No Brasil há 8 meses, Gladimy foi morar em Treze Tílias (SC). Namorada de 17 anos já tem emprego garantido na cidade catarinense.
Quando chegou ao Brasil, há oito meses, o haitiano Gladimy Saint Louis, de 24 anos, tinha o mesmo objetivo de milhares de imigrantes: começar uma nova vida no país. Há seis meses, ele foi morar e trabalhar em Treze Tílias, município de Santa Catarina, para onde pretende levar a namorada de 17 anos, Stephaníe Gabriel, que hoje está no Acre.
Os dois se encontraram em Rio Branco há 20 dias e aguardam a documentação de Stephaníe ficar pronta para seguir viagem. Assim como Gladimy, ela terá um protocolo de refúgio, que serve como visto provisório e tem validade de um ano. Com isso, é possível tirar carteira de trabalho e CPF. Em Treze Tílias, a jovem já tem um emprego garantido.
Os imigrantes entram no país pelo Acre porque o estado tem postos especializados onde eles conseguem fazer o pedido de refúgio – e receber o protocolo e outros documentos – com mais rapidez. Os pedidos são julgados pelo Conselho de Nacional de Refugiados, do Ministério da Justiça.
Falando português fluentemente, Gladimy conta que, em dezembro de 2013, decidiu largar o curso de agronomia na República Dominicana e partiu sozinho rumo ao Brasil, incentivado por amigos que já moravam no país. Foi no abrigo montado em Brasiléia (AC) que Gladimy conseguiu o primeiro emprego em uma empresa de bebidas em Santa Catarina.
"Fiquei lá em Brasiléia junto com os outros imigrantes. O dono de uma empresa entrou em contato com o responsável pelo abrigo dizendo que precisava de gente para trabalhar. O empresário mandou o dinheiro e fui com outros haitianos trabalhar em Santa Catarina. Quando cheguei, fui morar em uma casa paga pela empresa. Só tenho despesas com a alimentação. É muito bom onde estou", afirma Gladimy.
O haitiano revela que aprendeu o idioma sozinho. "Quando cheguei não falava nada em português, só espanhol, mas depois de dois meses comecei [a falar]. Aprendi sozinho em livros e na internet."
Após três meses, o contrato com a empresa de bebidas chegou ao fim, mas ele logo conseguiu dois novos empregos, um como frentista de posto e outro em uma fábrica de baterias. "Quando acabou o contrato, o dono da empresa [de bebidas] ligou para outro empresário e pediu para me contratar. Disse que eu era trabalhador. Então, fui trabalhar nessa fábrica que produz baterias para carro. Como precisava mandar dinheiro para minha namorada, consegui outro trabalho como frentista em um posto de gasolina", explica.
Antes de ir para Rio Branco, Stephaníe vivia na República Dominicana. Em breve, ela deve começar a trabalhar com o namorado na produção de bateria. O casal pretende juntar dinheiro para, no fim do ano, se casar no Haiti.
"Mantive contato esse tempo todo com ela por Facebook e pelo celular. Agora só estamos esperando ela tirar toda a documentação para ir lá para Santa Catarina. Vamos guardar dinheiro para casar lá no Haiti, junto com nosso povo", diz Gladimy.
Para ele, o Brasil é sinônimo de alegria. "É um país bom, um povo alegre, e nos tratam bem. Temos uma vida melhor, porque depois do terremoto ficamos sem nada."
Fonte: G1 - AC
Gladimy reencontra a namorada Stephaníe que não via há 8 meses (Foto: Aline Nascimento/G1) |
Quando chegou ao Brasil, há oito meses, o haitiano Gladimy Saint Louis, de 24 anos, tinha o mesmo objetivo de milhares de imigrantes: começar uma nova vida no país. Há seis meses, ele foi morar e trabalhar em Treze Tílias, município de Santa Catarina, para onde pretende levar a namorada de 17 anos, Stephaníe Gabriel, que hoje está no Acre.
Os dois se encontraram em Rio Branco há 20 dias e aguardam a documentação de Stephaníe ficar pronta para seguir viagem. Assim como Gladimy, ela terá um protocolo de refúgio, que serve como visto provisório e tem validade de um ano. Com isso, é possível tirar carteira de trabalho e CPF. Em Treze Tílias, a jovem já tem um emprego garantido.
Os imigrantes entram no país pelo Acre porque o estado tem postos especializados onde eles conseguem fazer o pedido de refúgio – e receber o protocolo e outros documentos – com mais rapidez. Os pedidos são julgados pelo Conselho de Nacional de Refugiados, do Ministério da Justiça.
Falando português fluentemente, Gladimy conta que, em dezembro de 2013, decidiu largar o curso de agronomia na República Dominicana e partiu sozinho rumo ao Brasil, incentivado por amigos que já moravam no país. Foi no abrigo montado em Brasiléia (AC) que Gladimy conseguiu o primeiro emprego em uma empresa de bebidas em Santa Catarina.
"Fiquei lá em Brasiléia junto com os outros imigrantes. O dono de uma empresa entrou em contato com o responsável pelo abrigo dizendo que precisava de gente para trabalhar. O empresário mandou o dinheiro e fui com outros haitianos trabalhar em Santa Catarina. Quando cheguei, fui morar em uma casa paga pela empresa. Só tenho despesas com a alimentação. É muito bom onde estou", afirma Gladimy.
O haitiano revela que aprendeu o idioma sozinho. "Quando cheguei não falava nada em português, só espanhol, mas depois de dois meses comecei [a falar]. Aprendi sozinho em livros e na internet."
Após três meses, o contrato com a empresa de bebidas chegou ao fim, mas ele logo conseguiu dois novos empregos, um como frentista de posto e outro em uma fábrica de baterias. "Quando acabou o contrato, o dono da empresa [de bebidas] ligou para outro empresário e pediu para me contratar. Disse que eu era trabalhador. Então, fui trabalhar nessa fábrica que produz baterias para carro. Como precisava mandar dinheiro para minha namorada, consegui outro trabalho como frentista em um posto de gasolina", explica.
Antes de ir para Rio Branco, Stephaníe vivia na República Dominicana. Em breve, ela deve começar a trabalhar com o namorado na produção de bateria. O casal pretende juntar dinheiro para, no fim do ano, se casar no Haiti.
"Mantive contato esse tempo todo com ela por Facebook e pelo celular. Agora só estamos esperando ela tirar toda a documentação para ir lá para Santa Catarina. Vamos guardar dinheiro para casar lá no Haiti, junto com nosso povo", diz Gladimy.
Para ele, o Brasil é sinônimo de alegria. "É um país bom, um povo alegre, e nos tratam bem. Temos uma vida melhor, porque depois do terremoto ficamos sem nada."
Fonte: G1 - AC