(Fotos: Ricardo Silva) |
A Polícia Militar auxiliou na tarde desta sexta-feira, 16, dois Oficiais de Justiça de Campos Novos na reintegração de posse na estrada de acesso ao Canteiro de Obras da UHE São Roque em Vargem, bloqueada desde a tarde da última quarta-feira (14) por aproximadamente 150 famílias. O movimento exigia maior rapidez do processo de indenização das propriedades.
O grupo estava acampado á oito quilômetros do canteiro de obras, onde montou barracas em um terreno particular e uma corda servia como bloqueio ao acesso para o canteiro de obras da Usina.
Policiais de Campos Novos, Zortéa, Brunópolis, Vargem, Capinzal, Herval d´Oeste, sob o comando do Tenente Pedroso, de Campos Novos, acompanharam as negociações, que a principio estavam tensas já que os atingidos tentaram expor os motivos que os levaram ao fechamento do acesso.
Após alguns minutos de conversa os manifestantes acataram a ordem judicial e retiraram a corda e as máquinas que estavam servindo como barreira. A Policia acompanhou um grupo de atingidos até o escritório central da empresa São Roque Energética S.A, localizada na área central do município de Vargem, onde os manifestantes conversaram com o engenheiro Celso Miranda e agendaram uma reunião para o próximo dia 20 ás 15 horas em Joaçaba, encontro que contará com representantes do Ministério Público Estadual para que os atingidos façam seus pedidos, que segundo Celso, são os mesmos reivindicados desde o inicio das obras da usina.
Carlos Küster, um dos representantes dos atingidos, disse que: “A manifestação se fez necessária para que eles pudessem ser ouvidos já que pelos meios legais não tiveram resultado positivo”. A principal reclamação dos atingidos é com relação aos valores das indenizações oferecidas pela empresa, que segundo Carlos, está abaixo dos preços praticados atualmente no mercado. Foi descartada temporariamente uma nova manifestação pelos lideres do movimento, que dizem não possuir qualquer tipo de envolvimento com o MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens), tratam-se de famílias que estão apenas buscando seus direitos.
Texto: Ricardo Silva