Planejamento em longo prazo para atender a população que está cada vez mais velha. Esse deveria ser uma das prioridades de órgãos públicos e privados, mas o assunto ainda não é tratado com a profundidade de que necessita.
As estatísticas indicam que a população brasileira de idosos está aumentando e, em contrapartida, a de crianças e adolescentes diminuindo. Em Joaçaba, as pessoas com mais de 60 anos em 1980 era 6% da população e a de crianças de até 10 anos chegava a 22%. Em 1981, o percentual de idosos subiu para 7,6% e a de crianças caiu para 20,12%. Na década seguinte, no ano 2000, os habitantes do município com mais de 60 anos chegava a 9,53% e os com até 10 anos alcançava 16,66%. No último Censo do IBGE, de 2010, os dois grupos se encontraram, são 12% tanto para pessoas com mais de 60 anos quanto para os que têm até 10 anos.
Um dos símbolos da longevidade em Joaçaba é o aposentado Raul Anastácio Pereira, que neste ano completou 98 anos. O filho dele, Antônio Carlos Pereira, o Bolinha, ressalta que a construção de novas calçadas em Joaçaba facilitou um pouco para as pessoas de mais idade, mas que a acessibilidade ainda deixa a desejar em edifícios tanto públicos como privados.
Uma das reclamações é a falta de um local para que as famílias deixem os idosos ao longo do dia. Bolinha diz que um grupo de pessoas tem trabalhado para o que o antigo Lar das Meninas, que foi fechado por ordem da Justiça, seja readequado para ser um lar de idosos, mas até hoje não obteve resposta para que essa adequação aconteça.
A assistente social Maristela Rosa Abatti Schüler, vice-presidente do Colegiado de Assistência Social da Ammoc (Associação dos Municípios do Meio-Oeste Catarinense), diz que as políticas públicas para o idoso devem ser planejadas de forma mais abrangente, envolvendo áreas como saúde, lazer e trabalho.
Ela lembra que muitas pessoas decidiram morar sozinhas ao longo da vida, sem casar ou ter filhos, e que na velhice terão que ter um local para que possam receber os cuidados quando não forem mais capaz de viverem sós. Outras necessidades serão os chamados centros-dia, espécie de creches para idosos, onde eles permanecerão durante todo o dia enquanto os familiares estão trabalhando. Esse tipo de instituição não existe na região.
Joaçaba tem um projeto do governo do Estado para construção de um centro em Joaçaba que atenda os idosos durante o dia, mas ainda não existe nenhuma garantia porque requer recursos e precisa da parceria do governo federal. Caso o projeto se concretize, irá atender a demanda da região.
Maristela lembra que além de um maior grupo de pessoas estarem chegando à terceira idade, os idosos estão vivendo mais hoje devido a vacinas, melhores tratamento de saúde e qualidade de vida.
Em 2010, 11,42% da população de Joaçaba estavam na faixa entre 50 e 59 anos e irão chegar à terceira idade ainda nesta década. Já aqueles com idade entre 40 e 49 anos chegavam a 15,35% da população local.
A falta de planejamento ocorre até mesmo nas eleições. Bolinha lembra que no último pleito teve que subir escadas com a esposa e o pai para votar.
Lazer
Em Joaçaba existe o Centro de Referência da Melhor Idade, mas o local só oferece serviços de recreação como aulas de hidroginástica, ginástica, dança, pintura, artesanato, entre outros. Pessoas que necessitam de cuidados médicos não são recebidas pelo Centro, pois um dos objetivos da instituição é propiciar o bem-estar físico e social para a população acima de 60 anos.
Atualmente o município conta com mais de 1.300 idosos que participam dos grupos de melhor idade e também do Centro de Referência da Melhor Idade.
Texto – Nei Pereira
Fonte: http://www.ederluiz.com.vc
As estatísticas indicam que a população brasileira de idosos está aumentando e, em contrapartida, a de crianças e adolescentes diminuindo. Em Joaçaba, as pessoas com mais de 60 anos em 1980 era 6% da população e a de crianças de até 10 anos chegava a 22%. Em 1981, o percentual de idosos subiu para 7,6% e a de crianças caiu para 20,12%. Na década seguinte, no ano 2000, os habitantes do município com mais de 60 anos chegava a 9,53% e os com até 10 anos alcançava 16,66%. No último Censo do IBGE, de 2010, os dois grupos se encontraram, são 12% tanto para pessoas com mais de 60 anos quanto para os que têm até 10 anos.
Um dos símbolos da longevidade em Joaçaba é o aposentado Raul Anastácio Pereira, que neste ano completou 98 anos. O filho dele, Antônio Carlos Pereira, o Bolinha, ressalta que a construção de novas calçadas em Joaçaba facilitou um pouco para as pessoas de mais idade, mas que a acessibilidade ainda deixa a desejar em edifícios tanto públicos como privados.
Uma das reclamações é a falta de um local para que as famílias deixem os idosos ao longo do dia. Bolinha diz que um grupo de pessoas tem trabalhado para o que o antigo Lar das Meninas, que foi fechado por ordem da Justiça, seja readequado para ser um lar de idosos, mas até hoje não obteve resposta para que essa adequação aconteça.
A assistente social Maristela Rosa Abatti Schüler, vice-presidente do Colegiado de Assistência Social da Ammoc (Associação dos Municípios do Meio-Oeste Catarinense), diz que as políticas públicas para o idoso devem ser planejadas de forma mais abrangente, envolvendo áreas como saúde, lazer e trabalho.
Ela lembra que muitas pessoas decidiram morar sozinhas ao longo da vida, sem casar ou ter filhos, e que na velhice terão que ter um local para que possam receber os cuidados quando não forem mais capaz de viverem sós. Outras necessidades serão os chamados centros-dia, espécie de creches para idosos, onde eles permanecerão durante todo o dia enquanto os familiares estão trabalhando. Esse tipo de instituição não existe na região.
Joaçaba tem um projeto do governo do Estado para construção de um centro em Joaçaba que atenda os idosos durante o dia, mas ainda não existe nenhuma garantia porque requer recursos e precisa da parceria do governo federal. Caso o projeto se concretize, irá atender a demanda da região.
Maristela lembra que além de um maior grupo de pessoas estarem chegando à terceira idade, os idosos estão vivendo mais hoje devido a vacinas, melhores tratamento de saúde e qualidade de vida.
Em 2010, 11,42% da população de Joaçaba estavam na faixa entre 50 e 59 anos e irão chegar à terceira idade ainda nesta década. Já aqueles com idade entre 40 e 49 anos chegavam a 15,35% da população local.
A falta de planejamento ocorre até mesmo nas eleições. Bolinha lembra que no último pleito teve que subir escadas com a esposa e o pai para votar.
Lazer
Em Joaçaba existe o Centro de Referência da Melhor Idade, mas o local só oferece serviços de recreação como aulas de hidroginástica, ginástica, dança, pintura, artesanato, entre outros. Pessoas que necessitam de cuidados médicos não são recebidas pelo Centro, pois um dos objetivos da instituição é propiciar o bem-estar físico e social para a população acima de 60 anos.
Atualmente o município conta com mais de 1.300 idosos que participam dos grupos de melhor idade e também do Centro de Referência da Melhor Idade.
Texto – Nei Pereira
Fonte: http://www.ederluiz.com.vc