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Fundo Estadual de Sanidade Animal é destaque na V Conferência Nacional de Defesa Agropecuária

O Fundo Estadual de Sanidade Animal (Fundesa) será destaque na V Conferência Nacional de Defesa Agropecuária (CNDA). O trabalho científico elaborado pela Diretoria de Qualidade e Defesa Agropecuária da Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca com o tema “Fundo Estadual de Sanidade Animal como ferramenta para o controle de brucelose e tuberculose bovina e bubalina em Santa Catarina” foi um dos oito selecionados pela organização do evento para apresentação oral. A V CNDA acontece entre os dias 25 e 28 de novembro, em Florianópolis, e espera reunir mais de 1.500 participantes para discutir os rumos da defesa agropecuária no Brasil.

O trabalho sobre o Fundesa será apresentado na quarta-feira (26), às 15h, pelo diretor de Qualidade e Defesa Agropecuária, Roni Barbosa. O Fundo faz parte da política de defesa sanitária da Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca e tem por objetivo indenizar os proprietários dos animais que, para não contaminar o restante do rebanho saudável, precisaram ser sacrificados. São indenizados proprietários de aves, equínos e bovinos. 

O secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Airton Spies, explica que o Fundo Estadual de Sanidade Animal apoia ainda as ações emergenciais de combate às doenças que põem em risco a produção animal de Santa Catarina. “O pagamento faz parte de uma ação continuada do serviço de defesa agropecuária do estado e a maioria dos animais abatidos foram testados como positivos para brucelose, tuberculose ou anemia infecciosa”, explica. 

Santa Catarina é o único estado do país que indeniza integralmente os produtores pelo abate sanitário de animais. O Fundesa foi criado em 2004 e tem como fonte de receita a taxa de vigilância sanitária animal e recursos do Governo do Estado. Com a indenização aos produtores, o Fundo possibilita a aquisição de animais sadios para a continuidade da produção de carne e leite, além de evitar a transmissão de enfermidades para outros animais, para as famílias rurais que trabalham diretamente na atividade, assim como para os consumidores dos alimentos de origem animal. Os valores pagos pelos animais são calculados com base no preço que os frigoríficos pagam pelo abate de animais sadios. 

O secretário Spies lembra até 2017, a Secretaria da Agricultura e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) pretendem controlar a brucelose no rebanho catarinense e atingir uma incidência da doença inferior a 0,2% do rebanho. Com esse índice, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) considera que a doença está controlada no estado. “Nosso maior objetivo é preparar Santa Catarina para se tornar um grande exportador de produtos lácteos, e para isso as propriedades devem ser reconhecidas como livres de brucelose”, afirma Spies.

A tuberculose e a brucelose, além de prejudicarem a produção de carne e leite, podem ser transmitidas às pessoas que convivem com os animais e também para os consumidores de seus produtos, quando não inspecionados. Para o acompanhamento da realização dos exames de diagnóstico e demais procedimentos para o abate sanitário dos animais acometidos por estas doenças, os médicos veterinários da Cidasc atuam em todos os municípios catarinenses. 

Hoje, Santa Catarina já é reconhecida pela OIE como área livre de febre aftosa sem vacinação o que foi fundamental para a conquista de mercados competitivos para carne suína, como Japão, China e Chile, com perspectivas de exportação também para a Coréia do Sul e Estados Unidos.

Conferência Nacional de Defesa Agropecuária

A V Conferência Nacional de Defesa Agropecuária terá como tema a “Defesa agropecuária a serviço de um estado de excelência”. A escolha de Santa Catarina como sede do evento se deu, entre outros motivos, devido ao status sanitário diferenciado de área livre de febre aftosa sem vacinação reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). 

De acordo com o presidente da comissão organizadora do evento, Enori Barbieri, a defesa agropecuária desempenha um relevante papel na ampliação do comércio exterior brasileiro e precisa ser debatida de forma integrada e multidisciplinar. “O status sanitário de Santa Catarina é referência nacional. Ter essa excelência em defesa representa uma oportunidade de negócios para os estados e para o país. A abertura de novos e exigentes mercados para os produtos catarinenses são prova disso. A defesa agropecuária pode e deve ser tratada como uma questão de segurança nacional por conta de sua importância em relação à economia do Brasil”. 

Um dos temas em destaque da Conferência será a discussão sobre as estratégias para a certificação internacional da zona livre de Peste Suína Clássica (PSC) no Brasil, que a partir do ano que vem passará a ser realizada pela OIE. O reconhecimento do organismo internacional vai facilitar o acesso ou manutenção de mercados mundiais mais exigentes especialmente para Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná, que representarem juntos cerca de 70% das exportações da carne suína brasileira. 

A Conferência Nacional de Defesa Agropecuária será realizada pela Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária, Secretaria da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina, Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (Icasa). 


Ana Ceron
Assessoria de Imprensa
Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca