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Santa Catarina termina junho com saldo negativo na criação de empregos formais

A crise nacional demorou a chegar em Santa Catarina, mas os dados mais recente do emprego refletem que o cenário de retração já causa efeitos no Estado. Pelo terceiro mês consecutivo, houve uma retração no número de empregos formais, de acordo com relatório de Evolução de Emprego do CAGED. Em junho, 7.922 vagas foram fechadas, o equivalente a uma redução de 0,39% na mão de obra catarinense. 

No entanto, no acumulado de janeiro a junho de 2015, o saldo de Santa Catarina segue positivo com 13.235 novas vagas criadas, principalmente na indústria e na área de serviços. A variação desde janeiro é positiva em 0,65%. 

O setor que mais sentiu os cortes em junho deste ano foi o industrial, com 4.174 posições fechadas. A queda nas contratações foi encabeçada pelas indústrias têxtil, mecânica e de produtos farmacêuticos. Os serviços e comércio varejista também foram bastante afetados e ceifaram 3.206 empregos no período de 30 dias. 

Os únicos setores que apresentaram leve aumento em Santa Catarina foram o da agropecuária com 452 novas vagas e o da administração pública com 11 novas posições.

Mau resultado no ranking nacional

Em relação aos outros 27 estados e o Distrito Federal, Santa Catarina aparece com o 11º maior corte de vagas em junho de 2015. O topo da lista fica a cargo do Espírito Santo que teve uma retração de 0,9%, seguida por Amazonas com 0,85% e Rondônia com 0,7%. Ao todo, o mercado de trabalhos formais recuou 0,27% com mais de 111 mil pessoas vagas fechadas em todos o país. 

Dentre os três Estados do Sul, Santa Catarina teve a menor retração de empregos, mas a segunda pior proporcionalmente. O Rio Grande do Sul mostrou está ainda pior das pernas e cortou 14.013 vagas em junho, 0,52% a menos. 

A situação não seria complicada se considerada apenas os números absolutos. Mas o baque sentido foi bastante forte. Em apenas três meses, o estado deixou o topo da lista de maior geração de empregos do país e começou a figurar na outra metade da tabela - a dos que mais demite.

Fonte: Diário Catarinense