Os grupos de maior risco - crianças de seis meses a cinco anos incompletos, pessoas acima de 60 anos, mulheres grávidas, mulheres que tiveram filho há menos de 45 dias (puérperas), indígenas aldeados, profissionais da saúde e todos as pessoas relacionadas ao sistema prisional e portadores de doenças crônicas - serão imunizados na campanha de vacinação, que inicia no dia 4 e segue até 22 de maio nos postos de saúde de Santa Catarina.
No Estado, a meta é vacinar 1,5 milhão de pessoas. Porém, os que não fazem parte desse grupo podem procurar clínicas privadas para tomar a vacina, que não tem contraindicação. O preço médio é de R$ 80 na Grande Florianópolis.
Imunização não blinda paciente contra a gripe
Luciana Amorim, coordenadora da divisão de imunização da Divisão de Vigilância Epidemiológica do Estado (Dive), lembra que mesmo com a imunização, a pessoa não está livre do vírus Influenza:
- A infecção pode ser anterior à vacinação ou ser de outro vírus. Também é importante tomar todos os anos, porque a proteção máxima da imunização é de seis meses e às vezes o vírus muda, assim como a composição da vacina.
Andréa Benincá de Almeida, pediatra responsável pelo setor de Vacinas do Laboratório Médico Santa Luzia, defende que a vacinação contra a gripe deve ser feita entre os meses de abril e maio.- Com este prazo o corpo vai estar imune no período em que o vírus mais atinge a população, entre o fim do outono e início do inverno - diz.
A imunização tem como objetivo prevenir a infecção e a progressão da gripe para quadros graves, como pneumonia. Edneia Casagranda Bueno, coordenadora do curso de Biomedicina da Universidade do Vale do Itajaí e pós-doutora em Imunologia, afirma que, embora a vacina contra gripe seja controversa entre os médicos, ainda representa benefícios.
- Principalmente se for criança ou idoso, é importante para evitar que uma simples gripe evolua para um quadro de pneumonia, que tem tratamento mais demorado e complexo.
Fonte: Rádio Videira AM