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Luiz Gustavo Busetti trabalha há 42 anos como catorário. Nas horas vagas, pesquisa e cria os enredos da Aliança (foto: Portal Éder Luiz) |
Tudo começou quando, em 1994, já frequentando a Aliança, a curiosidade levou Luiz Gustavo a pesquisar sobre como eram formados os enredos das escolas. Diante disso, passou a sugerir temas para os desfiles e pouco depois a apresentar letras que havia composto, até que em 2001, com o Enredo: “O ouro dos Maués”, que falava do guaraná, estreou como diretor de enredos na agremiação.
Entre os enredos que mais marcaram sua trajetória, Luiz Gustavo destaca um dos seus preferidos: o “De boca em boca eu vou” apresentado pela escola em 2004 e que falava sobre o beijo. Já o que mais sentiu dificuldade em desenvolver foi: o “Não é azul, é al zulajy. Moura Pedra polida, verde branca, multicolorida” que contou a história do azulejo no carnaval de 2007. “Escrever sobre o azulejo exigiu muito mais criatividade e foi um grande desafio principalmente pelas poucas referências com relação ao tema. Mas no fim deu certo, tanto que naquele ano, a escola recebeu notas 10 de todos os julgadores” relembrou orgulhoso.
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Luiz Gustavo com carnavalesco Carlos Fett e o presidente da Aliança Dihego Joe Müller. |
Apaixonado por pesquisar e compor, à medida que a inspiração chega, Luiz Gustavo escreve sobre temas variados e guarda as criações. É o caso do enredo: “A verde e Branco é Laranja” que foi escrito ainda em 1999 e agora após adaptações, será o tema da escola no carnaval 2016, contando a história da Fruta Laranja. “Tenho muita coisa já rascunhada, o que dá a liberdade de escolha ao Carlos Fett que é o carnavalesco. Tem alguns temas que ele não gosta, outros que de primeira aprova. Depende do que ele poderá criar em termos de alegorias e fantasias”. Explica.
Todas as pesquisas são feitas nas horas que folga do cartorário. “Com o tempo fui criando técnicas para melhor escrever. No enredo de 2013 que falava sobre o número 7 quase nem citei o número. Optei por usar metáforas fazendo alusão ao tema, não tornando o enredo chato”. Comentou.
Para finalizar, o diretor de enredos define seu oficio em duas palavras: satisfação e responsabilidade: “não tem nada melhor do ver que ver a escola desfilando uma ideia que eu propus. E se levar 10, melhor ainda. Mas tem que se dedicar, fazer com amor, algo mal feito pode arruinar todo o carnaval da escola” finalizou Luiz Gustavo.
Fonte: Redação Portal Éder Luiz.