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De Parintins no Amazonas para Joaçaba, construindo o carnaval da Vale Samba

Uma viagem de barco até Manaus, na sequência, avião de Manaus até Brasília. De Brasília,  mais um voo até Curitiba ou Chapecó, dependendo da escala.  Por último, mais algumas horas de ônibus até finalmente chegar em Joaçaba, mais precisamente, no barracão da escola Vale Samba.  Há três anos, essa tem sido trajetória de Enison Menezes Rodrigues, o Cebola, como  gosta de ser chamado e de sua equipe. Ele, a mulher que é aderecista, dois ferreiros e mais três escultores vem de Parintins, no Amazonas, especialmente  para ajudar a construir o carnaval da azul e branco.

Cebola  apredendeu o ofício com o tio ainda adolescente e já  são mais de 20 anos trabalhando no Festival dos Bois Garantido e Caprichoso, que acontece em Parintins, além de já ter mostrando seu talento em várias cidades do Brasil “Minha mulher me acompanha, mas, as vezes reclama, por que não temos parada. Fiz e faço trabalhos em São Paulo, Rio grande do Sul, Santa Catarina, e diversas partes do nordeste. É o que sei fazer e o que gosto.” Explica Cebola.

Com a equipe está  a responsabilidade de fazer a parte de ferragens dos carros alegóricos, auxiliar na confecção de adereções e principalmente construir as esculturas que vão compor o desfile da agremiação.O objetivo é desenvolver um trabalho ousado e criativo principalmente reaproveitando materiais, sendo que, os grandes trunfos para fazer bonito, são a experiência e a agilidade.



De acordo com Cebola,  trabalhar na Vale Samba durante o carnaval tem sido gratificante “gosto de cidades  tranquilas e Joaçaba tem um povo muito acolhedor. Aqui na escola, mesmo tendo a oportunidade de hospedagem, ficamos alojados no barracão, que é onde gostamos e nos sentimos em casa já que todos nos tratam muito bem”. Afirmou.

Acostumado a construir alegorias gigantescas para o festival de Parintins, o projetista compara o trabalho: “uma alegoria pequena feita em Parintins é a junção de duas dessas que temos aqui, então se precisar temos capacidade de ousar, porém ao mesmo tempo há desafios como altura  e largura  que impedem muitas das nossas ideias” comentou Cebola.

Mesmo assim, grandiosidade e riqueza de detalhes são as promessas do material a ser apresentado neste carnaval.  Por último, questionado sobre voltar em 2017, o amazonense brincou: “como disse, nao tenho parada e já  tenho algumas propostas, então  não sei ainda o meu destino. Mas uma coisa é certa, se voltar, será um prazer colaborar com a escola, afinal  não tem alegria maior que fazer as pessoas felizes com meu trabalho e construir um festival ou um carnaval, nada mais é do que isso” afirmou cebola.

Fonte: Redação Portal Éder Luiz.