Em nota emitida nesta segunda-feira, a empresa Reunidas rebateu a informação de que um de seus ônibus - que despencou de uma ribanceira e matou nove pessoas em Alfredo Wagner (SC) na madrugada de domingo - estava acima da velocidade permitida. O acidente ocorreu na BR-282, na serra catarinense. O tacógrafo do coletivo apontou 120 km/h no momento da queda, de acordo com a Rádio Gaúcha.
A Reunidas aguarda o resultado da análise do disco do tacógrafo e a liberação do ônibus para determinar a real velocidade na hora do acidente. Porém, garante que é possível afirmar que durante toda a viagem foi respeitado o limite de velocidade para a estrada.
"Três minutos antes do acidente houve uma redução na velocidade para 40 km/h por conta de sinalização indicativa desta velocidade, o que mostra que o motorista estava atento à velocidade permitida e que os freios responderam bem ao comando do condutor. No momento do acidente, a velocidade era de 73 km/h, informação inclusive ratificada por autoridade policial", disse a empresa.
Além disso, a Reunidas ressaltou, na nota, que mantém um rígido controle de manutenção de sua frota e que o ônibus acidentado estava dentro do prazo de validade, atendia legislação vigente e estava com todas as vistorias em dia.
"O horário de trabalho do motorista estava dentro da carga horária permitida por lei e havia sido cumprido o horário de intervalo determinado pela legislação. A empresa repudia informações inverídicas de que não cumpre a escala e os horários determinados pela legislação", conclui a nota.
Ônibus não poderia rodar pela estrada
O coletivo que matou nove pessoas em Alfredo Wagner não poderia circular pela BR-282. Conforme previsto na autorização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) concedida à empresa Reunidas para operação da linha de Posadas, na Argentina, com destino a Florianópolis, o trajeto deveria seguir pela BR-470.
Após Lages, o veículo deveria se deslocar para os municípios de Rio do Sul, Ascurra, Blumenau, Itajaí, Balneário Camboriú e, por fim, chegar a Florianópolis via BR-101.
A definição da rota é chamada de esquema operacional.
Conforme o coordenador nacional substituto de Fiscalização do Transporte Rodoviário de Passageiros da ANTT, Felipe da Silva Medeiros, a agência irá abrir um processo administrativo para verificar o porquê de o coletivo transitar pela rodovia não autorizada - e as punições pelo descumprimento vão desde multa até cassação da autorização do serviço.
Após a concessão de autorização pela ANTT, a empresa pode solicitar a alteração da rota e mudanças de pontos de parada. Porém, os coletivos só podem circular em outro trajeto mediante consentimento da agência. Segundo Medeiros, a Reunidas não havia pedido modificação na rota.
Após o acidente ocorrido na madrugada de domingo, uma equipe da ANTT se deslocou até Alfredo Wagner para verificar em quais condições aconteceu o acidente e coletar informações junto à Polícia Civil.
Conforme o advogado da Reunidas, Vinícius Marins, a empresa não irá se manifestar sobre questões técnicas neste momento.
- Ainda há nove passageiros internados e estamos com todo o nosso foco no atendimento às vítimas. Somente depois poderemos comentar outras questões - afirmou.
Fonte: Diário Catarinense
A Reunidas aguarda o resultado da análise do disco do tacógrafo e a liberação do ônibus para determinar a real velocidade na hora do acidente. Porém, garante que é possível afirmar que durante toda a viagem foi respeitado o limite de velocidade para a estrada.
"Três minutos antes do acidente houve uma redução na velocidade para 40 km/h por conta de sinalização indicativa desta velocidade, o que mostra que o motorista estava atento à velocidade permitida e que os freios responderam bem ao comando do condutor. No momento do acidente, a velocidade era de 73 km/h, informação inclusive ratificada por autoridade policial", disse a empresa.
Além disso, a Reunidas ressaltou, na nota, que mantém um rígido controle de manutenção de sua frota e que o ônibus acidentado estava dentro do prazo de validade, atendia legislação vigente e estava com todas as vistorias em dia.
"O horário de trabalho do motorista estava dentro da carga horária permitida por lei e havia sido cumprido o horário de intervalo determinado pela legislação. A empresa repudia informações inverídicas de que não cumpre a escala e os horários determinados pela legislação", conclui a nota.
Ônibus não poderia rodar pela estrada
O coletivo que matou nove pessoas em Alfredo Wagner não poderia circular pela BR-282. Conforme previsto na autorização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) concedida à empresa Reunidas para operação da linha de Posadas, na Argentina, com destino a Florianópolis, o trajeto deveria seguir pela BR-470.
Após Lages, o veículo deveria se deslocar para os municípios de Rio do Sul, Ascurra, Blumenau, Itajaí, Balneário Camboriú e, por fim, chegar a Florianópolis via BR-101.
A definição da rota é chamada de esquema operacional.
Conforme o coordenador nacional substituto de Fiscalização do Transporte Rodoviário de Passageiros da ANTT, Felipe da Silva Medeiros, a agência irá abrir um processo administrativo para verificar o porquê de o coletivo transitar pela rodovia não autorizada - e as punições pelo descumprimento vão desde multa até cassação da autorização do serviço.
Após a concessão de autorização pela ANTT, a empresa pode solicitar a alteração da rota e mudanças de pontos de parada. Porém, os coletivos só podem circular em outro trajeto mediante consentimento da agência. Segundo Medeiros, a Reunidas não havia pedido modificação na rota.
Após o acidente ocorrido na madrugada de domingo, uma equipe da ANTT se deslocou até Alfredo Wagner para verificar em quais condições aconteceu o acidente e coletar informações junto à Polícia Civil.
Conforme o advogado da Reunidas, Vinícius Marins, a empresa não irá se manifestar sobre questões técnicas neste momento.
- Ainda há nove passageiros internados e estamos com todo o nosso foco no atendimento às vítimas. Somente depois poderemos comentar outras questões - afirmou.
Fonte: Diário Catarinense