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Prefeitura de Joaçaba remaneja valores para pagar a folha dos servidores da educação

Em sessão extraordinária na tarde de quarta-feira, dia 29, os vereadores do Legislativo joaçabense aprovaram o projeto de lei 3.380 que dispõe sobre remanejamento de valores de diversas pastas e diretorias do Poder Executivo. Os valores, no valor de R$ 2.068,063  serão destinados à folha de pagamento dos servidores da Secretaria de Educação da rede municipal neste mês de julho. De acordo com o presidente da Câmara, Luiz Vastres, o projeto só foi votado após uma reunião entre vereadores e secretários, ocorrida na tarde de quarta-feira, quando, ficou evidente que caso o projeto não fosse aprovado, haveria risco de que os servidores da pasta não recebessem seus salários neste mês devido a um déficit orçamentário na Secretaria da Educação. O projeto recebeu oito votos favoráveis e um contrário.

“O ajuste das contas públicas é natural. Porém, o que nos chama a atenção é que isso normalmente ocorre no final do ano e estamos apenas em julho. Felizmente a maioria dos vereadores entendeu que os professores não podem ser penalizados e votou favorável. Para este mês a situação está resolvida. Acredito que o Poder Executivo buscará alternativas para os próximos meses e nós, vereadores, estaremos acompanhando de perto esta situação”, disse o presidente Vastres. A seguir, parte das manifestações dos demais vereadores.

Chico Lopes: o vereador afirmou que faltou planejamento e que medidas de contenção de gastos deveriam ter sido implantadas ainda em janeiro. “Só estou votando favorável porque não posso aceitar que professores fiquem sem receber seus salários”.

Zilio: Vilmar Zílio disse que os reajustes dados a categoria no início do ano estão causando impacto financeiro. “Concordo com os reajustes, mas faltou análise mais profunda e planejamento. Após as explicações dadas pelo Executivo, não nos resta alternativa senão votar a favor. Até porque, o secretário de Educação não tinha conhecimento do impacto financeiro por não ser ordenador de despesas”.

Éber: o vereador ponderou que não houve queda na arrecadação no município neste mês. Que é preciso descobrir a origem da crise e também que o ideal é buscar alternativas, cortar gastos excessivos sem que seja necessário fazer demissões.

Pastori: o vereador votou contra o projeto. Disse que gostaria que ele tivesse sido alterado, pois não concorda com alguns quesitos. Ele sugeriu que o Executivo paralise algumas obras ao invés de retirar recursos de pastas e diretorias para ações que já estavam previstas.

Elói: para Elói Hoffelder os gestores terão que buscar maneiras de se adaptar a crise. Ele citou exemplos de municípios vizinhos que já anunciaram o corte de gastos. Disse que o Poder Legislativo fez muito bem em convocar o Executivo para explicar melhor o projeto e que o cenário econômico brasileiro deverá piorar ainda mais.

Ferraz: Jucelino Ferraz lamentou o corte do orçamento de algumas pastas. Há quanto tempo pedimos melhorias para o cemitério municipal? Agora a verba prevista para isso será relocada. Porém, não podemos prejudicar os servidores da educação.

Tuti: ele também elogiou a medida da Câmara em convocar o Executivo para discutir o projeto. Disse que ao retirar o orçamento de algumas pastas as obras e ações solicitadas pelos vereadores serão prejudicadas. “Espero que este quadro seja revertido em breve”.

Diva: a vereadora Divair De Marco disse que os vereadores defendem o povo, portanto, votaram a favor do projeto. “No momento, esta foi a alternativa encontrada. Acredito que esta situação será revertida e que os valores remanejados possam retornar as pastas de origem”.

Texto: Adriana Panizzi

Fonte: ederluiz.com.vc