Empresa fechou buracos num trecho de apenas 800 metros
Porque a classe política está desacreditada e cada dia que passa cai ainda mais no descrédito junto a opinião pública? A resposta para esta pergunta pode ser encontrada nesta reportagem que serve de exemplo de posturas que não devem ser adotadas pelos nossos representantes, quer seja nas esferas municipal, estadual ou federal.
Depois de apenas 800 metros, inúmeras promessas, dezenas de contatos e de uma grande expectativa com a chegada de uma equipe de trabalho, a obra emergencial na rodovia entre Piratuba (SC) e Maximiliano de Almeida (RS) simplesmente parou. Os trabalhos foram suspensos no local há mais de 10 dias. O caminhão, e mais três funcionários de uma empresa terceirizada pelo DEINFRA, permaneceram no trecho por cerca de uma semana. Com equipamentos precários eles tinham como missão fechar centenas de buracos, ou milhares, numa extensão de 25 quilômetros. A obra iniciou na base da pressão feita pela Rádio Catarinense diretamente ao Governador Raimundo Colombo, que logo após receber um dossiê com fotos e vídeos, determinou a operação. Além do Governador o presidente do DEINFRA em SC, Vanderlei Agostini, também empenhou sua palavra durante entrevistas. “Ordem do governador não se questiona, se cumpre” disse ele provocando uma grande euforia na comunidade que há anos luta por melhorias no trecho. Com empenho e dedicação total e pessoal do Supervisor Regional do DEINFRA em Joaçaba, Alceu Peruzzo, que demonstrou comprometimento com a causa, a obra finalmente foi iniciada no final de agosto. Pouco tempo depois a equipe de trabalho desapareceu após tapar buracos num trecho de apenas 800 metros no sentido do trevo de acesso a Usina ao RS. Fontes ligadas ao DEINFRA informaram que os trabalhos haviam sido suspensos em razão da rodovia não pertencer ao Estado e sim ao município.
Reunião Prefeitura e DEINFRA
Na tarde desta terça-feira (15) a Rádio Catarinense provocou uma reunião em Piratuba para buscar solução e tentar descobrir quem de fato é o “pai” da criança e o que pode ser feito. Participaram da reunião o prefeito Claudirlei Dorini, o vice Mauri Lenhart, o ex-prefeito Adélio Spanholi, o Supervisor Regional do DEINFRA Alceu Peruzzo, o jornalista Marcelo Santos e o Assessor de Comunicação Cristiano Mortari. Os representantes do poder executivo mostraram cópia de um decreto de 2008 quando o ex-governador Luiz Henrique assumiu a responsabilidade pela conservação e manutenção da rodovia. O Supervisor do Deinfra, Alceu Peruzzo, informou aos representantes da prefeitura que a referida rodovia não está mais incluída no Plano Rodoviário Estadual, que é uma espécie de mapa da área de responsabilidade do Governo. A última publicação do Plano foi em 2011, cerca de 4 anos após o decreto. O prefeito de Piratuba foi categórico ao afirmar que o município não tem condições de arcar com uma obra desta envergadura que exigiria investimentos milionários, passando dos R$ 10 milhões. “Se a responsabilidade for nossa mesmo e nós ter que assumir eu vou mandar patrolar, não tem como comprometer nossa economia por 4 anos” desabafou ele.
Durante a reunião foi estabelecido contato via telefone (viva-voz) com o presidente do DEINFRA em SC, Vanderlei Agostini, que confirmou que a rodovia não pertence mais ao Estado. Sabendo da complexidade da obra ele se colocou mais uma vez a disposição para encontrar uma solução conjunta, desde que o prefeito de Piratuba assuma o compromisso de defender a obra. De imediato o prefeito informou que iria agendar uma reunião com o Governador Raimundo Colombo e em comitiva vai novamente cobrar a liberação de recursos para uma revitalização do trecho.
Resumindo: A operação tapa-buracos está paralisada, os usuários vão ter que continuar enfrentando as crateras por muito tempo até que seja autorizado um projeto mais complexo de recuperação. A burocracia e a inércia do Governo do Estado diante de um grave problema, está afundando junto com os buracos a esperança e a paciência do povo.
