Notícias do Novo Tílias News

Casais heterossexuais são maioria com HIV em Joaçaba

Ao contrário do que muitos imaginam, o número de infectados entre os homossexuais e profissionais do sexo é menor do que entre os casais heterossexuais.
Sulany Welter, coordenadora do Programa DST/AIDS em Joaçaba.

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) ou Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) é uma doença sexualmente transmissível que ataca o sistema imunológico devido à destruição dos glóbulos brancos (linfócitos T CD4+). A transmissão dá-se através do contato com sangue, esperma e secreção vaginal, pelo leite materno e transfusão de sangue contaminado.

De acordo com Sulany Welter, coordenadora do Programa DST/AIDS (Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids) do município de Joaçaba/SC o HIV hoje no país, já é considerado uma pandemia.

Ela esclarece que o Ministério da Saúde, tem incentivado o diagnóstico precoce, através de exames que são oferecidos gratuitamente na rede pública de saúde. Qualquer unidade de saúde de Joaçaba está autorizada todos os dias, a fazer a coleta de sangue e encaminhar para o laboratório credenciado que realiza os exames.

Sete unidades de saúde do município já disponibilizam para gestantes e indivíduos que tiveram algum comportamento de risco, o teste rápido que sai em cerca de 15 minutos. Durante o teste, além do exame de HIV, são feitos os de hepatite B e C e o de Sífilis.

O HIV em números em Joaçaba

Em relação ao número de indivíduos acompanhados pelo programa DST/AIDS de Joaçaba, Sulany ressalta que o ambulatório é regional e atende pacientes de outros municípios. Atualmente 165 pacientes estão sendo acompanhados pelo ambulatório. 60% destes pertencem ao município de Joaçaba sendo, os outros, de cidades compreendidas pela região da AMMOC.

Dos 165 pacientes, 88 deles são homens e 77 são mulheres. A faixa etária com maior número de acometidos pela doença é a de indivíduos entre 24 e 48 anos de idade. Porém, existem 11 casos de adolescentes e 7% dos atendidos correspondem a indivíduos acima de 60 anos.

Outro número repassado pela coordenadora do programa é que a maior parte dos pacientes é composta por heterossexuais com relacionamento estável, entre eles, muitos casados. Outro dado interessante é que a contaminação entre as profissionais do sexo é considerada extremamente baixa (dois casos) visto que as mesmas se conscientizaram sobre o uso do preservativo, além de realizarem o exame a cada três ou quatro meses. Entre os homossexuais, ela alerta que o número tem aumentado nos dois últimos anos.

Sulany informa que a maioria dos pacientes leva uma vida considerada normal, estão inseridos na sociedade e no mercado de trabalho. Ela também salienta que através de campanhas, a população possui informações sobre as DSTs, porém o que falta é conscientização.

Fonte: http://www.ederluiz.com.vc