Produtores de tomate de Caçador e região iniciaram os preparativos para o plantio da safra 2015.
O cultivo começou na primeira quinzena de outubro e deve se estender até o final de novembro. O período regional de colheita está previsto para o final de dezembro, seguindo até meados de fevereiro, mês que aumenta a oferta do tomate em todo o país, principalmente com o pico de colheita nos Estados de Goiás e São Paulo, os maiores produtores brasileiros.
Atualmente o município é o principal produtor do fruto em Santa Catarina - e o Estado é o sétimo em volume no país. No começo da década passada, Caçador foi considerado o maior produtor da região sul do Brasil, quando chegou a produzir 20 milhões de pés.
Para o produtor Osmar Sorgatto, que hoje se dedica ao cultivo de outras hortaliças, os motivos para redução da produção estão relacionados, as dificuldades de mão de obra, doenças de solo e principalmente, ao alto preço dos insumos, que deixaram os produtores cautelosos na hora da plantação.
- Tomate é uma cultura de alto risco, hoje o custo hectare está em R$ 50 mil - diz o agricultor.
De acordo com dados do IBGE, no ano passado foram produzidos na região cerca de 50 mil toneladas. Com menos gente plantando em 2013, a produção despencou e o preço foi às alturas. Para este ano a expectativa é que sejam plantados em torno de 11 milhões de pés, espalhados em 1000 hectares de Caçador e região.
Atualmente cerca de 400 propriedades do município trabalham com o plantio do tomateiro. Em relação ao controle da demanda e oferta, a união de produtores ainda é um desafio, pois grande parte dos agricultores trabalha de forma isolada, sendo a Associação Caçadorense dos Produtores de Tomates de Caçador (ACATO) a única iniciativa de cooperativa entre agricultores.
O engenheiro agrônomo Gilvan Lorenzetti é especialista em tomate há duas décadas e trabalha em uma empresa de consultoria e assistência a produtores em Urubici, cidade que há vários anos ostenta o título de Capital Nacional das Hortaliças. Ele exemplifica como o preço do tomate obedece a lei da oferta e da procura.
No Brasil, explica Gilvan, a produção normal é de três mil toneladas por dia, o que representa 1,1 milhão de toneladas por ano. Deste total, 75 mil colhidas na região de Caçador e 30,5 mil na região de Urubici, as duas maiores produtoras catarinenses.
Ocorre que nos últimos três anos o volume cresceu 50% e chegou a 4,5 mil toneladas por dia. Isto aconteceu porque muitos produtores do país acreditavam que o preço iria aumentar e passaram a plantar maiores quantidades a fim de obter lucro. Porém, a estratégia foi desastrosa e o excesso de produção fez com que os preços despencassem. Assim, agricultores chegaram a vender a caixa de 25 quilos por somente R$ 6, enquanto o custo de produção é de R$ 18. No mercado, o consumidor pagou, em média, R$ 1,30 por quilo. Os prejuízos levaram produtores a abandonar o tomate e migrar para outras culturas ou até mesmo outros ramos de negócio.
- Nunca vi e não sei de outras safras com preços tão baixos como em 2012 e tão altos como em 2013 - relatou o agrônomo Gilvan Lorenzetti.
Sazonalidade no plantio em Caçador x Clima
Os tomateiros são cultivados no mundo todo, mas não suportam extremos de temperatura, ou seja, não crescem bem nem em baixas temperaturas (temperaturas diurnas abaixo de 16°C), que prejudicam o crescimento da planta e diminuem a taxa de germinação das sementes, nem em altas temperaturas (acima de 27°C), que podem prejudicar a formação dos frutos. Geralmente o tomateiro cresce melhor com temperaturas diurnas entre 20°C e 26°C, com uma variação de temperatura entre o dia e a noite.
Fonte: Diário Catarinense
O cultivo começou na primeira quinzena de outubro e deve se estender até o final de novembro. O período regional de colheita está previsto para o final de dezembro, seguindo até meados de fevereiro, mês que aumenta a oferta do tomate em todo o país, principalmente com o pico de colheita nos Estados de Goiás e São Paulo, os maiores produtores brasileiros.
Atualmente o município é o principal produtor do fruto em Santa Catarina - e o Estado é o sétimo em volume no país. No começo da década passada, Caçador foi considerado o maior produtor da região sul do Brasil, quando chegou a produzir 20 milhões de pés.
Para o produtor Osmar Sorgatto, que hoje se dedica ao cultivo de outras hortaliças, os motivos para redução da produção estão relacionados, as dificuldades de mão de obra, doenças de solo e principalmente, ao alto preço dos insumos, que deixaram os produtores cautelosos na hora da plantação.
- Tomate é uma cultura de alto risco, hoje o custo hectare está em R$ 50 mil - diz o agricultor.
De acordo com dados do IBGE, no ano passado foram produzidos na região cerca de 50 mil toneladas. Com menos gente plantando em 2013, a produção despencou e o preço foi às alturas. Para este ano a expectativa é que sejam plantados em torno de 11 milhões de pés, espalhados em 1000 hectares de Caçador e região.
Atualmente cerca de 400 propriedades do município trabalham com o plantio do tomateiro. Em relação ao controle da demanda e oferta, a união de produtores ainda é um desafio, pois grande parte dos agricultores trabalha de forma isolada, sendo a Associação Caçadorense dos Produtores de Tomates de Caçador (ACATO) a única iniciativa de cooperativa entre agricultores.
O engenheiro agrônomo Gilvan Lorenzetti é especialista em tomate há duas décadas e trabalha em uma empresa de consultoria e assistência a produtores em Urubici, cidade que há vários anos ostenta o título de Capital Nacional das Hortaliças. Ele exemplifica como o preço do tomate obedece a lei da oferta e da procura.
No Brasil, explica Gilvan, a produção normal é de três mil toneladas por dia, o que representa 1,1 milhão de toneladas por ano. Deste total, 75 mil colhidas na região de Caçador e 30,5 mil na região de Urubici, as duas maiores produtoras catarinenses.
Ocorre que nos últimos três anos o volume cresceu 50% e chegou a 4,5 mil toneladas por dia. Isto aconteceu porque muitos produtores do país acreditavam que o preço iria aumentar e passaram a plantar maiores quantidades a fim de obter lucro. Porém, a estratégia foi desastrosa e o excesso de produção fez com que os preços despencassem. Assim, agricultores chegaram a vender a caixa de 25 quilos por somente R$ 6, enquanto o custo de produção é de R$ 18. No mercado, o consumidor pagou, em média, R$ 1,30 por quilo. Os prejuízos levaram produtores a abandonar o tomate e migrar para outras culturas ou até mesmo outros ramos de negócio.
- Nunca vi e não sei de outras safras com preços tão baixos como em 2012 e tão altos como em 2013 - relatou o agrônomo Gilvan Lorenzetti.
Sazonalidade no plantio em Caçador x Clima
Os tomateiros são cultivados no mundo todo, mas não suportam extremos de temperatura, ou seja, não crescem bem nem em baixas temperaturas (temperaturas diurnas abaixo de 16°C), que prejudicam o crescimento da planta e diminuem a taxa de germinação das sementes, nem em altas temperaturas (acima de 27°C), que podem prejudicar a formação dos frutos. Geralmente o tomateiro cresce melhor com temperaturas diurnas entre 20°C e 26°C, com uma variação de temperatura entre o dia e a noite.
Fonte: Diário Catarinense