Por Marcelo Santos
Fonte: Rádio Catarinense
Porque a classe política está desacreditada e cada dia que passa cai ainda mais no descrédito junto a opinião pública? A resposta para esta pergunta pode ser encontrada nesta reportagem que serve de exemplo de posturas que não devem ser adotadas pelos nossos representantes, quer seja nas esferas municipal, estadual ou federal.
Depois de apenas 800 metros, inúmeras promessas, dezenas de contatos e de uma grande expectativa com a chegada de uma equipe de trabalho, a obra emergencial na rodovia entre Piratuba (SC) e Maximiliano de Almeida (RS) simplesmente parou. Os trabalhos foram suspensos no local há mais de 10 dias. O caminhão, e mais três funcionários de uma empresa terceirizada pelo DEINFRA, permaneceram no trecho por cerca de uma semana. Com equipamentos precários eles tinham como missão fechar centenas de buracos, ou milhares, numa extensão de 25 quilômetros. A obra iniciou na base da pressão feita pela Rádio Catarinense diretamente ao Governador Raimundo Colombo, que logo após receber um dossiê com fotos e vídeos, determinou a operação. Além do Governador o presidente do DEINFRA em SC, Vanderlei Agostini, também empenhou sua palavra durante entrevistas. “Ordem do governador não se questiona, se cumpre” disse ele provocando uma grande euforia na comunidade que há anos luta por melhorias no trecho. Com empenho e dedicação total e pessoal do Supervisor Regional do DEINFRA em Joaçaba, Alceu Peruzzo, que demonstrou comprometimento com a causa, a obra finalmente foi iniciada no final de agosto. Pouco tempo depois a equipe de trabalho desapareceu após tapar buracos num trecho de apenas 800 metros no sentido do trevo de acesso a Usina ao RS. Fontes ligadas ao DEINFRA informaram que os trabalhos haviam sido suspensos em razão da rodovia não pertencer ao Estado e sim ao município.
Reunião Prefeitura e DEINFRA
Na tarde desta terça-feira (15) a Rádio Catarinense provocou uma reunião em Piratuba para buscar solução e tentar descobrir quem de fato é o “pai” da criança e o que pode ser feito. Participaram da reunião o prefeito Claudirlei Dorini, o vice Mauri Lenhart, o ex-prefeito Adélio Spanholi, o Supervisor Regional do DEINFRA Alceu Peruzzo, o jornalista Marcelo Santos e o Assessor de Comunicação Cristiano Mortari. Os representantes do poder executivo mostraram cópia de um decreto de 2008 quando o ex-governador Luiz Henrique assumiu a responsabilidade pela conservação e manutenção da rodovia. O Supervisor do Deinfra, Alceu Peruzzo, informou aos representantes da prefeitura que a referida rodovia não está mais incluída no Plano Rodoviário Estadual, que é uma espécie de mapa da área de responsabilidade do Governo. A última publicação do Plano foi em 2011, cerca de 4 anos após o decreto. O prefeito de Piratuba foi categórico ao afirmar que o município não tem condições de arcar com uma obra desta envergadura que exigiria investimentos milionários, passando dos R$ 10 milhões. “Se a responsabilidade for nossa mesmo e nós ter que assumir eu vou mandar patrolar, não tem como comprometer nossa economia por 4 anos” desabafou ele.
Durante a reunião foi estabelecido contato via telefone (viva-voz) com o presidente do DEINFRA em SC, Vanderlei Agostini, que confirmou que a rodovia não pertence mais ao Estado. Sabendo da complexidade da obra ele se colocou mais uma vez a disposição para encontrar uma solução conjunta, desde que o prefeito de Piratuba assuma o compromisso de defender a obra. De imediato o prefeito informou que iria agendar uma reunião com o Governador Raimundo Colombo e em comitiva vai novamente cobrar a liberação de recursos para uma revitalização do trecho.
Resumindo: A operação tapa-buracos está paralisada, os usuários vão ter que continuar enfrentando as crateras por muito tempo até que seja autorizado um projeto mais complexo de recuperação. A burocracia e a inércia do Governo do Estado diante de um grave problema, está afundando junto com os buracos a esperança e a paciência do povo.
Por Marcelo Santos
Fonte: Rádio Catarinense