A passagem do centenário de nascimento do Maestro Sigwalt será comemorada neste sábado, 5, com apresentação da Orquestra da SCAR/Jaraguá do Sul, e dos Corais da Scajho, da Comunidade Evangélica Luterana Santíssima Trindade e da Celulose Irani, sob a regência do músico Luiz Fernando Spessato. Com início marcado para as 20 horas, no teatro que leva o seu nome, o repertório traz peças de autoria do saudoso Maestro, inclusive uma composição inédita, escrita por ele em 1943. Os ingressos estão sendo vendidos antecipadamente, ao valor de R$ 10,00, na secretaria do Teatro.
O Maestro Alfredo Sigwalt
Um certo dia um homem esteve aqui, e nos deixou um legado formidável. O Maestro Alfredo Sigwalt foi essencial ao nosso desenvolvimento artístico-cultural. Seu maior legado foi a Sociedade de Cultura Artística de Joaçaba e Herval d’Oeste, a SCAJHO.
A chegada do Maestro Sigwalt estimulou a organização de um movimento artístico que elevou o nome de Joaçaba e região. Comandou o destino artístico da Entidade por mais de 40 anos, e se ele não tivesse vindo para Joaçaba nem teríamos a nossa maravilhosa Casa de Espetáculos, inaugurada em 2003 com o nome “Teatro Alfredo Sigwalt”, justa homenagem para perpetuar o nome e a obra desse homem tão dedicado, que estimulou a cultura e garimpou talentos, aperfeiçoando músicos e deixando lições de Cidadania e amor à Arte.
Afinal, ele sempre acreditou que, um dia, o Teatro ficaria pronto, e nele teríamos oficinas culturais e um palco digno para os artistas se apresentarem. Seus dois irmãos também eram músicos e atuaram na Orquestra que Alfredo, compositor e regente, também coordenava: Reinaldo Sigwalt, no violino e Herbert Sigwalt, no clarinete.
A Scajho formou a primeira orquestra da região Oeste de Santa Catarina e a terceira do Estado. Alguns dos quase 50 músicos vinham dos três Estados do Sul, e com cantores daqui se apresentavam em cidades como Balneário Camboriú, Caçador, Erechim, Florianópolis, Jaraguá do Sul, Porto União da Vitória, São Bento do Sul, Treze Tílias, Videira. Em 1967 no Cinquentenário de Joaçaba 80 artistas, músicos e cantores, encantaram a plateia com um presente especial: a “Ode a Joaçaba”, poema sinfônico em três movimentos para solistas vocais, coro misto e orquestra sinfônica, com letra do saudoso poeta Miguel Russowsky e música do Maestro.
Nascido em Castro (PR) há exatos cem anos, no dia 5 de outubro de 1915, Alfredo Rudolfo Sigwalt era formado em Música com Doutorado em Instrumentos, Orquestra e Teoria pelo Conservatório Dramático Musical de São Paulo, onde foi aluno dos maestros Camargo Guarnieri e Heitor Villa-Lobos; em Estudos avançados de Harmonia, Regência e Cena Lírica pela Escola Nacional de Música do Rio de Janeiro; em Ciências Sociais, Pedagogia e Sociologia, pela Universidade do Paraná, entre outros.
Casou com dona Lina e três filhos completaram a felicidade do casal: Marta e Ronaldo, que também participavam do Coral e da Orquestra, e Roberto, o caçula da família, que hoje reside em São Paulo. Marta reside em Blumenau, e Ronaldo em Curitiba. Por maior que fosse o desafio, ele sempre apresentava solução para os problemas, como os que enfrentou nos 20 anos em que dirigiu a Secretaria de Educação e Cultura de Joaçaba.
Todo gesto seu era de amor, e paz ele trazia no coração… Mas o coração o levou, em 15 de janeiro de 1994. Tudo que aqui ele deixou não passou e vai sempre existir…
Hoje o Teatro é uma casa viva de Cultura, realizando seu sonho. Com apoio financeiro das prefeituras das duas Cidades a Scajho estimula a descoberta de novos talentos e cultiva os já existentes, oferece gratuitamente oficinas culturais e artísticas, oportuniza o acesso à cultura e ajuda a aperfeiçoar os costumes e talentos trazidos do contexto familiar, enquanto ocupa o tempo livre desses jovens, contribuindo para a formação de cidadãos úteis ao afastá-los de más companhias e do envolvimento com a marginalidade, com a ociosidade, com as drogas, cumprindo assim aspecto social dos mais relevantes, pois muitas dessas famílias não teriam condições de arcar com os custos de um ensino desse nível. É uma enorme responsabilidade, cuja continuidade preocupa. Governos passam, mas a cultura precisa continuar.
