Delegado confirma que pedirá mais prazo no inquérito de mulheres que acusam advogado de abuso sexual
Acusado ainda não prestou depoimento
No final do mês que passou, um grupo de mulheres de Capinzal criou coragem e decidiu denunciar um advogado do município que está sendo investigado por assédio sexual. São histórias semelhantes guardadas no anonimato há anos e que agora foram tornadas públicas, com objetivo de que os fatos sejam devidamente apurados na forma da lei. As mulheres que teriam sido vítimas do advogado, romperam o silêncio a nossa reportagem durante entrevista concedida ao repórter Paulo César (PC). Foi a primeira manifestação pública. Elas concordaram em gravar entrevista desde que suas identidades fossem preservadas. Os depoimentos mostraram o “modus operandi” parecido nas cinco vítimas ouvidas pela Rádio Catarinense.
Naquela oportunidade, uma das mulheres relatou que em 2003 ficou um período sem receber salário na empresa onde trabalhava, e sem condições de pagar o aluguel, ficou com medo de ser despejada. Fragilizada com a situação, ela procurou pelo advogado que foi indicado por amigos. A mulher contou que logo nas primeiras visitas ao escritório, notou uma mudança de comportamento do advogado. “Eu ia no escritório, ele fechava a porta, trancava e tentava me passar a mão, nos seios, nas partes íntimas” disse ela. Segundo a vítima o advogado usava de chantagem para tentar algo mais. “Se você não sair comigo, eu vou fazer você perder o processo e me disse inclusive que me emprestava o dinheiro, mas eu teria que ir com ele”, comentou a mulher. Segundo ela, numa determinada ocasião a secretária e outro advogado a encontraram desesperada.
O outro caso de suposto assédio teria ocorrido, também no interior do escritório, há cerca de 7 anos. Uma outra vítima relatou a Rádio Catarinense que logo após uma conversa inicial na sala, o advogado saiu de traz da mesa e sentou ao seu lado, passando de imediato a reagir com carícias nos seios e partes íntimas. “Ele fazia carícias e daí abriu o zíper da calça e eu sai porta afora e não voltei mais para falar com ele” contou ela.
O caso, que está sendo investigado pela polícia, tem várias supostas vítimas. Com vergonha, receio e medo as mulheres cada uma guardaram suas histórias por anos até que aos poucos elas foram descobrindo os casos e decidiram se unir em busca de justiça.
A Central de Jornalismo da Rádio Catarinense há alguns dias manteve contato com o referido advogado, cujo nome é mantido em sigilo em razão do segredo de justiça, oportunizando ao mesmo espaço para que ele pudesse se pronunciar. Ele disse que um advogado de Porto Alegre, que cuida do processo, faria contato o que não aconteceu até hoje.
Pelo menos 12 vítimas já procuraram a Justiça para denunciar o caso que está sendo apurado através de um inquérito policial. Dois advogados de Joaçaba foram contratados e representam as mulheres no processo. Eles consideram os fatos graves e entendem que o acusado, especializado em causas trabalhistas, pode ser excluído dos quadros da OAB.
Dando sequência a esta situação, a reportagem da Rádio Catarinense, conseguiu uma entrevista em primeira mão com o delegado que cuida do caso. Dr. André Cembranélli confirmou que o inquérito está tramitando lentamente, pela falta de escrivão lotado em naquela delegacia. “Estamos na oitiva das diversas vítimas e testemunhas que relatam histórias de 6 a 7 anos atrás. O trâmite será normal, igual aos demais que estamos investigando”, relatou o delegado.
Dr. André confirma que aproximadamente 15 pessoas já prestaram depoimento. “Devo solicitar mais prazo ao juiz para poder finalizar o inquérito, além de pedir o sigilo destas investigações, uma vez que existem diversas informações na imprensa”.
Segundo o delegado, o suspeito ainda não foi ouvido o que deve ocorrer no final do inquérito, “após ouvirmos todas as vítimas e testemunhas relacionadas. O que nos chama atenção, é que as vítimas relatam casos de muitos anos atrás. Então, se elas não tinham prioridade naquela época, não vai ser a polícia que vai atropelar o andamento das investigações, a pedido das vítimas”, argumentou o delegado Cembranélli.
O delegado de Capinzal espera concluir o inquérito policial no prazo máximo de 30 dias.
