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Técnicos da SAC visitam Joaçaba e esclarecem sobre investimentos no Aeroporto Santa Terezinha

Membros da Secretaria de Aviação Civil conheceram 
a diversidade e o potencial econômico da região

Um encontro na manhã desta quarta-feira (02) na Associação Comercial e Industrial do Oeste Catarinense (ACIOC), reuniu empresários, representantes do Banco do Brasil, poder público municipal, Secretaria de Estado da Infraestrutura e entidades e membros da Secretaria de Aviação Civil (SAC) explicaram o estágio e cronograma de elaboração do projeto para ampliação do Aeroporto Municipal Santa Terezinha.

Os membros da SAC estão cumprindo agenda no estado para visitas aos terminais contemplados no Programa de Aviação Regional, como é o caso de Correia Pinto, Lages, Joaçaba e Chapecó, que receberão investimentos para melhoria da infraestrutura aeroportuária. O objetivo da vistoria é verificar o andamento do projeto previsto pelo programa. Eles realizaram sobrevoo pela cidade, para conhecer a estrutura já existente em companhia do vice-prefeito Marcos Weiss, que acompanha as tratativas das melhorias no aeroporto municipal desde 2013, a pedido do prefeito Rafael Laske. “Os empresários e o poder público cobraremos dos deputados e senadores posições mais firmes a aplicação financeiras e projetos. Os membros da SAC puderam conhecer a diversidade da região e o potencial econômico por meio do sobrevoo”, afirmou Weiss.

O Coordenador Geral de Planejamento do Departamento de Auxílio aos Aeroportos da SAC, Marcio Maffili, ressaltou que nestes projetos existem oito etapas que vão desde o Estudo de Viabilidade Técnica, até a Homologação do Aeroporto. Até então apenas as primeiras quatro etapas estão contratadas, para as últimas quatro, ainda não há previsão para liberação de recursos.

Maffili, destacou que do projeto de Joaçaba é o mais adiantado do Estado, porém. “O projeto está em fase final de projetos e hoje em execução de estudos ambientais, que prevê um novo terminal de passageiros – de 700 metros quadrados, adequação da pista de pouso/decolagem – alargamento, ampliação e recuperação, pátio para duas aeronaves e uma nova seção contra incêndio e ainda a operação de aeronaves maiores”, explicou. “Dependemos agora da finalização do licenciamento ambiental, para conclusão dos estudos e posteriormente do anteprojeto, que contém o sistema da pista e pátio. Já as edificações possuem projetos modelos”.

O Coordenador da SAC disse que neste momento não se pode falar em prazos. “Não há previsão orçamentária para obras em 2016, devido a muitos cortes que estão ocorrendo no Governo Federal, mas buscaremos junto ao ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha, mudar esta condição para conseguir realizar algum investimento ainda no ano que vem. O orçamento do ano que vem encontra-se em elaboração e impede a projeção de prazos”, afirmou Maffili, dizendo que as obras podem ser iniciadas ainda no ano que vem, caso sejam aprovadas no Congresso Nacional.

Ainda conforme Maffili a intenção programa é de expandir a malha de aeroportos operando de forma comercial no país, com recursos do Fundo Nacional de Aviação Civil na ordem de R$ 5 bilhões. “Ele foi criado em 2011, e recolhe os recursos de tarifas aeroportuárias, aplicadas nas passagens e ainda em privatizações, portanto obriga o uso dos recursos no setor”, salientou.

Conforme dados do IBGE em 2010, a região Meio oeste possui 120km de raio que possui cerca de 640 mil habitantes. O prefeito de Joaçaba, Rafael Laske se mostrou otimista com o alinhamento e apoio das entidades da região. “O projeto é de grande dedicação, temos apoio de outros municípios, estivemos há poucos dias em Brasília com 10 prefeitos representando a região e além disso, o Governo do Estado também é parceiro principalmente ligado as desapropriações, que é um valor elevado”, explica. Laske revelou que já existem negociações com empresas aéreas interessadas em realizar voos diários para Joaçaba. “Duas empresas, a Passaredo e a Azul, que operam com aeronaves indicadas para o porte do projeto de Joaçaba, foram visitadas e a intenção é que os voos, aconteçam até aeroportos mais próximos para que passageiros possam fazer conexões com os grandes aeroportos”, destaca o prefeito, prevendo que em dois anos o aeroporto possa operar estes voos.

O presidente da ACIOC, Mircon Becker destaca que as melhorias no aeroporto trarão desenvolvimento para a região. “Os empresários, entidades e toda população devem estar integrados, buscando o investimento que é regional e que trará muitos benefícios, como mais negócios, fazendo que empresas e instituições cresçam, e ainda novos negócios podem surgir, gerando renda, empregos, tributos e é uma corrente virtuosa para que nossa região continue se desenvolvendo, querendo que o investimento se realize o mais breve possível”, destaca Becker, salientando que está é uma das bandeiras da Associação e outras entidades desde 2010, lembrando que o aeroporto operou com aeronaves de pequeno porte.

Para o diretor de transportes da SIE, Jose Carlos Muller Fillho, o sistema aeroviário é responsabilidade da União e por outorga repassado aos estados. “Santa Catarina tem números de voos regulares muito maior do que outros estados maiores, são seis hoje. A responsabilidade dos aeroportos foi subdelegada as prefeituras, e não pode ser tocado só por um poder e sim com o apoio de todos os órgãos. É preciso que se estabeleça prioridades para os projetos dos 270 aeroportos e o Fundo Nacional tem dinheiro e deve ser aplicado. A cadeia produtiva do estado precisa destes investimentos”, destaca. Muller salienta que o Plano Aeroviário do Estado foi feito na década de 90 precisa ser ajustado ao novo momento.

PROGRAMA DE AVIAÇÃO REGIONAL - Foi criado em dezembro de 2012 com o objetivo de conectar o Brasil e levar desenvolvimento e serviços sociais a lugares distantes das capitais brasileiras. Para isso, a Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República vai investir cerca de R$ 7,3 bilhões na construção ou reforma de 270 aeroportos em todo o território nacional.

A Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República investe em 13 aeroportos regionais de Santa Catarina. Além de Joaçaba estão na lista os aeroportos de Caçador, Concórdia, São Miguel do Oeste, Chapecó, Três Barras, Lages, Otacílio Costa, Jaguaruna, Forquilhinha, Navegantes e Joinville.

Mais de 40 milhões de brasileiros vivem, hoje, a centenas de quilômetros do aeroporto mais próximo da região. O programa trabalha para encurtar essas distâncias, aproximando moradores e turistas dos aeroportos brasileiros. O objetivo é que 96% da população esteja a, no máximo, 100 quilômetros de um terminal aeroportuário.
O que o programa prevê para Joaçaba?
O valor estimado de investimentos é de 67,7 milhões. O aeroporto municipal foi construído há aproximadamente 60 anos e a pista possui 1260 metros de extensão por 18 metros de largura. O projeto prevê um recuo de 120 metros, ampliação de 180 metros e alargamento de 12 metros. A pista passará a ter 1320 metros de extensão por 30 metros de largura.

Um terreno próximo à cabeceira número 33 da pista, de propriedade da Coperavisu será doado ainda neste mês. As desapropriações devem acontecer em 64.438 metros quadrados, necessária para ampliação da pista.

A expectativa da administração é de que a obra seja licitada em 2016 e dure cerca de 19 meses – ou seja cerca de dois anos. Com isso o aeroporto terá condições para operar visual e com instrumentos nas aeronaves para até 130 passageiros.


Fonte: Paula Patussi/Diário do Vale