A cadeia florestal catarinense comemora a transferência da gestão da política agrícola para florestas plantadas ao Ministério da Agricultura e Pecuária, estabelecida no decreto 8.375, publicado em dezembro. Para a Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), a medida vai aumentar o potencial de desenvolvimento da atividade no Estado e no País. Anteriormente, a gestão estava concentrada prioritariamente na área de meio ambiente do governo.
“Ainda que esteja presente o componente ecológico, este é um tema fundamentalmente de agricultura e economia”, afirma o presidente da FIESC, Glauco José Côrte. Para a Federação, uma árvore plantada com a finalidade econômica tem que ser vista como tal e ser percebida com a mesma lógica de uma plantação de café, por exemplo, por ser uma cultura. Isso porque são produzidas para se transformar em matéria-prima para itens como móveis, na construção civil, ou mesmo para a produção de energia.
Na avaliação da FIESC, a transferência pode representar redução da burocracia, ampliar o conhecimento e a estrutura à disposição, além de conferir maior agilidade nas respostas às questões ligadas à cadeia florestal. “Isso tem importância especial em Santa Catarina, onde o segmento é um dos mais representativos na indústria e onde as condições climáticas conferem competitividade singular ao segmento, que agora é potencializado”, diz Côrte.
A cadeia florestal catarinense tem 5,8 mil estabelecimentos e emprega 89 mil trabalhadores. A atividade representa 13% dos empregos e 10,5% de participação na indústria de transformação do Estado. As exportações do setor em 2013 somaram US$ 864 milhões, sendo 9,3% dos embarques catarinenses. O Estado é o maior exportador do Brasil de portas de madeira e de papel e cartão “kraftliner”.
A área plantada de pinus no Estado corresponde a 540,5 mil hectares, a segunda maior do País. A plantação de eucalipto é de 107,3 mil hectares, a décima maior do Brasil. Dados do anuário 2014 da Associação Catarinense de Empresas Florestais (ACR) mostram que a produtividade da cultura do pinus em Santa Catarina é considerada referência mundial: 40% acima da média nacional, 60% superior à média da América Latina e 100% superior aos Estados Unidos. Em 2013, o valor bruto da produção do segmento de silvicultura no Estado foi R$ 1,63 bilhão, o quarto maior do Brasil.
No país, o setor de árvores plantadas é responsável por cerca de 4,5 milhões de empregos diretos, indiretos, e resultantes do efeito-renda. São 7,6 milhões de hectares de árvores plantadas de eucalipto, pinus e demais espécies (acácia, araucária, paricá e teca). As árvores plantadas absorvem 1,67 bilhão de toneladas de gás carbônico da atmosfera. Cerca de 60% dos plantios são certificados. As informações são da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá).
O vice-presidente regional Centro-Norte, Gilberto Seleme, lembra que está é uma bandeira antiga da FIESC na defesa do segmento florestal. “Não podemos comparar uma floresta do Sul com uma do Norte do país. Aqui no Sul as essenciais em extinção já são respeitadas, então o pinus e eucalipto seriam as essências que temos que plantar para ter uma atividade industrial contínua”, acrescenta Seleme.
Angela Cardoso
Jornalista/ Assessora de Imprensa
Registro de Jornalista nº 2863/SC
“Ainda que esteja presente o componente ecológico, este é um tema fundamentalmente de agricultura e economia”, afirma o presidente da FIESC, Glauco José Côrte. Para a Federação, uma árvore plantada com a finalidade econômica tem que ser vista como tal e ser percebida com a mesma lógica de uma plantação de café, por exemplo, por ser uma cultura. Isso porque são produzidas para se transformar em matéria-prima para itens como móveis, na construção civil, ou mesmo para a produção de energia.
Na avaliação da FIESC, a transferência pode representar redução da burocracia, ampliar o conhecimento e a estrutura à disposição, além de conferir maior agilidade nas respostas às questões ligadas à cadeia florestal. “Isso tem importância especial em Santa Catarina, onde o segmento é um dos mais representativos na indústria e onde as condições climáticas conferem competitividade singular ao segmento, que agora é potencializado”, diz Côrte.
A cadeia florestal catarinense tem 5,8 mil estabelecimentos e emprega 89 mil trabalhadores. A atividade representa 13% dos empregos e 10,5% de participação na indústria de transformação do Estado. As exportações do setor em 2013 somaram US$ 864 milhões, sendo 9,3% dos embarques catarinenses. O Estado é o maior exportador do Brasil de portas de madeira e de papel e cartão “kraftliner”.
A área plantada de pinus no Estado corresponde a 540,5 mil hectares, a segunda maior do País. A plantação de eucalipto é de 107,3 mil hectares, a décima maior do Brasil. Dados do anuário 2014 da Associação Catarinense de Empresas Florestais (ACR) mostram que a produtividade da cultura do pinus em Santa Catarina é considerada referência mundial: 40% acima da média nacional, 60% superior à média da América Latina e 100% superior aos Estados Unidos. Em 2013, o valor bruto da produção do segmento de silvicultura no Estado foi R$ 1,63 bilhão, o quarto maior do Brasil.
No país, o setor de árvores plantadas é responsável por cerca de 4,5 milhões de empregos diretos, indiretos, e resultantes do efeito-renda. São 7,6 milhões de hectares de árvores plantadas de eucalipto, pinus e demais espécies (acácia, araucária, paricá e teca). As árvores plantadas absorvem 1,67 bilhão de toneladas de gás carbônico da atmosfera. Cerca de 60% dos plantios são certificados. As informações são da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá).
O vice-presidente regional Centro-Norte, Gilberto Seleme, lembra que está é uma bandeira antiga da FIESC na defesa do segmento florestal. “Não podemos comparar uma floresta do Sul com uma do Norte do país. Aqui no Sul as essenciais em extinção já são respeitadas, então o pinus e eucalipto seriam as essências que temos que plantar para ter uma atividade industrial contínua”, acrescenta Seleme.
Angela Cardoso
Jornalista/ Assessora de Imprensa
Registro de Jornalista nº 2863/SC