Uma situação incomoda está sendo registrada em uma creche de Joaçaba e mobilizou o Corpo de Bombeiros nesta manhã. O fato também é inusitado e foi registrado na Vila Pedrini. Urubus que estão vivendo na cobertura da Creche Tempo de Aprender estouraram os canos da caixa d´água que abastece o imóvel e houve alagamento na parte onde fica a biblioteca. O problema maior foi quando funcionários de uma empresa tentaram fazer o conserto e deram de cara com dois filhotes e a mãe. As aves avançavam contra quem tentava chegar perto e por isso o conserto levou quase toda a manhã. A mãe urubu teve acesso ao local onde botou os ovos por que não existe uma tela ou porta que impeça a entrada.
A direção entrou em contato com a Polícia Militar Ambiental e com o Corpo de Bombeiros para saber que providências adotar e até mesmo para saber se os urubus poderiam ser retirados. A reposta foi que diante da lei ambiental não é possível fazer nada contra os bichos, mesmo eles estando em um imóvel onde existem crianças. A situação gerou preocupação e no final da manhã o Corpo de Bombeiros enviou uma equipe para verificar. Com o uso de uma escada os bombeiros chegaram até o local onde o ninho foi feito. Após verificar as condições foi reafirmada a informação que não é possível retirar os animais. “Nós não vamos retirá-los em função do porte que eles já tem, por que em no máximo em 15 ou 30 dias já estarão voando e deixam o local. Se nós retirarmos eles do contato com a mãe e não colocarmos em local adequado vão morrer e ai sim nós estaremos cometendo um crime ambiental”. Disse o Tenente Lazarin, que acompanhou a verificação.
Ainda segundo o tenente, os animais não oferecem risco as crianças por que estão em uma área isolada e não tem acesso onde as pessoas circulam na creche. “Eles não apresentam risco por que a caixa d´água é vedada”.
Os bombeiros orientaram que assim que as aves deixem o local seja feita a vedação da porta que está aberta, para evitar novas invasões.
No ano passado o Portal Éder Luiz publicou uma reportagem mostrando o conflito entre urubus e a comunidade. Clique aqui e confira a opinião de uma bióloga sobre o assunto.