O Conselho de Sentença do Tribunal do Júri acolheu a tese de legítima defesa e absolveu Felipe Viera, 30 anos, pelos homicídios de Antônio Marcos de Oliveira (Marcos Tora), 42 anos, e sua companheira, Diamara Aparecida de Oliveira, 43 anos. "Diante do soberano veredito do Conselho de Sentença, impositiva é a absolvição do acusado da prática dos crimes de homicídio por duas vezes. Expeça-se o alvará de soltura", proferiu o juiz Luís Renato Martins de Almeida ao final da sessão nesta sexta-feira (22), em Herval d´Oeste.
O crime ocorreu por volta das 2h30min da madrugada do dia 15 de janeiro na Rua Santos Dumont, centro de Herval d´Oeste. Na ocasião, Felipe Vieira atirou à queima-roupa nas vítimas com um revólver calibre 38, sendo dois tiros em Marcos Tora e um em Diamara. Ele deixou o local, mas foi preso ainda durante a madrugada.
"A defesa tinha uma convicção muito forte da absolvição baseada em todo o contexto dos altos, através da perícia e do depoimento dos policiais civis", disse o advogado Álvaro Xavier, que teve como assistente a advogada Gabriela Cerino dos Santos. De acordo com ele, a defesa mostrou aos jurados que as vítimas foram até a casa do réu naquela madrugada, e além de causarem lesão, ameaçaram voltar e matar a família. "Felipe foi atrás do Marcos Tora e tomou as atitudes que deveria ter tomado".
No caso da morte de Diamara, o advogado defendeu que foi uma fatalidade, pois ela se colocou na frente do marido na hora do disparo. "No desenrolar dos depoimentos ficou claro que ela também era uma criminosa, tanto que ficou comprovado que foi a primeira a entrar na casa e agredir o Felipe, e junto com o Marcos Tora pretendia matar sua família", concluiu.
Para o promotor substituto, Thiago Nascolini Berenhauser, os crimes foram homicídios privilegiados, ou seja, Felipe teve a intenção de matar em razão de ter sido atacado pelas vítimas. "Foi um julgamento apertado, quatro votos a três, e o resultado era algo que poderia acontecer". Segundo ele, os policiais foram enfáticos em seus depoimentos ao afirmar que a vítima era uma pessoa complicada. "Isso pode ter sido determinante para a decisão dos jurados". Como está substituindo o titular, o promotor não soube informar se o Ministério Público vai recorrer.
Felipe Vieira conversou com a imprensa antes de deixar o local. Em poucas palavras se disse arrependido, mas esperava este resultado. "Larguei nas mãos de Deus. Só quis defender minha família", respondeu ao afirmar que pretende continuar a vida em outro lugar.
Felipe e seus advogados saíram escoltados da sessão. Sua mãe se ajoelhou em frente a Câmara de Vereadores para agradecer o resultado.
Fonte: Caco da Rosa
O crime ocorreu por volta das 2h30min da madrugada do dia 15 de janeiro na Rua Santos Dumont, centro de Herval d´Oeste. Na ocasião, Felipe Vieira atirou à queima-roupa nas vítimas com um revólver calibre 38, sendo dois tiros em Marcos Tora e um em Diamara. Ele deixou o local, mas foi preso ainda durante a madrugada.
"A defesa tinha uma convicção muito forte da absolvição baseada em todo o contexto dos altos, através da perícia e do depoimento dos policiais civis", disse o advogado Álvaro Xavier, que teve como assistente a advogada Gabriela Cerino dos Santos. De acordo com ele, a defesa mostrou aos jurados que as vítimas foram até a casa do réu naquela madrugada, e além de causarem lesão, ameaçaram voltar e matar a família. "Felipe foi atrás do Marcos Tora e tomou as atitudes que deveria ter tomado".
No caso da morte de Diamara, o advogado defendeu que foi uma fatalidade, pois ela se colocou na frente do marido na hora do disparo. "No desenrolar dos depoimentos ficou claro que ela também era uma criminosa, tanto que ficou comprovado que foi a primeira a entrar na casa e agredir o Felipe, e junto com o Marcos Tora pretendia matar sua família", concluiu.
Para o promotor substituto, Thiago Nascolini Berenhauser, os crimes foram homicídios privilegiados, ou seja, Felipe teve a intenção de matar em razão de ter sido atacado pelas vítimas. "Foi um julgamento apertado, quatro votos a três, e o resultado era algo que poderia acontecer". Segundo ele, os policiais foram enfáticos em seus depoimentos ao afirmar que a vítima era uma pessoa complicada. "Isso pode ter sido determinante para a decisão dos jurados". Como está substituindo o titular, o promotor não soube informar se o Ministério Público vai recorrer.
Felipe Vieira conversou com a imprensa antes de deixar o local. Em poucas palavras se disse arrependido, mas esperava este resultado. "Larguei nas mãos de Deus. Só quis defender minha família", respondeu ao afirmar que pretende continuar a vida em outro lugar.
Felipe e seus advogados saíram escoltados da sessão. Sua mãe se ajoelhou em frente a Câmara de Vereadores para agradecer o resultado.
Fonte: Caco da Rosa