Herval d’ Oeste: Câmara de Vereadores criará comissão para acompanhar a situação dos moradores de rua
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Tema foi debatido na sessão de segunda-feira com a presença da Assistência Social, CAPs e CRAS. |
A sessão iniciou com o vereador Serginho apresentando slides com fotos destes moradores de rua em situações degradantes e indagando ao mesmo tempo, se seriam moradores de rua ou alcoólatras de rua. A secretária de assistência social expôs os trabalhos que sua pasta realiza com este público. Quenia destacou que a população de rua pode ser definida como um grupo populacional que tem em comum a pobreza, vínculos familiares fragilizados ou interrompidos, vivência de um processo de desfiliação social pela ausência de trabalho assalariado e das proteções derivadas ou dependentes dessa forma de trabalho.
Dados apresentados pela Secretaria de 2010 á setembro deste ano mostram que são 12 as pessoas eventuais nas ruas em Herval d’ Oeste, nove que saíram das ruas, oito que permanecem nas ruas, 27 pessoas em trânsito, 17 de Joaçaba totalizando 73 pessoas atendidas. Quenia relatou como o serviço é prestado, destacando que Herval d’ Oeste, não possui o serviço de abordagem, mas que mesmo assim é feito este trabalho esporadicamente. “São pessoas com ausência de moradia, inexistência de renda, problemas com alcoolismo, doenças mentais é muito difícil trabalhar com elas em toda a rede, precisamos da compreensão da sociedade para aceita-los e quais ações ajudar e para isso foi elaborada uma cartilha, esta iniciativa do Poder Legislativo em nos trazer aqui para debater esta problemática é muito importante.” Destacou Quenia.
Representantes de outros órgãos que fazem parte da rede responderam questionamentos dos vereadores, destacando que a internação é o último recurso e que mesmo assim, se o paciente não quiser não há como obriga-lo. Pelo CAPS desde sua implantação já foram atendidas 1.965 pessoas, quase 9% da população. Quase 40% dos atendimentos são prestados a dependentes químicos, usuários de álcool e outras drogas. Em caso de internamento após a liberação o paciente tem a medicação assistida.
O vereador Serginho destacou que ao conversar com os moradores em situação de rua todos disseram que tem onde morar e só vão para rua para beber. “isso ocorre porque a Lei que está em vigor no município, que proíbe consumo de bebidas alcoólicas em locais públicos não é cumprida”. O vereador destacou também que é necessária uma medida para que estas pessoas não voltem às ruas. “Precisamos de ideias para melhorar a vida destas pessoas, algo enfim que faça com que não queiram voltar às ruas, envolver outras secretarias, sociedade enfim buscar recursos para, por exemplo, construir um albergue”.
O presidente da Casa Leo Mascarello, destacou que o trabalho que o CAPS faz de dar banho, roupas e alimentação para os moradores de rua tem sua importância, mas não é a solução e nem seu papel. “Estas pessoas precisam de atendimento psiquiátrico, eles como moradores de rua tem que ter seus direitos respeitados e o poder público tem que fazer a sua parte, vamos aqui dentro desta Casa criar uma comissão para acompanhar os trabalhos de toda a rede, assistência social, CAPS, CRAS e buscar soluções para esta grave situação social”.
Texto: Joce Pereira
Fonte: ederluiz.com.vc