Pavimento apresenta problema em vários pontos
O prefeito de Luzerna, Moisés Diersmann fez, através das redes sociais um desabafo a respeito da situação da avenida Caetano Natal Branco. A rodovia é uma importante ligação entre os municípios de Joaçaba e Luzerna. No texto ele defende a imediata recuperação do pavimento que está danificado em vários pontos e e critica a empreiteira que venceu a licitação na época da obra. “Nenhuma empreiteira precisa refazer o que está errado, e não vai ser em um pequeno município do meio oeste de Santa Catarina que servirá de exemplo para o Brasil, infelizmente.”
Leia abaixo
ÚLTIMA VEZ QUE FALAREI SOBRE A AV. CAETANO NATAL BRANCO (Texto um pouco longo, mas vale a pena ler)
1. Na foto 1, ao olhar em um primeiro momento, parece que a divisão apresentada revela duas obras diferentes na via, mas por incrível que pareça é a mesma. Isso mesmo, a recuperação da via apresenta falhas GRAVES, são trechos “bons” (parte de cima da foto) alternados com trechos de asfalto de péssima qualidade (parte de baixo da foto).
2. Na foto 2, é possível verificar que as britas estão bem visíveis na parte ruim. Não precisa ser engenheiro para entender que em um lado tem mais “liga/emulsão” e no outro não. Para as pessoas que apresento a foto, as pessoas dizem: um asfalto parece ser a frio e o outro a quente. Claro que são só opiniões, o importante é frisar que é uma obra pública com dois tipos de materiais e foi pago para ser somente um.
3. Na foto 3, é possível observar que o asfalto debulha, esmigalha e semanalmente carrinhos de brita são retirados pelo pessoal da varrição.
4. Por esmigalhar o que forma na pista não são buracos e sim uma espécie de “valeta” conforme mostram as fotos 4 e 5.
Bem, o que tem sido divulgado em defesa da empresa que realizou a obra, é de que a base desta avenida é precária e o trafego é muito intenso. Porque isso não ocorre na parte de cima da foto 1? Afinal a base é a mesma da parte de baixo da foto e também passa o mesmo tráfego pelo local. Quando o problema é a base, o asfalto racha, como se fosse um mosaico, estilo terra seca. Tem muitos locais entre Luzerna e Joaçaba que estão assim, problema de base, porém o que estamos mostrando é um asfalto que debulha e isso é asfalto porcaria mesmo.
Se percorrermos o trecho todo entre Luzerna e Joaçaba, vamos ter 65% da obra em “bom” estado, como na parte de cima da foto. Outros 35% são trechos de asfalto como a parte de baixo da foto, de péssima qualidade. Será que quando a empresa se propôs a fazer a obra por quase 1 milhão a menos do que o edital previa, já não estava previsto colocar cargas de asfalto com qualidade bem inferior? Fora que quando era para tocar o serviço, a empresa ficou aguardando a aprovação de um aditivo de quase 700 mil. Corria na boca do povo que esta obra era campanha de deputado da região.
Quando surgiram os primeiros problemas, fizemos uma reunião em 2013 na câmara de vereadores em Joaçaba, depois em 2014 foi acionado o Ministério Público, e sempre solicitamos que seja recuperado os trechos onde o asfalto ruim foi colocado. Não é toda a obra que precisa ser recuperada.
O fato é que o centro de Luzerna está horrível, ninguém toma uma providencia concreta e estamos vendo que mais uma vez vai ficar tudo como está. Todos os dias vemos notícias na TV, em que milhões são roubados, ninguém é punido de fato com obrigação de devolver o dinheiro, e as obras deixa-se tudo como ficou. Nenhuma empreiteira precisa refazer o que está errado, e não vai ser em um pequeno município do meio oeste de Santa Catarina que servirá de exemplo para o Brasil, infelizmente.
Sabe para quem vai ficar está conta? Para nossa população. Só quero saber como será possível fazer um tapa “valeta” em um asfalto que só debulha, pois vamos colocar uma massa de asfalto para tapar algo, que do lado logo tudo esmigalha. E isso também será dinheiro jogado fora. Um orçamento prévio mostra que aproximadamente R$ 50 mil será o custo desta intervenção. Precisamos fazer, pois teremos um desfile festivo em comemoração aos 20 anos da cidade e deixar o asfalto assim, só traz vergonha para todos nós.
