Apesar de apresentar bons indicadores educacionais, Santa Catarina ainda tem muito o que avançar. É o que aponta o levantamento divulgado nesta semana pelo movimento Todos Pela Educação (TPL), elaborado a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Aumentou o número de crianças e jovens fora das escolas em SC. Em 2014, eram 90.413 catarinenses longe das salas de aula - em 2013 eram 87.535 - o que fez o Estado sair de 93,4% para 93,1% na taxa de alunos matriculados.
Além disso, SC apresentou o menor crescimento do país em relação ao percentual de crianças e jovens entre 4 e 17 anos matriculados na escola na última década. Desde 2005, esse número cresceu 0,8 pontos percentuais (média brasileira foi de 4,2).
A presidente-executiva do Todos Pela Educação, Priscila Cruz, lembra que o Estado parte de patamares mais altos que a média brasileira, por isso é de se esperar que não cresça tanto quanto os outros, que têm muito mais o que avançar. Mas faz um alerta, baseada no tamanho e na situação socioeconômica de SC:
- Se tem um Estado que teria obrigação de ter resultados muito melhores é Santa Catarina. É um Estado que poderia dar muito mais - reforça.
A pesquisadora do programa de mestrado e doutorado em Educação da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) Cássia Ferri pondera que esse crescimento tímido na proporção de alunos matriculados no Estado não significa que SC não atende à demanda, afinal o Estado sempre aparece bem colocado em critérios educacionais.
Os dados sobre a faixa pré- escolar são outro destaque do levantamento, pois no Brasil houve um avanço de 17 pontos percentuais em uma década. Em SC, esse aumento foi de 12 pontos. A evolução tem motivações evidentes, garantem as especialistas. A emenda constitucional número 59, de 2009, estabeleceu que, a partir de 2016, a universalização do acesso, antes obrigatória na faixa dos seis aos 17 anos, passa a abranger também as crianças em fase pré- escolar.
- SC tem histórico de um maior cuidado com as crianças pequenas antes da emenda. Mas agora apostamos que esse movimento se fortaleça com a obrigatoriedade e que não é mais opção da prefeitura - defende Cássia, que acrescenta, porém, que muitas cidades no Estado não têm infraestrutura para atender a essa demanda e agora precisam investir mais em creches e escolas.
Através de email, a assessoria da secretaria de Educação do Estado informou que aguarda a finalização das matrículas para concluir a análise dos dados divulgados pelo movimento Todos pela Educação.
Faixa entre 15 e 17 anos preocupa
Outro ponto que exige atenção se concentra na faixa entre 15 e 17 anos. Em um ano, entre 2013 e 2014, caiu de 82,7% para 81,1% a proporção dessa faixa etária nas escolas catarinenses. Para a presidente-executiva da TPL, esse é um fenômeno nacional e para solucionar é fundamental a reestruturação do sistema de ensino.
- A evasão no Ensino Médio no Brasil é muito grande. Enquanto a gente não reformular o Ensino Médio, a gente não ganha essa batalha pela permanência do jovem na escola. O que acontece é que tem um desenho, uma estrutura de aula e currículo, que não fazem o menor sentido para o jovem.
A pesquisadora Cássia acrescentou ainda dois fatores que influenciam neste cenário, um deles é que nesta faixa etária muitos jovens começam a trabalhar para ajudar nas despesas da casa e acabam desistindo da escola. Outro é a falta de perspectiva, já que o Ensino Médio é visto como uma passagem para o ensino superior e muitos adolescentes não têm esse projeto, além disso, não prepara para o mercado de trabalho, reforça Cássia.
Além disso, SC apresentou o menor crescimento do país em relação ao percentual de crianças e jovens entre 4 e 17 anos matriculados na escola na última década. Desde 2005, esse número cresceu 0,8 pontos percentuais (média brasileira foi de 4,2).
A presidente-executiva do Todos Pela Educação, Priscila Cruz, lembra que o Estado parte de patamares mais altos que a média brasileira, por isso é de se esperar que não cresça tanto quanto os outros, que têm muito mais o que avançar. Mas faz um alerta, baseada no tamanho e na situação socioeconômica de SC:
- Se tem um Estado que teria obrigação de ter resultados muito melhores é Santa Catarina. É um Estado que poderia dar muito mais - reforça.
A pesquisadora do programa de mestrado e doutorado em Educação da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) Cássia Ferri pondera que esse crescimento tímido na proporção de alunos matriculados no Estado não significa que SC não atende à demanda, afinal o Estado sempre aparece bem colocado em critérios educacionais.
Os dados sobre a faixa pré- escolar são outro destaque do levantamento, pois no Brasil houve um avanço de 17 pontos percentuais em uma década. Em SC, esse aumento foi de 12 pontos. A evolução tem motivações evidentes, garantem as especialistas. A emenda constitucional número 59, de 2009, estabeleceu que, a partir de 2016, a universalização do acesso, antes obrigatória na faixa dos seis aos 17 anos, passa a abranger também as crianças em fase pré- escolar.
- SC tem histórico de um maior cuidado com as crianças pequenas antes da emenda. Mas agora apostamos que esse movimento se fortaleça com a obrigatoriedade e que não é mais opção da prefeitura - defende Cássia, que acrescenta, porém, que muitas cidades no Estado não têm infraestrutura para atender a essa demanda e agora precisam investir mais em creches e escolas.
Através de email, a assessoria da secretaria de Educação do Estado informou que aguarda a finalização das matrículas para concluir a análise dos dados divulgados pelo movimento Todos pela Educação.
Faixa entre 15 e 17 anos preocupa
Outro ponto que exige atenção se concentra na faixa entre 15 e 17 anos. Em um ano, entre 2013 e 2014, caiu de 82,7% para 81,1% a proporção dessa faixa etária nas escolas catarinenses. Para a presidente-executiva da TPL, esse é um fenômeno nacional e para solucionar é fundamental a reestruturação do sistema de ensino.
- A evasão no Ensino Médio no Brasil é muito grande. Enquanto a gente não reformular o Ensino Médio, a gente não ganha essa batalha pela permanência do jovem na escola. O que acontece é que tem um desenho, uma estrutura de aula e currículo, que não fazem o menor sentido para o jovem.
A pesquisadora Cássia acrescentou ainda dois fatores que influenciam neste cenário, um deles é que nesta faixa etária muitos jovens começam a trabalhar para ajudar nas despesas da casa e acabam desistindo da escola. Outro é a falta de perspectiva, já que o Ensino Médio é visto como uma passagem para o ensino superior e muitos adolescentes não têm esse projeto, além disso, não prepara para o mercado de trabalho, reforça Cássia.
- Fonte/Autor: CLIC RBS