Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira aponta que situações de violência ou de controle em relacionamentos ainda são comuns entre as jovens brasileiras. Realizado pelo Instituto Avon e Data Popular, o levantamento "Violência contra a mulher: o jovem está ligado?" ouviu 2.046 pessoas, entre 16 e 24 anos, nas cinco regiões do país. Eles responderam um questionário online sobre temas como relacionamentos afetivos, relacionamentos virtuais, sexualidade, Lei Maria da Penha e violência nos relacionamentos.
O estudo trouxe relatos de atitudes violentas nos relacionamentos que, na maioria das vezes, não são percebidas como tal pelos jovens. Em pergunta espontânea, apenas 4% dos homens afirmam ter tomado alguma atitude violenta com a namorada ou esposa e 8% das mulheres admitem terem sofrido algum tipo de agressão.
No entanto, quando a questão lista os comportamentos agressivos, os números aumentam significativamente: 66% das mulheres admitem terem passado por algum deles e 55% dos homem afirmam ter praticado. Entre as atitudes listadas estão: xingar, empurrar, ameaçar, dar um tapa, impedir de sair de casa, proibir de sair à noite, impedir de usar determinada roupa, humilhar em público, dar um soco, obrigar a ter relação sexual sem vontade, ameaçar com arma, entre outras.
O ambiente considerado machista também apareceu em dados relacionados a locais públicos: 68% das mulheres disseram já ter levado uma cantada ofensiva; 44% foram tocadas/assediadas por homens em baladas ou festas; 31% foram assediadas fisicamente em transporte público.
Sobre sexualidade, destaque para o dado de que 37% das mulheres já tiveram relações sexuais sem camisinha por insistência do parceiro. A pesquisa mostrou, ainda, que 76% dos jovens (homens e mulheres) acham incorreto que a mulher tenha vários ficantes ou casinhos e 38% concordam que a mulher que tem relações sexuais com vários homens "não é para namorar."
Quando o assunto é a família, 43% dos jovens disseram já ter visto a mãe ser agredida pelo parceiro e 47% deles dizem que interferiram em defesa da mãe. E esse comportamento violento muitas vezes é aprendido em casa: entre os homens que vivenciaram a violência em sua família, 64% praticaram algum tipo de agressão a alguma companheira. Entre os que não presenciaram, 47%.
- No ano passado ouvimos os homens sobre violência contra a mulher. Agora conhecemos a percepção dos jovens, homens e mulheres, sobre o tema e percebemos que o mundo virtual em que eles vivem facilita muito o controle violento. As pesquisas têm sempre como objetivo estimular o debate - diz Lírio Cipriani, diretor executivo do Instituto Avon.
Importante meio de relacionamento entre os jovens, o universo virtual, com o avanço das redes sociais, facilita conversas mas também cria ferramentas de controle entre parceiros, criando a chamada 'cyber violência'. De invasão de privacidade ao compartilhamento de fotos sem autorização, são dados importantes da pesquisa: 51% das mulheres admitem que deram sua senha de celular para o parceiro e 46% compartilharam com o parceiro a senha do Facebook.
Por exigência do parceiro, 19% dos jovens (homens e mulheres) já tiveram que excluir um amigo de uma rede social e 17% tiveram que parar de conversar com um amigo virtualmente. Sobre imagens compartilhadas, 32% das mulheres e 41% dos homens receberam imagens/vídeos de mulheres nuas conhecidas. Se a imagem é de alguém que eles não conhecem, os números sobem pouco: 47% das mulheres e 59% dos homens.
Fonte: Rádio Videira AM
O estudo trouxe relatos de atitudes violentas nos relacionamentos que, na maioria das vezes, não são percebidas como tal pelos jovens. Em pergunta espontânea, apenas 4% dos homens afirmam ter tomado alguma atitude violenta com a namorada ou esposa e 8% das mulheres admitem terem sofrido algum tipo de agressão.
No entanto, quando a questão lista os comportamentos agressivos, os números aumentam significativamente: 66% das mulheres admitem terem passado por algum deles e 55% dos homem afirmam ter praticado. Entre as atitudes listadas estão: xingar, empurrar, ameaçar, dar um tapa, impedir de sair de casa, proibir de sair à noite, impedir de usar determinada roupa, humilhar em público, dar um soco, obrigar a ter relação sexual sem vontade, ameaçar com arma, entre outras.
O ambiente considerado machista também apareceu em dados relacionados a locais públicos: 68% das mulheres disseram já ter levado uma cantada ofensiva; 44% foram tocadas/assediadas por homens em baladas ou festas; 31% foram assediadas fisicamente em transporte público.
Sobre sexualidade, destaque para o dado de que 37% das mulheres já tiveram relações sexuais sem camisinha por insistência do parceiro. A pesquisa mostrou, ainda, que 76% dos jovens (homens e mulheres) acham incorreto que a mulher tenha vários ficantes ou casinhos e 38% concordam que a mulher que tem relações sexuais com vários homens "não é para namorar."
Quando o assunto é a família, 43% dos jovens disseram já ter visto a mãe ser agredida pelo parceiro e 47% deles dizem que interferiram em defesa da mãe. E esse comportamento violento muitas vezes é aprendido em casa: entre os homens que vivenciaram a violência em sua família, 64% praticaram algum tipo de agressão a alguma companheira. Entre os que não presenciaram, 47%.
- No ano passado ouvimos os homens sobre violência contra a mulher. Agora conhecemos a percepção dos jovens, homens e mulheres, sobre o tema e percebemos que o mundo virtual em que eles vivem facilita muito o controle violento. As pesquisas têm sempre como objetivo estimular o debate - diz Lírio Cipriani, diretor executivo do Instituto Avon.
Importante meio de relacionamento entre os jovens, o universo virtual, com o avanço das redes sociais, facilita conversas mas também cria ferramentas de controle entre parceiros, criando a chamada 'cyber violência'. De invasão de privacidade ao compartilhamento de fotos sem autorização, são dados importantes da pesquisa: 51% das mulheres admitem que deram sua senha de celular para o parceiro e 46% compartilharam com o parceiro a senha do Facebook.
Por exigência do parceiro, 19% dos jovens (homens e mulheres) já tiveram que excluir um amigo de uma rede social e 17% tiveram que parar de conversar com um amigo virtualmente. Sobre imagens compartilhadas, 32% das mulheres e 41% dos homens receberam imagens/vídeos de mulheres nuas conhecidas. Se a imagem é de alguém que eles não conhecem, os números sobem pouco: 47% das mulheres e 59% dos homens.
Fonte: Rádio Videira AM