A maré alta enfrentada pelos pescadores às 15h30min desta terça-feira, quando eles deixavam lentamente o canal de acesso ao Complexo Portuário do Itajaí-Açu, após cerca de 30 horas de bloqueio, foi apenas o primeiro obstáculos que o setor pesqueiro terá que enfrentar daqui para frente. O Ministério do Meio Ambiente aceitou a participação da cadeia produtiva no grupo de trabalho formado junto ao Ministério da Pesca para reavaliar a lista de 475 espécies ameaçadas de extinção - publicadas na Portaria 445 em dezembro de 2014 - mas não a revogou, como era reivindicado.
Quinta-feira, os presidentes do Sindicato dos Armadores e da Indústria da Pesca de Itajaí e Região (Sindipi), Giovani Monteiro, e do Sindicato dos Pescadores Profissionais do Estado (Sitrapesca), Manoel Xavier de Maria, irão a Brasília para participar da primeira reunião do grupo de trabalho. Os representantes do setor pesqueiro pretendem brigar pela retirada de espécies que eles consideram não ameaçadas de extinção da lista do Ministério do Meio Ambiente. A relação contém cerca de 80 nomes.
- Queremos eliminar da lista o pescado que não tem problema de extinção, como batata, garoupa, viola e cação anjo, que a gente tem certeza que não estão em perigo. E, se acharmos que pode ter algum risco, reduzimos a classificação - afirma de Maria.
Conforme o presidente do Sindipi, caso a validade da portaria 445 permaneça, o volume pescado no Litoral Norte vai cair em 50%. Para que os pescadores concordassem em liberar o canal do Itajaí-Açu, o novo ministro da Pesca, Helder Barbalho, também se comprometeu, por meio de um documento assinado, a rever o funcionamento de benefícios como a aposentadoria e o seguro do defeso.
A terça-feira foi marcada pela tensão em Itajaí. Por duas vezes os pescadores impediram a travessia do ferryboat entre o município e Navegantes. A delegacia da Capitania dos Portos de Itajaí enviou duas lanchas para liberar o canal e manter as balsas funcionando.
À tarde, os trabalhadores voltaram a interromper a travessia. Dessa vez eles atracaram os barcos de pesca na rampa de acesso do ferryboat em Navegantes.
Os barcos envolvidos serão notificados por interromper o tráfego aquaviário. A multa nestes casos varia de R$ 40 a R$ 1,6 mil. O transatlântico Empress também ficou impedido de deixar o píer de Itajaí. No navio, 2.301 pessoas que estavam a bordo, entre passageiros e tripulantes, passaram o dia acompanhando as negociações sem poder deixar a embarcação.
Fonte: Diário Catarinense
Quinta-feira, os presidentes do Sindicato dos Armadores e da Indústria da Pesca de Itajaí e Região (Sindipi), Giovani Monteiro, e do Sindicato dos Pescadores Profissionais do Estado (Sitrapesca), Manoel Xavier de Maria, irão a Brasília para participar da primeira reunião do grupo de trabalho. Os representantes do setor pesqueiro pretendem brigar pela retirada de espécies que eles consideram não ameaçadas de extinção da lista do Ministério do Meio Ambiente. A relação contém cerca de 80 nomes.
- Queremos eliminar da lista o pescado que não tem problema de extinção, como batata, garoupa, viola e cação anjo, que a gente tem certeza que não estão em perigo. E, se acharmos que pode ter algum risco, reduzimos a classificação - afirma de Maria.
Conforme o presidente do Sindipi, caso a validade da portaria 445 permaneça, o volume pescado no Litoral Norte vai cair em 50%. Para que os pescadores concordassem em liberar o canal do Itajaí-Açu, o novo ministro da Pesca, Helder Barbalho, também se comprometeu, por meio de um documento assinado, a rever o funcionamento de benefícios como a aposentadoria e o seguro do defeso.
A terça-feira foi marcada pela tensão em Itajaí. Por duas vezes os pescadores impediram a travessia do ferryboat entre o município e Navegantes. A delegacia da Capitania dos Portos de Itajaí enviou duas lanchas para liberar o canal e manter as balsas funcionando.
À tarde, os trabalhadores voltaram a interromper a travessia. Dessa vez eles atracaram os barcos de pesca na rampa de acesso do ferryboat em Navegantes.
Os barcos envolvidos serão notificados por interromper o tráfego aquaviário. A multa nestes casos varia de R$ 40 a R$ 1,6 mil. O transatlântico Empress também ficou impedido de deixar o píer de Itajaí. No navio, 2.301 pessoas que estavam a bordo, entre passageiros e tripulantes, passaram o dia acompanhando as negociações sem poder deixar a embarcação.
Fonte: Diário Catarinense