No início da noite desta segunda-feira (21), os juízes que integram o Foro da Comarca de Joaçaba (Alexandre Dietrich Burh, Fabrício Rossetti Glast, Márcio Umberto Bragaglia e Douglas Cristian Fontana) receberam a reportagem da Rádio Catarinense AM/FM, para se manifestarem sobre o trabalho que está sendo desenvolvido pelo juiz federal, Sérgio Moro na operação denominada “Lava Jato”.
Todos foram categóricos em afirmar que o desempenho do companheiro de magistratura, está sendo motivo de elogios por todos os juízes e que a classe está unida em prol da liberdade de trabalho do judiciário nas investigações realizadas até agora.
“De certa forma estamos preocupados com o que está ocorrendo com o nosso companheiro de magistratura em se tratando dos processos que ele está analisando desta operação “Lava Jato”, e que envolve inúmeros processos criminais, além de inúmeras condenações. Temos observado nos últimos dias, algumas tentativas de interferência no processo judicial e isso atenta contra a liberdade da magistratura”, salientou o diretor do Foro de Joaçaba, Alexandre Dietrich Burh.
O juiz afirma que Sérgio Moro está agindo de acordo com os requerimentos do Ministério Público (MP), baseado em investigações por parte da Polícia Federal. “Ele não lidera investigação nenhuma contra qualquer pessoa. Ele recebe essas investigações e despacha de acordo com os requerimentos do MP, deferindo ou indeferindo. Por isso estamos preocupados com algumas condutas que tem afrontando não só a independência do Poder Judiciário, mas da atuação do Ministério Público e da Polícia Federal”.
Já o juiz Fabrício Rossetti Glast salientou que Sérgio Moro está atuando de forma profissional num caso de repercussão nacional e que envolve várias figuras conhecidas do meio político. “Guardadas as devidas proporções isso não é diferente há um caso que nós julgamos diariamente no Fórum de Joaçaba ou em Santa Catarina, ou em qualquer outra comarca do país. São questões que envolvem denúncias ligadas a esfera criminal que estão sendo apuradas, sendo assim, a lei é igual para todos. O que está sendo aplicado na Lava Jato também se aplica a qualquer outra pessoa que esteja sendo investigada”.
Dr. Fabrício faz questão de ressaltar que o trabalho está sendo bem conduzido pelo juiz federal Sérgio Moro, “sendo assim, nós juízes batemos na tecla de que o Poder Judiciário é independente e não pode sofrer interferência do Poder Executivo ou do Legislativo. E o que nós estamos vendo na prática, é que isso não está acontecendo”.
O juiz criminal Márcio Umberto Bragaglia ao falar sobre o trabalho de Sérgio Moro na operação “Lava Jato”, destacou que ele está sendo um ícone e fazendo com que o trabalho do Poder Judiciário seja reconhecido como importante e principalmente independente.
“Dr. Sérgio Moro não tem julgado os processos desta operação sozinho, e o que chama atenção é que as decisões dele tem sido confirmadas em todas os graus de jurisdição desde o 1º grau recursal até o STJ, além do STF que tem dado a resposta que a grande massa da população brasileira quer em relação a essa sequência de absurdos que vem sendo praticados no país”, frisou Dr. Márcio.
O magistrado ao fazer uma previsão para o futuro, em se tratando de condenação aos culpados, argumentou que no Brasil existe uma das legislações mais frouxas, leves e inapropriadas para combater o crime do planeta. “Nossa legislação não é altamente preparada para ferir direitos de acusados, ao contrário, nossa legislação é leve. Não dá para a gente ter certeza do que vai acontecer, mas podemos ter algumas esperanças de que os culpados sejam punidos e presos, e se eu fosse pedir um presente para o coelho na Páscoa que se aproxima, eu pediria uma prisão específica que está sendo necessária nesse país hoje”.
Finalizando a conversa, Douglas Cristian Fontana afirmou que todos os juízes do Brasil estão comprometidos no combate a corrupção e aos crimes, demonstrando a importância do judiciário na independência dos juízes. “Esse é o último grau onde a população vai em busca de seus direitos no judiciário. Essa crise que se vive no país hoje, em um dos seus aspectos está servindo para criar um senso nacional de ética e moralidade, e de repúdio a esses atos de corrupção, afinal de contas, os juízes do Brasil estão empenhados e comprometidos com a defesa do direito da população e da justiça seja contra quem for, doa a quem doer e seja de que partido for”.