Texto: Antônio Carlos “Bolinha” Pereira
Fonte: ederluiz.com.vc
O Maestro Alfredo Sigwalt
Um certo dia um homem esteve aqui, e nos deixou um legado formidável. O Maestro Alfredo Sigwalt foi essencial ao nosso desenvolvimento artístico-cultural. Seu maior legado foi a Sociedade de Cultura Artística de Joaçaba e Herval d’Oeste, a SCAJHO.
A chegada do Maestro Sigwalt estimulou a organização de um movimento artístico que elevou o nome de Joaçaba e região. Comandou o destino artístico da Entidade por mais de 40 anos, e se ele não tivesse vindo para Joaçaba nem teríamos a nossa maravilhosa Casa de Espetáculos, inaugurada em 2003 com o nome “Teatro Alfredo Sigwalt”, justa homenagem para perpetuar o nome e a obra desse homem tão dedicado, que estimulou a cultura e garimpou talentos, aperfeiçoando músicos e deixando lições de Cidadania e amor à Arte.
Afinal, ele sempre acreditou que, um dia, o Teatro ficaria pronto, e nele teríamos oficinas culturais e um palco digno para os artistas se apresentarem. Seus dois irmãos também eram músicos e atuaram na Orquestra que Alfredo, compositor e regente, também coordenava: Reinaldo Sigwalt, no violino e Herbert Sigwalt, no clarinete.
A Scajho formou a primeira orquestra da região Oeste de Santa Catarina e a terceira do Estado. Alguns dos quase 50 músicos vinham dos três Estados do Sul, e com cantores daqui se apresentavam em cidades como Balneário Camboriú, Caçador, Erechim, Florianópolis, Jaraguá do Sul, Porto União da Vitória, São Bento do Sul, Treze Tílias, Videira. Em 1967 no Cinquentenário de Joaçaba 80 artistas, músicos e cantores, encantaram a plateia com um presente especial: a “Ode a Joaçaba”, poema sinfônico em três movimentos para solistas vocais, coro misto e orquestra sinfônica, com letra do saudoso poeta Miguel Russowsky e música do Maestro.
Nascido em Castro (PR) há exatos cem anos, no dia 5 de outubro de 1915, Alfredo Rudolfo Sigwalt era formado em Música com Doutorado em Instrumentos, Orquestra e Teoria pelo Conservatório Dramático Musical de São Paulo, onde foi aluno dos maestros Camargo Guarnieri e Heitor Villa-Lobos; em Estudos avançados de Harmonia, Regência e Cena Lírica pela Escola Nacional de Música do Rio de Janeiro; em Ciências Sociais, Pedagogia e Sociologia, pela Universidade do Paraná, entre outros.
Casou com dona Lina e três filhos completaram a felicidade do casal: Marta e Ronaldo, que também participavam do Coral e da Orquestra, e Roberto, o caçula da família, que hoje reside em São Paulo. Marta reside em Blumenau, e Ronaldo em Curitiba. Por maior que fosse o desafio, ele sempre apresentava solução para os problemas, como os que enfrentou nos 20 anos em que dirigiu a Secretaria de Educação e Cultura de Joaçaba.
Todo gesto seu era de amor, e paz ele trazia no coração… Mas o coração o levou, em 15 de janeiro de 1994. Tudo que aqui ele deixou não passou e vai sempre existir…
Hoje o Teatro é uma casa viva de Cultura, realizando seu sonho. Com apoio financeiro das prefeituras das duas Cidades a Scajho estimula a descoberta de novos talentos e cultiva os já existentes, oferece gratuitamente oficinas culturais e artísticas, oportuniza o acesso à cultura e ajuda a aperfeiçoar os costumes e talentos trazidos do contexto familiar, enquanto ocupa o tempo livre desses jovens, contribuindo para a formação de cidadãos úteis ao afastá-los de más companhias e do envolvimento com a marginalidade, com a ociosidade, com as drogas, cumprindo assim aspecto social dos mais relevantes, pois muitas dessas famílias não teriam condições de arcar com os custos de um ensino desse nível. É uma enorme responsabilidade, cuja continuidade preocupa. Governos passam, mas a cultura precisa continuar.
Texto: Antônio Carlos “Bolinha” Pereira
Fonte: ederluiz.com.vc