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Regional de Saúde confirma morte por Hantavirose em Joaçaba

Outros três casos suspeitos estão sendo investigados em Luzerna e Água Doce

 Os profissionais da Gerência Regional de Saúde com sede em Joaçaba estão em estado de alerta investigando casos suspeitos de Hantavirose que surgiram nos últimos dois meses nos municípios de Joaçaba, Capinzal, Jaborá, Água Doce e Luzerna. Uma jovem de Joaçaba, de 21 anos, morreu e os exames que ficaram prontos esta semana confirmaram que ela foi contaminada pelo vírus. Outros três pacientes de Capinzal, Água Doce e Luzerna, que também foram a óbito, desenvolveram sintomas compatíveis com a doença. Amostras de sangue foram coletadas e encaminhadas para exame no Rio de Janeiro. Os resultados deverão ser conhecidos em 15 dias. O último óbito, de um homem de 47 anos, aconteceu na manhã desta terça-feira (16) envolvendo um agricultor de Luzerna.

  A enfermeira da Gerência Regional de Saúde, Clecí Lucini, destaca que os casos estão sendo investigados. “É importante que todas as pessoas que trabalhem na agricultura que antes de mexer com o material dos galpões e porões, 20 minutos antes, pulverize água com kiboa e abram as janelas e portas e deixar ventilar pois a doença se contrai por aspiração do resíduo do vírus que fica na urina do rato quando vai varrer levanta este resíduo” explica  ela.

  A preocupação é que a doença evoluiu de forma muita rápida. A enfermeira da Gerência de Saúde informou que será mantido contato com o Ministério da Saúde com objetivo de identificação da CEPa que a princípio é agressiva. Só em Luzerna são 3 casos suspeitos. O município está visitando todas as propriedades e orientando a população. “O diagnóstico rápido pode ser crucial, geralmente começa com gripe e logo atinge o pulmão” informa ela.

HANTAVIROSE

A Hantavirose é uma enfermidade aguda, bastante grave, que encontra-se nas fezes, urina e saliva de roedores silvestres. Na maior parte dos casos, a transmissão para o homem se dá em ambientes fechados pela inalação de aerossóis provenientes das secreções e excretas dos hospedeiros, que funcionam como reservatórios do vírus. Ela pode também ocorrer pelo contato direto com esse material infectado ou através de ferimentos na pele, assim como pela ingestão de água ou alimentos contaminados. Embora menos frequente, mordeduras desses animais são outra forma possível de contágio.

Por Marcelo Santos


Fonte: Rádio Catarinense