O promotor Protásio Campos Neto considerou que Vagner estuprou Mariane antes de matar a jovem. |
Antes de avaliar o inquérito o promotor analisou um pedido de prisão preventiva de Vagner, já que a temporária vence na próxima segunda-feira e caso não se renovasse ele ficaria em liberdade para responder. A decisão foi para que a preventiva seja concedida, desta forma o acusado permanecerá preso enquanto for necessário ou caso obtenha uma medida jurídica que o coloque em liberdade.
O delegado Daniel Régis havia indiciado Vagner por homicídio triplamente qualificado, sendo as qualificadoras a asfixia, por ter agido de surpresa ao levar ela até uma sala do Senai com outro pretexto e a terceira qualificadora por matar para ocultar o crime anterior, ocultação de cadáver e tentativa de estupro. O promotor entendeu diferente apenas a questão sexual, qualificando como estupro ao invés de tentativa. “Ele matou a Mariane por que estuprou, senão tivesse estuprado não teria matado, não teria motivo nenhum para matar”. Disse o promotor.
A intenção é que o júri aconteça até o final deste ano e o promotor acredita na condenação do réu, com uma pena rigorosa.
“A expectativa de pena de nossa parte é de 30 anos. A gente sabe que a lei brasileira é extremamente frouxa e é por isso que ocorre tanto crime. Se sabe que existem aquele vários benefícios para o réu, progressão de regime, remissão de pena, saída temporária, livramento condicional, então isso tudo só beneficia o réu, o infrator, a impunidade. Mas no caso da Mariane, no que entenderem os jurados é claro, aceitando que as três qualificadoras estão presentes, eu tenho certeza que o Dr. Márcio Bragaglia é um juiz rigoroso e nunca dará uma pena mínima, então só o homicídio deve girar em torno de 20 anos, mais o caso do estupro, se os jurador reconhecerem como consumado, assim espero, que seja e mais uns dois anos pela ocultação de cadáver, essa pena deve girar em torno de 30 anos”.
Foram ouvidas 44 testemunhas no inquérito, o que levou a polícia a descobrir que Vagner já assediava Mariane antes de cometer o crime. Após a denúncia que foi oferecida pelo MP o processo agora segue para o juiz Márcio Bragaglia, que será o responsável por analisar e comunicar o réu e seu advogado sobre a decisão que tomará, o advogado poderá apresentar uma defesa. Logo depois serão arroladas as testemunhas, caso a decisão seja pelo júri popular.
Fonte: http://www.ederluiz.com.vc