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A parlamentar tem sido uma das principais interlocutoras para que Santa Catarina produza as cápsulas de Fosfoetalonamina. “Estamos vendo como é possível esta produção aqui no nosso estado. São muitas pessoas que estão tentando na Justiça em São Paulo o acesso à substância. Enquanto isto, o tempo passa e muitas vidas estão sendo perdidas”, completa.
O Centro de Inovação e Ensaios Pré-Clínicos (CIEnP), em Florianópolis, está trabalhando desde janeiro nas pesquisas com a Fosfoetanolamina Sintética. O produto, desenvolvido pela Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos, tem sido associado à cura do câncer.
Apesar de já existirem pesquisas sobre a substância, novos estudos estão sendo feitos, desta vez com o rigor exigido para validação como medicamento. Em Santa Catarina serão realizados os testes pré-clinicos. Ao todo, cem roedores serão utilizados e, com isto, os pesquisadores esperam respostas sobre a eficácia e toxicidade da substância.
Estão envolvidos na pesquisa doze doutores, que deverão conduzir estudos, por exemplo, de máxima dose e dose repetida. O gerente do CIEnP, Dr. Jarbas Siqueira Júnior, revela ainda que diariamente as pessoas buscam o Centro atrás de informações. “Não temos autorização para revelar nenhum dado que conseguimos até agora”, pondera.
Até o final de março serão entregues ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação os primeiros dados sobre toxicidade e células in vitro. “O produto será administrado por 28 dias nos roedores para saber da segurança”, explica Jarbas.
O encontro foi solicitado pela deputada Ana Paula Lima, que foi acompanhada de ativistas e pacientes. A parlamentar vê o momento como decisivo na busca da cura do câncer. “Estamos falando de esperança. Pode ser que brasileiros tenham descoberto o que pode acabar com este mal, por isso temos que dar a máxima atenção para cada etapa e, principalmente, manter a população informada”, declara.
O CIEnP recebeu até o momento R$1,4 milhão do Governo Federal para a realização do estudo. O valor está sendo usado na aquisição de insumos. Os resultados finais desta etapa da pesquisa devem ser entregues em julho. Apenas após a conclusão desta fase é que o centro de pesquisas no Ceará, responsável pelos testes em humanos, dará início ao trabalho.
Fonte: Patricia de Melo - Assessoria de Comunicação