Os casos de corrupção supostamente cometidos por dirigentes da Fifa, entre eles José Maria Marin, envolveriam negócios com os países-sede das copas do mundo na Rússia, em 2018, e no Qatar, em 2022, revela Justiça americana Foto: Tomaz Silva/Arquivo Agência Brasil |
"As acusações estão claramente relacionadas com o futebol e são de natureza tão grave que era imperativo tomar uma ação rápida e imediata. O processo seguirá o seu curso em linha com o Código de Ética da Fifa", diz Eckert em nota divulgada pela federação.
Entre os afastados está o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin. Ele e dez investigados estão proibidos de participar profissionalmente de qualquer atividade relacionada ao futebol, nacional ou internacional.
Os outros suspeitos afastados são Jeffrey Webb, das Ilhas Cayman, vice-presidente da Fifa e presidente da Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (Concacaf); o costarriquenho Eduardo Li; o nicaraguense Julio Rocha; o inglês Costas Takkas; o uruguaio Eugenio Figueredo e o venezuelano Rafael Esquivel. Todos fazem parte da diretoria da Fifa e foram detidos hoje pelas autoridades suíças com o apoio do FBI. Eles deverão ser extraditados para os Estados Unidos em breve.
Além desses dirigentes, foram afastados o ex-presidente da Confederação Norte-Americana de Futebol Jack Warner e seu filho Daryll Warner; o paraguaio Nicolás Leoz, ex-presidente da Confederação da América do Sul (Conmebol) e o ex-membro do Comitê Executivo da Fifa Charles Blazer.
Foto: Arquivo/Agência Brasil |
Sois brasileiros, além de Marin, figuram na lista de investigados do Departamento de Justiça dos Estados Unidos: o empresário José Hawilla, dono da Traffic Group, e José Margulies, dono de empresas de transmissão de eventos esportivos. Segundo o Departamento de Justiça, Hawilla já fez um acordo comprometendo-se a pagar multa de US$ 151 milhões por participação no esquema.
Fonte: Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil Edição: Marcos Chagas