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Protesto de caminhoneiros já dura dois dias no Oeste do estado

Centenas de caminhoneiros passaram mais uma madrugada estacionados próximos ao trevo de São Miguel do Oeste, no entroncamento da BR-282 e SC 163. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o protesto começou no início da tarde desta quarta-feira e não tem previsão para terminar. Manifestante são contra o aumento dos combustíveis e pedem por melhores condições nas estradas.
Apenas veículos de passeio, oficiais e de transporte coletivo têm trânsito liberado. Por enquanto, caminhões com leite in natura e ração para aves e suínos também podem passar. Segundo Junior Bonora, caminhoneiro autônomo e um dos organizadores do protesto, os demais caminhoneiros que passam pelo local estão sendo convidados a participar da paralisação.
O movimento é independente, liderado por caminhoneiros autônomos da região. O presidente do Sindicato das Empresas de Transportes e Transportadores do Oeste e Meio Oeste Catarinense (SETCOM), Paulo Sermione, afirma que a organização não tem envolvimento com o protesto, mas apoia as reinvidicações.
O protesto
Bonora é de São Miguel do Oeste e afirma que a ideia da manifestação surgiu entre colegas. Por volta das 13h desta quarta-feira, eles estacionaram quatro caminhões no trevo e começaram a chamar caminhoneiros simpatizantes da causa. Bonora diz que só irão embora quando o governo atender às exigências. Há manifestações ocorrendo também em outros estados com bloqueios de rodovias.
O movimento conseguiu com a prefeitura de São Miguel do Oeste a liberação do Parque de Exposições Rineu Gransoto, ao lado da SC 163.
- Muitos caminhões estão indo para lá pois há estacionamento, banheiro e chuveiros - disse Vilmar Bonora, que é primo de Junior Bonora e também viaja o Brasil transportando cargas.
Ele afirmou que houve contato com deputados catarinenses para que levem o pleito dos motoristas até o governo federal. Bonora disse que o preço do frete já estava defasado, as rodovias estão péssimas e o aumento do combustível inviabiliza tanto os transportadores, como os funcionários e autônomos.
- O transporte faliu, está todo mundo no vermelho - afirmou Vilmar Bonora.
Ele explicou que o preço do diesel, que custava R$ 2,30 por litro em São Miguel do Oeste, passou para R$ 2,54, num aumento de 10%. Isso representa um acréscimo de R$ 240 para encher o tanque de uma carreta. Ele afirmou que a remuneração está em R$ 2 por quilômetro rodado e uma carreta faz apenas dois quilômetros por litro.
- Sobra menos de um real por quilômetro - disse.


Fonte: Diário Catarinense