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IGP deve entregar nesta terça-feira os laudos das vítimas e do ônibus que caiu em ribanceira

O que levou o ônibus de excursão da empresa Costa & Mar a despencar numa das curvas da Serra Dona Francisca na SC-418, há exatamente um mês, é uma pergunta que pode ter resposta nesta terça-feira por meio dos laudos periciais do Instituto-geral de Perícias (IGP) de Joinville.

As análises devem ser entregues à Delegacia de Trânsito, responsável pela investigação do caso, até o fim da tarde. Detalhes das perícias só serão revelados à imprensa numa coletiva a ser marcada entre a terça e quarta-feira.

O material concluído pelo IGP abrange três frentes de trabalho: laudos cadavéricos, laudo de perícia mecânica e laudo de local do acidente. Por meio de um croqui, a perícia reproduziu a dinâmica do acidente, apontando a velocidade aproximada do ônibus, a direção em que ele estava e a forma com que saiu da pista.

As primeiras informações repassadas à polícia, incluindo testemunhos de sobreviventes, indicam que um problema no sistema de freios deixou o ônibus desgovernado antes da queda. Ainda assim, outros componentes mecânicos foram avaliados.

Laudos cadavéricos também identificaram a causa precisa da morte de cada uma das vítimas, mas houve atenção especial ao motorista - para constatar se ele estava sob efeito de substâncias ou se sofreu um mal súbito.

- Todo o trabalho da perícia foi concluído dentro do prazo. As respostas que buscávamos foram esclarecidas. Só serão necessários exames complementares se, por acaso, a Polícia Civil levantar novas dúvidas e requisitá-los - diz a gerente do IGP em Joinville, Suellen Pericolo.

Ao menos oito peritos, observa Suellen, participaram da elaboração dos laudos no último mês. Profissionais do IGP que trabalharam em acidentes parecidos em outras regiões do Estado também foram consultados no período.

Inquérito depende de informações

Caberá ao delegado Brasil Ferreira dos Santos, titular da DP do Trânsito em Joinville, avaliar qual será o encaminhamento dado ao inquérito policial após receber os laudos.
Desde o início da investigação, o delegado sustenta que não há como apontar eventuais culpados sem o resultado do trabalho do IGP em mãos.

Informações solicitadas à Polícia Civil do Paraná ainda são aguardadas pela Delegacia de Trânsito.

No Paraná, o Ministério Público de União da Vitória também determinou a abertura de um procedimento de investigação para apurar a responsabilidade da empresa Costa & Mar, dona do ônibus acidentado, para eventual reparação de indenização às vítimas e familiares das vítimas envolvidas na ocorrência.

A iniciativa partiu do promotor André Luiz Bortolini. Segundo informado pelo promotor à reportagem nesta segunda-feira, a apuração ainda não garantiu conclusões.

Fonte: Diário Catarinense