Por Éder Luiz
Li uma frase há alguns dias que dizia mais ou menos o seguinte “A escola falhou se o aluno acha que a menina é inferior”. Ela é da professora Daniela Auad, da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora), especialista em relações de gênero na escola. Mas poderia ser também no lugar da escola “a família falhou”.
Que mundo minha Maria Victória terá pela frente? Não será o mesmo mundo da minha mãe, Dona Diva, de grandes dificuldades, preconceitos, falta de liberdade e sofrimento. Mas mesmo nele ela soube ter a alegria e a vontade de realizar seus pequenos sonhos, dia a dia. Minha mãe sempre foi uma mulher forte, corajosa e que assumiu os rumos da família quando meu pai adoeceu e depois se foi. Ela é meu primeiro e mais presente exemplo feminino.
A outra realidade e a da minha esposa Andressa e de tantas mulheres de seu tempo, os dias atuais. Claro, já está diferente daquele que que minha mãe recebeu. Hoje a mulher tem mais direitos, mais acesso a saúde e a educação, mas mesmo assim ainda luta por seu lugar de igualdade. São mulheres com maior autoestima e independência. Não ficam mais atrás dos homens, estão ao nosso lado e muitas vezes a frente.
Mesmo assim é um mundo onde as mulheres enfrentam preconceitos, são subjugadas, não tem o mesmo reconhecimento que os homens e enfrentam uma violência crescente baseada naquilo que muitas vezes chamamos de “instinto animal”, o que serve para tentar justificar os brutais ataques de homens as mulheres. Estes ataques, abusos, estupros espancamentos, são os mesmos que elas sofrem desde tempos imemoriais, na maioria das vezes dentro do próprio lar, o qual se dedicam a construir e manter.
A vulgarização da mulher também é crescente, com um desmonte do ser que aprendemos a amar e respeitar. Culpa de uma sociedade que perdeu seu sentido em alguns aspectos.
Então, que mundo entregarei a Maria? Confesso que a resposta não está pronta na minha cabeça. O medo é igual ao de qualquer pai, o de não estar ao lado dela quando tudo de ruim puder acontecer. Sabemos que estar sempre presente é impossível, então é melhor pensar em uma solução.
O que sei que posso fazer é criar uma menina com autoestima, respeitada e que saiba que esta sociedade ainda não é a ideal para uma mulher, mas que vamos lutar para que isso aconteça. Essa luta não pode ser lembrada apenas no dia 8 de março, deve ser de todos os dias.
Parabéns pelo Dia da Mulher!
Li uma frase há alguns dias que dizia mais ou menos o seguinte “A escola falhou se o aluno acha que a menina é inferior”. Ela é da professora Daniela Auad, da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora), especialista em relações de gênero na escola. Mas poderia ser também no lugar da escola “a família falhou”.
Essa frase reflete muito o que quero dizer neste 8 de Março, Dia Internacional da Mulher. Estou pronto para ser pai de uma menina, um momento diferente após ser pai de três meninos. É a oportunidade de reaprender tudo de uma forma diferente. Confesso que é mais um sonho que realizo, assim como foram os meninos. Mas este momento também é de uma insegurança e preocupação grande, que me faz levantar questionamentos.“A escola falhou se o aluno acha que menina é inferior”. A frase é da professora Daniela Auad, da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora), especialista em relações de gênero na escola. Mas também poderia ser “a família falhou” ao invés da “escola”
Que mundo minha Maria Victória terá pela frente? Não será o mesmo mundo da minha mãe, Dona Diva, de grandes dificuldades, preconceitos, falta de liberdade e sofrimento. Mas mesmo nele ela soube ter a alegria e a vontade de realizar seus pequenos sonhos, dia a dia. Minha mãe sempre foi uma mulher forte, corajosa e que assumiu os rumos da família quando meu pai adoeceu e depois se foi. Ela é meu primeiro e mais presente exemplo feminino.
A outra realidade e a da minha esposa Andressa e de tantas mulheres de seu tempo, os dias atuais. Claro, já está diferente daquele que que minha mãe recebeu. Hoje a mulher tem mais direitos, mais acesso a saúde e a educação, mas mesmo assim ainda luta por seu lugar de igualdade. São mulheres com maior autoestima e independência. Não ficam mais atrás dos homens, estão ao nosso lado e muitas vezes a frente.
Mesmo assim é um mundo onde as mulheres enfrentam preconceitos, são subjugadas, não tem o mesmo reconhecimento que os homens e enfrentam uma violência crescente baseada naquilo que muitas vezes chamamos de “instinto animal”, o que serve para tentar justificar os brutais ataques de homens as mulheres. Estes ataques, abusos, estupros espancamentos, são os mesmos que elas sofrem desde tempos imemoriais, na maioria das vezes dentro do próprio lar, o qual se dedicam a construir e manter.
A vulgarização da mulher também é crescente, com um desmonte do ser que aprendemos a amar e respeitar. Culpa de uma sociedade que perdeu seu sentido em alguns aspectos.
Então, que mundo entregarei a Maria? Confesso que a resposta não está pronta na minha cabeça. O medo é igual ao de qualquer pai, o de não estar ao lado dela quando tudo de ruim puder acontecer. Sabemos que estar sempre presente é impossível, então é melhor pensar em uma solução.
O que sei que posso fazer é criar uma menina com autoestima, respeitada e que saiba que esta sociedade ainda não é a ideal para uma mulher, mas que vamos lutar para que isso aconteça. Essa luta não pode ser lembrada apenas no dia 8 de março, deve ser de todos os dias.
Volto a frase do início e quero fazer um apelo: só mudaremos a realidade insistindo na educação de nossos filhos meninos! É agora, enquanto são pequenos, que devemos ensinar dentro de casa, na rua e na escola, que precisamos ser melhores com as mulheres. Assim, será uma geração que respeitará e protegerá estes seres que recebemos por benção para caminhar ao nosso lado.Só mudaremos a realidade insistindo na educação de nossos filhos meninos
Parabéns pelo Dia da Mulher!
Fonte: Portal Éder Luiz