Por Enciclopédia sobre o Desenvolvimento na Primeira Infância
O bilinguismo na infância é uma experiência significativa que tem o poder de influenciar o curso e a eficiência do desenvolvimento infantil.
O impacto potencial do bilinguismo no desenvolvimento da criança tem surgido como uma preocupação crítica nas sociedades modernas, e em particular no Canadá. Além do comprometimento oficial com uma política nacional de bilinguismo e aquisição de um segundo idioma, o programa de imigração do Canadá transformou o país em uma nação rica em termos de multilinguismo e multiculturalismo. As escolas públicas recebem um grande número de crianças para as quais o inglês ou o francês são um segundo idioma. É imperativo, portanto, compreender o impacto desses backgrounds linguísticos sobre o futuro cognitivo e educacional das crianças.
Benefícios
As pesquisas mostram que, ao contrário do que muitos acreditavam, o bilinguismo não provoca confusões, não tem nenhum impacto negativo inerente sobre o desenvolvimento da criança, e tem até mesmo algumas vantagens sociocognitivas.
Em especial, crianças bilíngues evidenciam algumas vantagens na compreensão de crenças dos outros e nas necessidades de comunicação de seus parceiros de conversa, na seleção de variáveis importantes para a resolução de problemas, e na consideração simultânea de duas interpretações possíveis de um mesmo estímulo. Obtêm também escores mais altos do que crianças monolíngues em diversos testes de capacidade cognitiva, tais como flexibilidade mental, tarefas não verbais de resolução de problemas, compreensão da origem convencional de designações, diferenciação entre semelhança semântica e semelhança fonética, e capacidade de avaliar a qualidade gramatical de frases.
No entanto, é importante o contexto em que ocorre o bilinguismo ou a aprendizagem do segundo idioma. As variáveis que podem afetar os resultados do desenvolvimento bilíngue incluem as atitudes dos pais em relação ao bilinguismo, o status dos idiomas na comunidade e o contexto sociocultural em que a criança vive.
Os aprendizes de um segundo idioma levam muito tempo para desenvolver a proficiência oral nesse idioma. Mesmo depois de cinco a seis anos de frequência à escola no ambiente do segundo idioma, as crianças talvez não falem tão fluentemente esse idioma quanto seus pares monolíngues. Pais e educadores precisam estar cientes de que, nos primeiros estágios de aquisição de um segundo idioma, é possível que as crianças apresentem atrasos nesta aquisição em comparação com crianças monolíngues. No entanto, normalmente esses atrasos são pequenos e não se mantêm por muito tempo. Em termos de proficiência geral em linguagem, as crianças bilíngues tendem a ter um vocabulário menor em cada idioma do que as crianças monolíngues em seu próprio idioma. Entretanto, sua compreensão da estrutura linguística é no mínimo tão boa e frequentemente melhor do que a de seus pares monolíngues.
Quando aprendem a ler em dois idiomas que compartilham um sistema de escrita – por exemplo, inglês e francês –, as crianças apresentam progressos mais rápidos na aprendizagem de leitura; crianças que aprendem em dois idiomas escritos em sistemas de escrita diferentes – por exemplo, inglês e chinês – não evidenciam nenhuma vantagem especial, mas também não apresentam nenhum deficit. No entanto, o benefício da aprendizagem de leitura em dois idiomas requer que as crianças sejam bilíngues, e não aprendizes de um segundo idioma cuja competência em um dos idiomas é limitada, em decorrência de menor de envolvimento com o segundo idioma.
Para saber mais sobre o assunto, acesse:
Enciclopédia da Primeira Infância.
Fonte: (EBC) http://www.ebc.com.br
O bilinguismo na infância é uma experiência significativa que tem o poder de influenciar o curso e a eficiência do desenvolvimento infantil.
O impacto potencial do bilinguismo no desenvolvimento da criança tem surgido como uma preocupação crítica nas sociedades modernas, e em particular no Canadá. Além do comprometimento oficial com uma política nacional de bilinguismo e aquisição de um segundo idioma, o programa de imigração do Canadá transformou o país em uma nação rica em termos de multilinguismo e multiculturalismo. As escolas públicas recebem um grande número de crianças para as quais o inglês ou o francês são um segundo idioma. É imperativo, portanto, compreender o impacto desses backgrounds linguísticos sobre o futuro cognitivo e educacional das crianças.
Benefícios
As pesquisas mostram que, ao contrário do que muitos acreditavam, o bilinguismo não provoca confusões, não tem nenhum impacto negativo inerente sobre o desenvolvimento da criança, e tem até mesmo algumas vantagens sociocognitivas.
Em especial, crianças bilíngues evidenciam algumas vantagens na compreensão de crenças dos outros e nas necessidades de comunicação de seus parceiros de conversa, na seleção de variáveis importantes para a resolução de problemas, e na consideração simultânea de duas interpretações possíveis de um mesmo estímulo. Obtêm também escores mais altos do que crianças monolíngues em diversos testes de capacidade cognitiva, tais como flexibilidade mental, tarefas não verbais de resolução de problemas, compreensão da origem convencional de designações, diferenciação entre semelhança semântica e semelhança fonética, e capacidade de avaliar a qualidade gramatical de frases.
No entanto, é importante o contexto em que ocorre o bilinguismo ou a aprendizagem do segundo idioma. As variáveis que podem afetar os resultados do desenvolvimento bilíngue incluem as atitudes dos pais em relação ao bilinguismo, o status dos idiomas na comunidade e o contexto sociocultural em que a criança vive.
Os aprendizes de um segundo idioma levam muito tempo para desenvolver a proficiência oral nesse idioma. Mesmo depois de cinco a seis anos de frequência à escola no ambiente do segundo idioma, as crianças talvez não falem tão fluentemente esse idioma quanto seus pares monolíngues. Pais e educadores precisam estar cientes de que, nos primeiros estágios de aquisição de um segundo idioma, é possível que as crianças apresentem atrasos nesta aquisição em comparação com crianças monolíngues. No entanto, normalmente esses atrasos são pequenos e não se mantêm por muito tempo. Em termos de proficiência geral em linguagem, as crianças bilíngues tendem a ter um vocabulário menor em cada idioma do que as crianças monolíngues em seu próprio idioma. Entretanto, sua compreensão da estrutura linguística é no mínimo tão boa e frequentemente melhor do que a de seus pares monolíngues.
Quando aprendem a ler em dois idiomas que compartilham um sistema de escrita – por exemplo, inglês e francês –, as crianças apresentam progressos mais rápidos na aprendizagem de leitura; crianças que aprendem em dois idiomas escritos em sistemas de escrita diferentes – por exemplo, inglês e chinês – não evidenciam nenhuma vantagem especial, mas também não apresentam nenhum deficit. No entanto, o benefício da aprendizagem de leitura em dois idiomas requer que as crianças sejam bilíngues, e não aprendizes de um segundo idioma cuja competência em um dos idiomas é limitada, em decorrência de menor de envolvimento com o segundo idioma.
Para saber mais sobre o assunto, acesse:
Enciclopédia da Primeira Infância.
Fonte: (EBC) http://www.ebc.com.br