo aos deveres que precisam ser cumpridos, os adolescentes realizam atividades de psicoterapia, grupos lúdicos com jogos educativos, atividades de recreação e evangelização, além de aulas de ioga (com foco na meditação e controle dos pensamentos). ” As atividades incentivam a cooperação e o aprendizado e são realizadas diariamente. Algumas, envolvem todos ao mesmo tempo, em outras ele são divididos em grupo”  explicou Luciane Kunz, coordenadora da unidade.

Ainda de acordo com o Juiz Alexandre, um método de trabalho que, tem feito a diferença. “Já aconteceu de menores que voltaram para suas casas levarem o telefone dos monitores ou da coordenadora e ligarem  prestando conta de suas atividades, como quem diz:  o trabalho de vocês deu certo, e isso é fantástico”.  Ressaltou o Juiz que encerrou comentando: “Vamos montar um material reunindo nossas atividades e relatando a nossa forma de trabalho para levar ao Tribunal de Justiça.  Queremos que outros centros sejam encorajados para que o tratamento aos adolescentes seja semelhante”. finalizou o Juiz Alexandre Dittrich Buhr.



Fotos: Rádio Catarinense 

Fonte: Portal Éder Luiz