Evento também buscou diagnosticar os principais condicionantes do fenômeno |
As oficinas são a segunda etapa do projeto “Diagnóstico da Estiagem no Oeste”, que é executado em parceria com a Udesc e pretende contribuir para a elaboração de um plano diretor de estiagem. A primeira fase do trabalho, que iniciou em 2014, foi finalizada em março deste ano. Os serviços se concentraram na catalogação de documentos referentes ao setor.
“Temos que definir estratégias inteligentes, que tornem o uso da água consciente”, ressaltou o secretário de Estado da Defesa Civil, Milton Hobus, que participou do evento em Joaçaba. Ele destacou que o Estado está cumprindo sua parte no que diz respeito a esse problema, que deixa rastros de destruição na lavoura e muitas perdas, em especial para o agronegócio.
A pesquisa contempla 118 municípios. De acordo com o professor Mário Freitas, da Udesc, os primeiros levantamentos apontam que o que contribui para o cenário de estiagem prolongada é o uso inadequado dos recursos hídricos.A Defesa Civil de Santa Catarina estima que existam no Oeste mais de 50 mil poços artesianos ilegais.
Conforme Freitas, o trabalho preliminar mostra ainda que as estiagens estão entre os fenômenos que causam emergências e desastres com os maiores períodos de duração se comparados com enchente e deslizamentos. Os prejuízos para agricultura, pecuária, abastecimento de produtos agrícolas e geração de energia afetam todas as comunidades da região.
Hobus enfatizou que o volume de decretos de situação de emergência devido à estiagem no Estado mostra a importância do projeto. Entre os anos de 2002 e 2012 foram 1.003 registros, número somente superado pelas declarações de enxurradas: 1028 decretações. Somente em 2006 foram 194 decretos por causa da falta de chuva. “O que está se fazendo é um planejamento consistente, com visão sustentável de longo prazo para que tenhamos um enfrentamento correto desse fenômeno. Precisamos estar prontos para atender os municípios que sofrem com a estiagem”, salientou o secretário.
Também participaram da oficina em Joaçaba o secretário de Desenvolvimento Regional, Ricardo Grando, o presidente da Associação dos Municípios do Meio Oeste Catarinense (Ammoc), Moisés Diersmann, entre outras lideranças, agricultores e representantes de entidades dos 13 municípios da área de abrangência da Coordenadoria Regional de Defesa Civil.
Com informações Mayelle Hall
Fonte: http://www.ederluiz.com.vc