Notícias do Novo Tílias News

Colombo: "Nós vamos trabalhar para que o governo seja novo mesmo""

Reeleito, governador promete mudanças e reforma administrativa para reduzir cargos
Colombo concedeu entrevista coletiva ao lado do vice-governador Eduardo Pinho Moreira (à esquerda)Foto: Marco Favero / Agência RBS
Depois de reassumir o governo do Estado de forma discreta, fechada à imprensa, o governador reeleito Raimundo Colombo (PSD) concedeu entrevista coletiva no Teatro Pedro Ivo, junto ao Centro Administrativo, e prometeu um novo governo a partir de 1º de janeiro de 2015. O pessedista prometeu mudanças no secretariado, busca maior pela eficiência e uma reforma administrativa para "enxugar o governo" a ser encaminhada para a Assembleia Legislativa ainda este ano.


— Em janeiro começa o governo e nós vamos trabalhar para que ele seja novo mesmo. Não vamos nos acomodar pela reeleição em primeiro turno — afirmou.

Reeleito neste domingo com cerca de 51% dos votos, Colombo admitiu que o resultado ficou abaixo das expectativas apontadas pelas pesquisas —  que davam uma diferença ainda maior para os adversários Paulo Bauer (PSDB) e Claudio Vignatti (PT). Atribuiu o cenário ao crescimento da candidatura presidencial de Aécio Neves (PSDB), que teria impulsionado Bauer, e à onda de atentados em Santa Catarina. O governador reafirmou seu apoio à reeleição de Dilma Rousseff (PT), com quem deve se encontrar amanhã em Brasília, após uma reunião marcada com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (PT). 

—  A minha posição é a mesma. A presidente foi uma pessoa com quem construí uma amizade e essa amizade permitiu que a gente resolvesse muitas coisas. Quem governador não quer pegar o telefone, ligar e ser atendido pela presidente ou receber um rápido retorno?

Colombo afirmou estar satisfeito com as 24 vagas conquistadas pelos partidos de sua coligação na Assembleia Legislativa e que não pretende usar cargos para ampliar sua base governista. Rejeitou a possibilidade de trazer de volta para o governo o PSDB e de se reaproximar do PP _ que integraram a coalizão até as eleições.

— Nós vamos enxugar o governo, ele vai diminuir. Eu acredito que 90% dos projetos vão ter a concordância de todos. Nós construímos o apoio do PP sem que eles ocupassem cargos — afirmou.

O governador não antecipou detalhes da reforma administrativa que pretende encaminhar à Assembleia ainda este ano. Falou que boa parte dos estudos estão prontos e que pretende reduzir cargos em todas as estruturas. As mudanças mais profundas viriam em empresas estatais, que poderia ser fundidas ou extintas. Em relação às secretarias regionais, Colombo defendeu o modelo e disse elas devem ser aperfeiçoadas.

—  Os cargos nas regionais custam R$ 2 milhões por mês. Os benefícios superam os custos —  afirmou.

Em relação à nova onda de ataques ordenados das cadeias, o governador foi enfático ao defender a política de segurança pública de seu governo. Diz que os atentados são resposta ao combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas, além das políticas de ressocialização dos presos.


—  Acho que a gente fez um trabalho extraordinário na segurança pública. O que está acontecendo é fruto desse trabalho de enfrentamento ao crime organizado.

Fonte: Diário Catarinense