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Caso Andressa Holtz – Seis anos sem respostas

Um crime que chocou a região completa seis anos nesta sexta-feira, 17, o desaparecimento da menina Andressa Holtz, na época com 13 anos, que foi encontrada morta um mês depois.

O caso é um grande mistério até hoje, já que as investigações não apontaram quem seria o autor do crime, somente uma lista de suspeitos, que incluiu até mesmo o pai da menina. Pela falta de provas contra aqueles que seriam os possíveis autores, o processo foi arquivado.

Mesmo que a justiça ainda não tenha sido feita é importante lembrar do caso, para que ele não cai no esquecimento e que talvez um dia essa grande ferida que atingiu toda a região possa ser fechada.
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O caso Andressa

Andressa saiu de casa, em Linha Leãozinho, por volta das 15h do dia 17 de julho de 2010, para participar da catequese no pavilhão da igreja matriz, centro da cidade. Ela estava de bicicleta.

Por volta de 16h, a menina se despediu dos amigos e voltou sozinha para casa, como conta uma das cartas escrita por um colega de catequese. “Por volta das 3h da tarde chegou à catequese, com a professora Eliane Bender e seus colegas. Quando acabou disse tchau a todos e rumou para casa. Passou pelo posto de gasolina para calibrar os pneus, e seguiu. Mas, a uns 500 metros de casa desapareceu misteriosamente, sem pistas, sem ninguém ver”.

Por volta de 17h os pais notaram que a menina estava demorando, começaram a procurar. Anoitecia e a menina não havia sido encontrada. A polícia foi avisada do desaparecimento, mas antes disso já havia uma multidão a procura da menina.

O responsável pela delegacia de polícia de Luzerna, Gilmar Bonamigo, explicou na época que as buscas contavam com o auxílio de dezenas de voluntários e se concentravam nas imediações da estrada que dá acesso a Linha Leãozinho, onde o corpo seria encontrado meses depois. A notícia corria e todos procuravam pela menina que havia saído de casa com uma camiseta do Grêmio, Mochila e uma bicicleta azul.

A partir daí só o que restou foi a esperança, mesmo que fosse a de um sequestro, que poderia vir com a ligação do autor pedindo o resgate. Não houve contato. Cães farejadores, policiais e até um helicóptero da Polícia Civil foi usado na tentativa de achar alguma pista nos dias que se seguiram. Toda a área foi varrida, até mesmo o local onde o corpo seria encontrado. Nada apareceu.

Um suspeito surgiu, um homem que trabalhava em um circo que estava na região na época do sumiço. Começou a onda de boatarias. A menina teria fugido com o circo, teria sido raptada pelo suspeito. O homem foi preso. Em depoimento ele confessou que havia matado Andressa, mas entrou em contradição. Por fim, um irmão apareceu e confirmou que o homem não estava na região no dia do crime e que sofria de problemas mentais. Ele foi solto.

A onda de boatos não parou por aí. Pessoas diziam que o corpo estava em Luzerna, próximo ao seminário, que Andressa havia sido encontrada no Paraná. Nada se confirmou e tudo só serviu para prejudicar as investigações da polícia.

Os meses se passaram, até que numa manhã de sexta-feira a angústia por saber o que havia acontecido teve fim. Andressa estava morta. Um grupo de vizinhos e o pai de Andressa, Otávio Holz, foram os responsáveis por achar os restos mortais e a bicicleta.
Uma equipe especializada da Polícia Civil veio de Florianópolis quase um ano depois para investigar o caso. Dois suspeitos, ambos que já estavam presos por outros crimes, foram apontados como prováveis autores do crime. Eles trabalhavam em uma obra nas proximidades da casa de Andressa na época do crime, mas negaram qualquer participação.

No dia 5 de agosto de 2011, sem poder provar a autoria do crime, a polícia e o Ministério Público anunciaram o arquivamento do caso. O processo pode ser reaberto desde que alguma prova apareça, mas até hoje não se teve mais novidades sobre o caso.
Fonte: Portal Éder Luiz