Tentei conseguir algo diferente do que sempre vi acontecer. Sonhei que podíamos ter na área pública, algo parecido com o setor privado, que quando o serviço não foi bem feito, ele precisa ser refeito. Mas infelizmente quando as coisas entram na casas dos milhões, o dinheiro fala mais forte e são muitos os interesses. É a última vez que falo sobre isso" finalizou o prefeito.
Por Marcelo Santos
Fonte: Rádio Catarinense
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ÚLTIMA VEZ QUE FALAREI SOBRE A AV. CAETANO NATAL BRANCO (Texto um pouco longo, mas vale a pena ler)
1. Na foto 1, ao olhar em um primeiro momento, parece que a divisão apresentada revela duas obras diferentes na via, mas por incrível que pareça é a mesma. Isso mesmo, a recuperação da via apresenta falhas GRAVES, são trechos “bons” (parte de cima da foto) alternados com trechos de asfalto de péssima qualidade (parte de baixo da foto).
2. Na foto 2, é possível verificar que as britas estão bem visíveis na parte ruim. Não precisa ser engenheiro para entender que em um lado tem mais “liga/emulsão” e no outro não. Para as pessoas que apresento a foto, as pessoas dizem: um asfalto parece ser a frio e o outro a quente. Claro que são só opiniões, o importante é frisar que é uma obra pública com dois tipos de materiais e foi pago para ser somente um.
3. Na foto 3, é possível observar que o asfalto debulha, esmigalha e semanalmente carrinhos de brita são retirados pelo pessoal da varrição.
4. Por esmigalhar o que forma na pista não são buracos e sim uma espécie de “valeta” conforme mostram as fotos 4 e 5.
Bem, o que tem sido divulgado em defesa da empresa que realizou a obra, é de que a base desta avenida é precária e o trafego é muito intenso. Porque isso não ocorre na parte de cima da foto 1? Afinal a base é a mesma da parte de baixo da foto e também passa o mesmo tráfego pelo local. Quando o problema é a base, o asfalto racha, como se fosse um mosaico, estilo terra seca. Tem muitos locais entre Luzerna e Joaçaba que estão assim, problema de base, porém o que estamos mostrando é um asfalto que debulha e isso é asfalto porcaria mesmo.
Se percorrermos o trecho todo entre Luzerna e Joaçaba, vamos ter 65% da obra em “bom” estado, como na parte de cima da foto. Outros 35% são trechos de asfalto como a parte de baixo da foto, de péssima qualidade. Será que quando a empresa se propôs a fazer a obra por quase 1 milhão a menos do que o edital previa, já não estava previsto colocar cargas de asfalto com qualidade bem inferior? Fora que quando era para tocar o serviço, a empresa ficou aguardando a aprovação de um aditivo de quase 700 mil. Corria na boca do povo que esta obra era campanha de deputado da região.
Quando surgiram os primeiros problemas, fizemos uma reunião em 2013 na câmara de vereadores em Joaçaba, depois em 2014 foi acionado o Ministério Público, e sempre solicitamos que seja recuperado os trechos onde o asfalto ruim foi colocado. Não é toda a obra que precisa ser recuperada.
O fato é que o centro de Luzerna está horrível, ninguém toma uma providencia concreta e estamos vendo que mais uma vez vai ficar tudo como está. Todos os dias vemos notícias na TV, em que milhões são roubados, ninguém é punido de fato com obrigação de devolver o dinheiro, e as obras deixa-se tudo como ficou. Nenhuma empreiteira precisa refazer o que está errado, e não vai ser em um pequeno município do meio oeste de Santa Catarina que servirá de exemplo para o Brasil, infelizmente.
Sabe para quem vai ficar está conta? Para nossa população. Só quero saber como será possível fazer um tapa “valeta” em um asfalto que só debulha, pois vamos colocar uma massa de asfalto para tapar algo, que do lado logo tudo esmigalha. E isso também será dinheiro jogado fora. Um orçamento prévio mostra que aproximadamente R$ 50 mil será o custo desta intervenção. Precisamos fazer, pois teremos um desfile festivo em comemoração aos 20 anos da cidade e deixar o asfalto assim, só traz vergonha para todos nós.
Tentei conseguir algo diferente do que sempre vi acontecer. Sonhei que podíamos ter na área pública, algo parecido com o setor privado, que quando o serviço não foi bem feito, ele precisa ser refeito. Mas infelizmente quando as coisas entram na casas dos milhões, o dinheiro fala mais forte e são muitos os interesses. É a última vez que falo sobre isso" finalizou o prefeito.
Por Marcelo Santos
Fonte: Rádio Catarinense