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Mulher do jovem que confessou assassinato de Mariane Telles concede entrevista a Rádio Catarinense

“Ele era uma pessoa tranquila, muito querida” diz esposa


“Ele era uma pessoa tranquila, muito querida e sempre procurava ajudar os vizinhos”. Foi desta forma que Larissa Andrade definiu o marido Vagner Fernandez do Nascimento, 22 anos, que na última sexta-feira (15) confessou o assassinato da adolescente Mariane Telles.

Na manhã desta terça-feira (19) a Central de Jornalismo da Rádio Catarinense localizou e entrevistou a esposa de Vagner, que inclusive era amiga da vítima. Ex-funcionária do SENAI, Larissa disse que recebeu a notícia como um grande choque. “Eu até agora não acredito, pois quem conhece o Vagner, sabe se foi ele que fez, ele fez num momento de desespero, de puro impulso” disse ela.

Mesmo depois do crime, durante comentários de familiares, ele não mudou o comportamento em casa e agia com uma certa naturalidade quando colegas e amigos brincavam que teria sido o jardineiro o autor do crime. “Teve boatos lá no Senai, entre os amigos, que teria sido o jardineiro. Quando ele passava algumas pessoas brincavam, no começo ela ficava bravo, mas depois não se importava mais, dava risada e não dava bola”.

Larissa Andrade teve pouco contato com o marido depois que ele foi preso na sexta-feira. Nos diálogos ela disse que não foi comentado a respeito do crime e as conversas se resumiram em questões relacionadas ao apoio, quanto a alimentação e roupas. Questionado se ele teria dito que foi ele que matou, Larissa disse que ela não teve questionou sobre isso.

Defesa quer pena justa
A família de Vagner Fernandez do Nascimento contratou o advogado criminalista Álvaro Alexandre Xavier. De acordo com o advogado a defesa pretende buscar uma pena justa caso o cliente venha ser condenado pelo crime. “A defesa vai trabalhar em cima da verdade, se houve o crime, vamos avaliar as circunstâncias, para que ele responda e seja condenado no que chamamos de pena justa, levando em conta todas as circunstancias para a pena ser aplicada baseada na lei e não na emoção” salientou o advogado.

Para Álvaro Alexandre Xavier a confissão isolada não teria validade jurídica, pois necessitaria de outros elementos da investigação que levem a convicção, para que a mesma tenha peso. Ele disse que vai aguardar a conclusão do inquérito e a denúncia por parte do Ministério Público (MP) e que não descarta a possibilidade de solicitar que o julgamento seja levado para outra comarca em razão da grande comoção popular, que pode influenciar de certo modo os jurados.

O jovem, em razão do tipo de crime cometido, deverá ser levado a júri popular.

Por Marcelo Santos


Fonte: Rádio Catarinense