Segundo Brandalise, devido ao bloqueio das rodovias pelos caminhoneiros, o recolhimento de leite e a distribuição do produto industrializado gira somente em cerca de 10%.
Esse percentual se dá onde não existe bloqueio de rodovias, pontos localizados muito próximo às indústrias diz Brandalise.
Ele pontua que nos estados do Rio Grande do Sul e Paraná, 100% do leite continua nas propriedades sem transporte para a indústria.
Comentou que já tem produtores rurais com leite estragando e o produto está sendo jogado fora. Brandalise destaca que a situação vem piorando a cada momento, com o aumento da adesão ao movimento de paralização, acarretando grandes prejuízos a produtores e indústrias de laticínios, principalmente nos três estados do sul do País.
Lembra que o leite é um produto perecível, em que o sistema garante no máximo dois dias sua conservação in natura.
Conclui dizendo que a planta da Tirol em Treze Tílias está operando em 10% de sua capacidade de produção, mas mesmo assim está mantendo as equipes de seus funcionários nos três turnos.
Já o presidente da Faesc, Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina, José Zeferino Pedrozo, compreende as razões econômicas que motivaram o movimento, mas alerta que as famílias rurais estão sendo profundamente prejudicadas e muitas terão prejuízos irrecuperáveis.
Pedrozo observa, que entidades do setor representativos do setor primário apoiam formalmente os grevistas, mas, por suprema incoerência ou insensibilidade, os produtores rurais são diretamente os mais prejudicados.
O presidente da Coopercentral Aurora, Mário Lanznaster, também diz que a situação é preocupante, salientando que os prejuízos são irreversíveis.
Segundo o presidente, quatro pontos da empresa sofreram interrupção na produção que são: Abelardo Luz, Xaxim, São Miguel do Oeste e Joaçaba. Na unidade de Jaçaba, os funcionários pertencentes ao TURNO B da Unidade de Joaçaba estão dispensados momentaneamente de suas atividades, até segundo comunicado.
Fonte: Rádio Tropical FM