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Campos Novos: Moradores entram na justiça contra empresa que construiu condomínio

Os moradores do condomínio Bela Vista, construído em Campos Novos com recursos do programa Minha Casa Minha Vida, entraram na justiça para buscar a reparação dos prédios depois que vários problemas na estrutura apareceram. São marcas de infiltrações, a pintura se solta com simples toques e até mesmo o interior dos apartamentos já apresenta problemas. O que mais chama atenção é que os prédios que foram entregues aos moradores há apenas 3 anos, em junho de 2012. Como tudo está nesta situação se o imóvel pode ser considerado quase novo? É o que questionam os moradores.

Os problemas são visíveis em todos os cantos. A umidade já está entrando pelas fissuras abertas nas paredes. A impressão é que não houve reboco antes que a pintura fosse feita, além disso, as ligações de esgoto têm canos que não suportariam a carga dos 64 apartamentos. Diante da situação os moradores resolveram buscar os direitos na justiça. Eles processam a empresa que construiu o condomínio, alegam vícios construtivos, ou seja, falhas na execução das obras.
Pintura está soltando da parede.

O advogado Pedro Bebber representa os condôminos. Segundo ele existe uma garantia de 5 anos para qualquer problema apresentado após a entrega dos imóveis. “Nossa ação é no sentido que a justiça determine a reparação destes vícios construtivos, que são visíveis até para leigos”.

Segundo o advogado, a Caixa Econômica Federal, que fiscalizou as obras e liberou os recursos para a construtora, já teria verificado através de uma perícia irregularidades na construção.

Recentemente um pedido para que as obras de reparo fossem  feitas imediatamente foi negado pela justiça. Segundo o juiz responsável pelo caso, faltou uma perícia constatando os problemas. Os moradores buscam na justiça o laudo que teria sido feito pela caixa para embasar o processo. A agência da Caixa de Campos Novos informou que se forem confirmados os vícios construtivos, a construtora será obrigada a sanar os problemas sem qualquer custo aos moradores.

Procuramos os representantes da construtora Demat. Os advogados da empresa alegaram que os problemas não configuram vícios de construção. Segundo eles, toda a obra foi acompanhada por fiscais da caixa, que não verificaram qualquer erro no andamento. A construtora alega ainda que os problemas na estrutura são decorrentes de má conservação do imóvel e que o pedido dos moradores seria para uma reforma.

Os moradores terão que conviver com os problemas enquanto o processo tramita na justiça e a cada dia que passa ver que o sonho do imóvel novo se transformou em um pesadelo.
Umidade já entra nos apartamentos pelas rachaduras abertas.