Por Julnei Bruno
Fonte: Rádio Catarinense
Todos foram categóricos em afirmar que o desempenho do companheiro de magistratura, está sendo motivo de elogios por todos os juízes e que a classe está unida em prol da liberdade de trabalho do judiciário nas investigações realizadas até agora.
“De certa forma estamos preocupados com o que está ocorrendo com o nosso companheiro de magistratura em se tratando dos processos que ele está analisando desta operação “Lava Jato”, e que envolve inúmeros processos criminais, além de inúmeras condenações. Temos observado nos últimos dias, algumas tentativas de interferência no processo judicial e isso atenta contra a liberdade da magistratura”, salientou o diretor do Foro de Joaçaba, Alexandre Dietrich Burh.
O juiz afirma que Sérgio Moro está agindo de acordo com os requerimentos do Ministério Público (MP), baseado em investigações por parte da Polícia Federal. “Ele não lidera investigação nenhuma contra qualquer pessoa. Ele recebe essas investigações e despacha de acordo com os requerimentos do MP, deferindo ou indeferindo. Por isso estamos preocupados com algumas condutas que tem afrontando não só a independência do Poder Judiciário, mas da atuação do Ministério Público e da Polícia Federal”.
Já o juiz Fabrício Rossetti Glast salientou que Sérgio Moro está atuando de forma profissional num caso de repercussão nacional e que envolve várias figuras conhecidas do meio político. “Guardadas as devidas proporções isso não é diferente há um caso que nós julgamos diariamente no Fórum de Joaçaba ou em Santa Catarina, ou em qualquer outra comarca do país. São questões que envolvem denúncias ligadas a esfera criminal que estão sendo apuradas, sendo assim, a lei é igual para todos. O que está sendo aplicado na Lava Jato também se aplica a qualquer outra pessoa que esteja sendo investigada”.
Dr. Fabrício faz questão de ressaltar que o trabalho está sendo bem conduzido pelo juiz federal Sérgio Moro, “sendo assim, nós juízes batemos na tecla de que o Poder Judiciário é independente e não pode sofrer interferência do Poder Executivo ou do Legislativo. E o que nós estamos vendo na prática, é que isso não está acontecendo”.
O juiz criminal Márcio Umberto Bragaglia ao falar sobre o trabalho de Sérgio Moro na operação “Lava Jato”, destacou que ele está sendo um ícone e fazendo com que o trabalho do Poder Judiciário seja reconhecido como importante e principalmente independente.
“Dr. Sérgio Moro não tem julgado os processos desta operação sozinho, e o que chama atenção é que as decisões dele tem sido confirmadas em todas os graus de jurisdição desde o 1º grau recursal até o STJ, além do STF que tem dado a resposta que a grande massa da população brasileira quer em relação a essa sequência de absurdos que vem sendo praticados no país”, frisou Dr. Márcio.
O magistrado ao fazer uma previsão para o futuro, em se tratando de condenação aos culpados, argumentou que no Brasil existe uma das legislações mais frouxas, leves e inapropriadas para combater o crime do planeta. “Nossa legislação não é altamente preparada para ferir direitos de acusados, ao contrário, nossa legislação é leve. Não dá para a gente ter certeza do que vai acontecer, mas podemos ter algumas esperanças de que os culpados sejam punidos e presos, e se eu fosse pedir um presente para o coelho na Páscoa que se aproxima, eu pediria uma prisão específica que está sendo necessária nesse país hoje”.
Finalizando a conversa, Douglas Cristian Fontana afirmou que todos os juízes do Brasil estão comprometidos no combate a corrupção e aos crimes, demonstrando a importância do judiciário na independência dos juízes. “Esse é o último grau onde a população vai em busca de seus direitos no judiciário. Essa crise que se vive no país hoje, em um dos seus aspectos está servindo para criar um senso nacional de ética e moralidade, e de repúdio a esses atos de corrupção, afinal de contas, os juízes do Brasil estão empenhados e comprometidos com a defesa do direito da população e da justiça seja contra quem for, doa a quem doer e seja de que partido for”.
Por Julnei Bruno
Fonte: Rádio Catarinense