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Asfalto da Caetano Natal Branco “durou o que tinha que durar”, afirma engenheiro

Valas se formaram na pista ao longo da rodovia.
O engenheiro do Departamento de Infraestrutura de Santa Catarina, o DEINFRA, Euclides Albuquerque declarou, em entrevista à Rádio Nova Líder AM 1470, que a camada asfáltica colocada na Avenida Caetano Natal Branco, entre Joaçaba e Luzerna, “durou o que tinha que durar”. Segundo Albuquerque, em outras rodovias do estado e do país, a durabilidade de uma camada asfáltica como a que foi instalada naquela rodovia não ultrapassa “dois ou três anos”, explicou.

A obra está sendo investigada pelo Ministério Público de Santa Catarina por meio de uma denúncia realizada pelo Prefeito de Luzerna Moisés Diersmann (PSD). O próximo passo do processo será a coleta do material asfáltico para análises em laboratórios. Sobre isso, Albuquerque afirmou que o DEINFRA cumpriu com todas as regras. “Todos os documentos solicitados já foram entregues, estamos aguardando as definições”, completou.





Problemas estão na base de sustentação da rodovia

Conforme o engenheiro, o principal problema da rodovia está na conservação do subsolo que apresenta sérios defeitos que refletem diretamente na manutenção da pavimentação. Perguntado sobre o que poderia ser feito para que a qualidade daquele asfalto fosse mantido, Albuquerque disse que “é necessário arrancar todas as camadas que estão na rodovia atualmente e, posteriormente, construir novos sistemas de drenagens profunda e superficial, além de drenos, bueiros e toda a infraestrutura necessária para suportar com qualidade uma camada asfáltica de uma espessura considerável”, explicou lembrando que “no trecho entre Tangará à Videira, está sendo colocada na rodovia uma camada asfáltica de 18cm”.

Manutenção é de responsabilidade das administrações municipais

Ainda na década de 1980, o trecho entre Joaçaba e Luzerna foi excluído do plano rodoviário estadual, ou seja, não faz mais parte da relação de rodovias que estão sob a responsabilidade do Governo do Estado. “Um exemplo disso foi que quando tivemos que realizar as obras de melhoria com recursos oriundos da esfera estadual, tivemos que solicitar uma licença nas Câmaras de Vereadores de Joaçaba e Luzerna para que a obra fosse realizada”, explicou o engenheiro.

Conforme Euclides Albuquerque, há um tempo atrás ele mesmo sugeriu que fosse criado um projeto municipal em cada cidade repassando ao Governo do Estado a responsabilidade da rodovia, “mas até agora nada aconteceu” completou.

Mais de R$ 12 milhões são necessários para uma revitalização completa da rodovia

“Para se construir uma rodovia de qualidade e com alta durabilidade são necessários mais de R$ 12 milhões, com cálculos estimados em uma variável de R$ 2 milhões e 500 para cada quilômetro de pavimentação instalado”, finalizou.


Fonte: http://www.ederluiz.com.vc