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Delegado dá detalhes sobre operação que prendeu proprietários de auto escolas

O delegado regional Daniel Régis revelou detalhes da prisão dos proprietários da Auto Escola Estrela e Auto Escola Treze Tílias durante uma coletiva de imprensa realizada na manhã desta quinta-feira (24) em Joaçaba.  Os estabelecimentos já vinham sendo alvo de investigação da Polícia Civil desde junho deste ano, porém mesmo com o processo em andamento as fraudes para as emissões das carteiras de habilitação continuavam acontecendo. Novos mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos locais, bem como dois mandados de prisão contra os proprietários, Atenilson Moslinger e Maria Salete Moslinger.

“Os mesmo indivíduos promoveram basicamente as mesmas condutas criminosas, de falsificação de documentos, falsidade ideológica, estelionato e ao que tudo indica, pelo número de participantes, associação criminosa. Em razão das reiteradas condutas eu entendi por bem representar pelo recolhimento cautelar, até pra fazer cessar esse tipo de delito. A meu sentido estão colocando em risco também a ordem pública, já que estão promovendo a habilitação de indivíduos que não tem condições  de portar uma CNH”, disse.

De acordo com o delegado, os documentos apreendidos são fundamentais para a comprovação dos crimes, já que deixam claros os indícios de falsificação dos processos para a emissão das carteiras nacionais de habilitação. “São adulterações bastante claras. Planilhas preenchidas com datas posterior a entrega dos documentos no próprio Ciretran. Então a não ser que o sujeito tenha uma máquina do tempo ele não faria aulas depois da entrega do procedimento aqui no Ciretran com tudo assinado”, revelou.



Agora com prisão dos proprietários das auto escolas as investigações vão continuar e alunos que participaram dos esquemas de fraudes para as emissões das CNHs devem ser ouvidos e podem até mesmo ser indiciados no processo. O que dá a entender é que pagavam abaixo dos valores de mercado justamente porque não faziam o número previsto em lei de aulas práticas. Então a inserção destes elementos de informação e as assinaturas desses candidatos em documentos que foram falsificados podem caracterizar também crime de falsidade ideológica”, destacou o delegado.

A Polícia Civil ainda não sabe exatamente quantos documentos foram emitidos de forma irregular pelas autos escolas, por isso a quebra do sigilo bancário dos envolvidos também deve ser solicitada, já que, ao que tudo indica, a conduta criminosa levou os proprietários a ocultar bens e valores. Por enquanto as auto escolas devem continuar funcionando, mas o caso será encaminhado ao Detran, que poderá descredenciar o estabelecimento. Já os proprietários, Atenilson e Maria Salete, seguem presos temporariamente por cinco dias, mas o pedido de prisão deve ser renovado pelo mesmo período.


Fonte: ederluiz.com.vc