Por Julnei Bruno
Fonte: Rádio Catarinense
No final do mês que passou, um grupo de mulheres de Capinzal criou coragem e decidiu denunciar um advogado do município que está sendo investigado por assédio sexual. São histórias semelhantes guardadas no anonimato há anos e que agora foram tornadas públicas, com objetivo de que os fatos sejam devidamente apurados na forma da lei. As mulheres que teriam sido vítimas do advogado, romperam o silêncio a nossa reportagem durante entrevista concedida ao repórter Paulo César (PC). Foi a primeira manifestação pública. Elas concordaram em gravar entrevista desde que suas identidades fossem preservadas. Os depoimentos mostraram o “modus operandi” parecido nas cinco vítimas ouvidas pela Rádio Catarinense.
Naquela oportunidade, uma das mulheres relatou que em 2003 ficou um período sem receber salário na empresa onde trabalhava, e sem condições de pagar o aluguel, ficou com medo de ser despejada. Fragilizada com a situação, ela procurou pelo advogado que foi indicado por amigos. A mulher contou que logo nas primeiras visitas ao escritório, notou uma mudança de comportamento do advogado. “Eu ia no escritório, ele fechava a porta, trancava e tentava me passar a mão, nos seios, nas partes íntimas” disse ela. Segundo a vítima o advogado usava de chantagem para tentar algo mais. “Se você não sair comigo, eu vou fazer você perder o processo e me disse inclusive que me emprestava o dinheiro, mas eu teria que ir com ele”, comentou a mulher. Segundo ela, numa determinada ocasião a secretária e outro advogado a encontraram desesperada.
O outro caso de suposto assédio teria ocorrido, também no interior do escritório, há cerca de 7 anos. Uma outra vítima relatou a Rádio Catarinense que logo após uma conversa inicial na sala, o advogado saiu de traz da mesa e sentou ao seu lado, passando de imediato a reagir com carícias nos seios e partes íntimas. “Ele fazia carícias e daí abriu o zíper da calça e eu sai porta afora e não voltei mais para falar com ele” contou ela.
O caso, que está sendo investigado pela polícia, tem várias supostas vítimas. Com vergonha, receio e medo as mulheres cada uma guardaram suas histórias por anos até que aos poucos elas foram descobrindo os casos e decidiram se unir em busca de justiça.
A Central de Jornalismo da Rádio Catarinense há alguns dias manteve contato com o referido advogado, cujo nome é mantido em sigilo em razão do segredo de justiça, oportunizando ao mesmo espaço para que ele pudesse se pronunciar. Ele disse que um advogado de Porto Alegre, que cuida do processo, faria contato o que não aconteceu até hoje.
Pelo menos 12 vítimas já procuraram a Justiça para denunciar o caso que está sendo apurado através de um inquérito policial. Dois advogados de Joaçaba foram contratados e representam as mulheres no processo. Eles consideram os fatos graves e entendem que o acusado, especializado em causas trabalhistas, pode ser excluído dos quadros da OAB.
Dando sequência a esta situação, a reportagem da Rádio Catarinense, conseguiu uma entrevista em primeira mão com o delegado que cuida do caso. Dr. André Cembranélli confirmou que o inquérito está tramitando lentamente, pela falta de escrivão lotado em naquela delegacia. “Estamos na oitiva das diversas vítimas e testemunhas que relatam histórias de 6 a 7 anos atrás. O trâmite será normal, igual aos demais que estamos investigando”, relatou o delegado.
Dr. André confirma que aproximadamente 15 pessoas já prestaram depoimento. “Devo solicitar mais prazo ao juiz para poder finalizar o inquérito, além de pedir o sigilo destas investigações, uma vez que existem diversas informações na imprensa”.
Segundo o delegado, o suspeito ainda não foi ouvido o que deve ocorrer no final do inquérito, “após ouvirmos todas as vítimas e testemunhas relacionadas. O que nos chama atenção, é que as vítimas relatam casos de muitos anos atrás. Então, se elas não tinham prioridade naquela época, não vai ser a polícia que vai atropelar o andamento das investigações, a pedido das vítimas”, argumentou o delegado Cembranélli.
O delegado de Capinzal espera concluir o inquérito policial no prazo máximo de 30 dias.
Por Julnei Bruno
Fonte: Rádio Catarinense